Apesar de desaceleração a partir de novembro, distribuição de aços planos cresceu 3,9% em 2022

Com a demanda fraca nos dois últimos meses do ano, o mercado de distribuição de aços planos encerrou 2022 com crescimento de 3,9%, na comparação as vendas de 2021. O desempenho, no entanto, ficou um pouco abaixo das projeções traçadas em meados do ano — de 4% a 4,5% de alta.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (24) pelo Inda, entidade que reúne as distribuidoras de aços planos, tanto independentes quanto as vinculadas as siderúrgicas que operam no país.

De acordo com boletim mensal do Inda, o volume comercializado atingiu 3,73 milhões de toneladas de aços nos tipos laminados a quente e a frio, folhas metálicas, zincados e chapas grossas. O desempenho foi puxado por chapas grossas (alta de 10%) e zincados (mais 10,3%) na comparação com o ano anterior.

Em dezembro, as vendas da rede, conforme o Inda, foram de 257 mil toneladas — recuo de 1,7% ante um ano atrás, e queda de 11,6% em relação a novembro.

Alguns setores consumidores de aços planos — construção civil, equipamentos, máquina de linha amarela, implementos agrícolas e veículos pesados — seguraram a demanda na maior parte do ano. A recuperação no setor automotivo leve foi baixa, conforme avaliações do Inda.

Devido ao cenário de demanda retraída no final de ano, as distribuidoras atuaram de forma conservadora nas compras de aço junto às usinas em dezembro. O volume adquirido foi de 242,8 mil toneladas, 14,5% abaixo de novembro e 2,3% a menos que no mesmo mês de 2021.

As empresas encerraram o ano com compras praticamente iguais ao volume do ano anterior — 3,73 milhões de toneladas. Os destaques nos pedidos foram para zincados (+13,1%) e chapas grossas (+6,9%).

A rede, segundo os dados do Inda, fechou dezembro com 817 mil toneladas, similar ao volume de um ano antes, correspondendo a 3,2 meses de vendas. Isso representa um nível de material estocado nos armazéns das distribuidoras levemente acima do índice considerado saudável, de três vezes o volume vendido.

Projeções

Para janeiro de 2023, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma alta de 11% em relação ao mês de dezembro de 2022.

Fonte: Valor Econômico