Sigma anuncia captação de US$ 100 milhões e expansão da capacidade de produção de lítio

A mineradora canadense Sigma Lithium, que desenvolve uma operação no Brasil norte de Minas Gerais, anunciou neste domingo (04) informações de seu estudo de expansão da produção integrada de lítio para fabricação de baterias para carros elétricos.

Ao mesmo tempo, a companhia sediada em Vancouver, Canadá, declarou em comunicado a assinatura de acordos de financiamento de pré-exportação com garantia de até US$ 100 milhões com a Synergy Capital, um dos atuais acionistas da empresa, baseado nos Emirados Árabes Unidos.

Segundo Sigma, o financiamento vai garantir recursos para a empresa até agosto de 2023, incluindo o início da engenharia detalhada e início da construção da expansão de seu projeto localizado em Araçuaí, na região mineira do Jequitinhonha.

A empresa espera também que o financiamento suporte capital de giro para todo o período de comissionamento da planta Greentech, prevista para entrar em pré-operação até o final de dezembro. A primeira produção comercial de concentrado de lítio só deve correr em abril, conforme reportagem publicada hoje no jornal inglês Financial Times.

No comunicado, a Sigma declara que a produção de concentrado de lítio passará de 270 mil toneladas por ano — equivalente a 36,7 mil toneladas de carbonato de lítio), a partir de 2023, para 768 mil toneladas (104, 2 mil de LCE) no segundo ano da mina Grota do Cirilo.

Essa mina, 100% da mineradora, encontra-se na fase final de implantação. As instalações para beneficiamento do minério de lítio estão no final das obras.

Conforme a empresa, o estudo de expansão demonstrou “economia robusta” do projeto, destacada por um VPL [valor presente líquido] após impostos de 8%, alcançando US$ 15,3 bilhões — em maio, segundo a empresa, era de US$ 5,1 bilhões. Isso significa incorporar a produção da fase 1 (com início de comissionamento previsto neste mês) combinada com as fases 2 e 3.

“Com a Fase 1 progredindo rapidamente para a produção no curto prazo, estamos muito satisfeitos em compartilhar o excelente conquistas de nossa equipe, com a conclusão dos estudos técnicos para expansão do projeto e financiamento da dívida”, diz Ana Cabral-Gardner, co-CEO e co-presidente da Sigma.

Também co-CEO e co-presidente da empresa, Calvyn Gardner acrescenta que os resultados das fases 2 e 3 dos planos de expansão na mina Grota do Cirilo consolida a Sigma como potencialmente um dos maiores produtores de lítio do mundo.

A Sigma informa que espera sacar ainda neste ano US$ 60 milhões do financiamento. O restante está sujeito a “certas condições precedentes remanescentes”, diz.

A companhia é listada nas bolsa canadense de Toronto e na Nasdaq, em Nova York. Atualmente tem um valor de mercado pouco acima de US$ 3 bilhões.

Fonte: Valor Econômico