CSN compra equipamento para reduzir ‘pó preto’ da sinterização

A CSN já adquiriu os equipamentos que vão solucionar o problema do chamado “pó preto” da sinterização. Segundo fontes, uma empresa de São Paulo irá fornecer precipitadores eletrostáticos que controlam a emissão das partículas nas sinterizações, e o enclausuramento das correias que transportam materiais particulados no interior da Usina. Isso irá impedir o lançamento das partículas do pó preto no ar.

O “pó preto” é a causa de inúmeras reclamações dos volta-redondenses, que incluem problemas respiratórios por conta das partículas suspensas no ar. A situação chegou ao ponto de o Inea intervir, chegando a pedir a interrupção das atividades da UPV (Usina Presidente Vargas). Isso foi evitado com a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pela CSN e pelo Inea em 2018. O documento prevê mais de R$ 300 milhões em investimentos para a solução de diversas desconformidades ambientais registradas na empresa. O objetivo é melhorar o aspecto ambiental e a qualidade de vida dos moradores da região.

Em nota, a CSN confirmou DIÁRIO DO VALE que a empresa comprou os equipamentos: “A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) efetivou a compra de novos equipamentos para aprimorar o controle de emissões atmosféricas nas sinterizações. Os equipamentos serão instalados conforme o cronograma acertado com os fornecedores e dentro do prazo previsto no acordo firmado com os órgãos ambientais (TAC)”, diz o texto.

O TAC

No final de 2016, a CSN correu o risco de ter as atividades paralisadas. O não cumprimento total de um TAC anterior, em março de 2016 (03/2016), provocou uma manifestação do Inea junto à Usina pedindo a paralisação das operações. Na ocasião, a CECA (Comissão Estadual de Controle Ambiental) chegou a conceder um prazo de dez dias para a empresa apresentar um cronograma de cumprimento e encerramento total do TAC, sob ameaça de interdição. Com o intuito de agilizar e fazer com que a empresa cumprisse com suas responsabilidades ambientais, uma nova deliberação foi assinada, concedendo um prazo de 180 dias para que a CSN atendesse todas as normas do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), sob pena de ter as atividades suspensas. Para isso, a empresa assinou em 2018 um acordo com a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), onde aceitou entrar em tratativas com os dois órgãos, resultando na assinatura deste novo TAC.

A partir desta data, a CSN incorpora o Plano de Ação proposto pelo Inea, que envolve investimentos no valor total de R$ 303 milhões em adequações a serem implementadas na Usina, para garantir controle mais eficientes na emissão de poluentes.

Na época, o presidente do Inea, Marcus Lima, disse que o novo TAC seria um avanço considerável nas questões ambientais que sempre envolveram a CSN. “É importante ressaltar que este não é apenas mais um TAC. Estamos, pela primeira vez, garantindo a realização de ações que atenderão, de forma definitiva, a justa demanda da população de Volta Redonda por uma qualidade do ar minimamente adequada para sua saúde”, disse Lima, em 2018.

Fonte: Diário do Vale