Anvisa autoriza farmácias a vender remédio para Covid

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a mudança do medicamento Lagevrio (molnupiravir), de uso emergencial, para ser vendido em farmácias e hospitais particulares em todo o Brasil. A ideia é facilitar o tratamento da Covid-19 para níveis leves a moderados da doença em adultos, inclusive nos que estão com risco de hospitalização ou morte.

Essa é uma medida para começar a conter a circulação das novas subvariantes da ômicron, que tem aumentado a quantidade de casos da doença ocasionando um cenário epidemiológico de atenção. A mudança do uso do medicamento foi aprovada na última quinta-feira, dia em que o país registrou 48.404 novos casos de Covid-19 e 191 óbitos, de acordo com o Painel Coronavírus do Ministério da Saúde.

“Para ajudar a prevenir a progressão da doença, internações hospitalares e mortes, os medicamentos antivirais para infecções respiratórias agudas devem ser usados o mais cedo possível após o correto diagnóstico da infecção”, explicou a diretora do colegiado da Anvisa e relatora do pedido, Meiruze Freitas.

Pesou na decisão da agência os resultados da utilização do medicamento em países que obtém a autoridade internacional em saúde. No entanto, Meiruze ressalta que o produto não substitui a vacina. “Reafirmo e enfatizo que os benefícios esmagadores da vacinação na proteção contra as formas graves e óbitos ocasionados pela Covid-19, os quais superam em muito o risco das raras reações adversas relacionadas a vacinas aprovadas pela Anvisa.”

O medicamento deve ser administrado assim que sair o resultado positivo para Covid-19 e a avaliação médica. O tratamento deve ser feito via oral, a cada 12 horas, por cinco dias após os primeiros sintomas surgirem. As cápsulas devem ser tomadas com ou sem alimentos. O remédio só pode ser usado por maiores de 18 anos, não gestantes e que não estejam hospitalizadas por causa do vírus. (Tainá Andrade, do Correio Braziliense)

Fonte: Diário de Pernambuco