Mais de 60% dos profissionais em meia idade estão desempregados

Com o aumento da expectativa de vida, novas perspectivas são oferecidas para a inclusão de colaboradores mais experientes e maduros que sofrem o etarismo no mercado de trabalho. De acordo com a “Pesquisa de profissionais brasileiros”, realizada pela Catho, com profissionais de todo o país, 67,2% das mulheres acima dos 37 anos e 62,1% dos homens acima dos 40 estão desempregados atualmente.

Diante desse cenário, é importante direcionar as atenções para o etarismo no mercado de trabalho, nome destinado a discriminação por idade dentro das empresas. Entre os setores que mais contratam profissionais nesta faixa etária é possível perceber que as mulheres recebem mais oportunidades nas áreas de administração (31,5%), enfermagem (16,3%) e ciências contábeis (8,7%). Já os homens têm mais chances em vagas de administração (30,5%), ciências contábeis (10,4%) e engenharia mecânica (7,9%), de acordo com os dados da pesquisa.

“Este cenário tinha tudo para ser diferente. Afinal, profissionais mais velhos tendem a apresentar mais estabilidade e lealdade na relação com o empregador, além de colaborar e agregar o ambiente de trabalho por meio de suas experiências anteriores. Olhando para a nossa pesquisa, é possível perceber que setores de tecnologia, por exemplo, têm número menor de profissionais mais velhos em seu quadro. É importante que existam cada vez mais programas afirmativos destinados a essa mudança para que as empresas se tornem mais diversas, o que, comprovadamente, traz ganhos como melhorias na resolução de problemas e na produtividade”, comenta Carolina Tzanno, gerente sênior de Recursos Humanos da empresa.

Uma das alternativas para as empresas avançarem nessa pauta está na inserção de vagas afirmativas, ou seja, destinação de oportunidades indicadas exclusivamente para grupos minorizados, sem distinção de gênero, idade e etnia, prezando sempre pela diversidade.

Fonte: IPESI