Desemprego declina em seis estados brasileiros no terceiro trimestre do ano

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com recorte estadual, a taxa de desemprego caiu no terceiro trimestre do ano, ao variar de 9,3% para 8,7% na comparação com o trimestre anterior.

O resultado refletiu uma conduta observada em apenas seis estados no Brasil — Paraná (-0,8%), Minas Gerais (-0,9%), Maranhão (-1,1%), Acre (-1,8%), Ceará (-1,8%) e Rondônia (-1,9%). As demais 21 unidades da Federação registraram estabilidade.

Segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, na comparação anual, houve queda significativa da taxa de desocupação em todas as unidades da Federação, caindo 3,9 ponto percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2021, quando a taxa registrada foi de 12,6%.

Assim, a taxa de informalidade — que engloba os empregados domésticos e do setor privado sem carteira assinada, os empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ e os trabalhadores familiares auxiliares — ficou em 39,4% no terceiro trimestre.

Os trabalhadores por conta própria ficaram em 25,9% no trimestre, e, ainda considerando o mesmo período, o IBGE também constatou que apenas 25,3% dos trabalhadores domésticos do país tinham carteira assinada. No setor privado são 73,3%.

O instituto destaca que cerca de 2,6 milhões de pessoas buscam trabalho há dois anos ou mais no país, o que equivale a 27,2% dos desocupados. Outros 44,5% estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho e 11,7% estavam de um ano a menos de dois anos. Cerca de 16,6% estavam à procura de uma vaga há menos de um mês.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 20,1%, somando 4,3 milhões desalentados, ou 3,8% da população na força de trabalho.

Por fim, a análise do rendimento mostrou que o valor médio mensal recebido pelos trabalhadores ficou em R$ 2.737 no trimestre, registrando aumento em comparação aos três meses anteriores (R$2.640) e também na comparação anual (R$2.670). O crescimento no trimestre foi de 3,7%, com expansão na maioria das unidades da Federação.

A massa de rendimento de todos os trabalhos somou R$ 266,7 bilhões, com crescimento frente ao trimestre anterior (R$ 254,5 bilhões) e ao mesmo período do ano passado (R$ 242,7 bilhões).

Fonte: AECWeb