Revitalização da indústria naval brasileira se consolida em 2015 com entrega de mais oito navios

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A revitalização da indústria naval brasileira continuará de vento em popa em 2015, como comprovam os resultados do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro para o ano: 15 navios em construção e oito com previsão de entrega até o final do ano. São R$ 11,2 bilhões de investimentos na encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários a estaleiros nacionais, dinamizando o setor e garantindo geração de emprego e renda.
O Promef tem três pilares fundamentais: construir navios no Brasil, manter um índice mínimo de 65% de conteúdo nacional e atingir competitividade internacional, após a curva de aprendizado. Os dois primeiros pilares estão consolidados. O foco atual é buscar a competitividade mundial. Países que têm hoje importantes indústrias navais levaram décadas para consolidá-las – 63 anos no Japão, 53 anos na Coreia do Sul e 23 anos na China. A brasileira tem menos de 10 anos e já começa a obter resultados comparáveis aos do mercado chinês.
Veja fotos de navios construídos no Brasil com recursos do PAC 2.
Entre os navios construídos por meio do Promef estão os do tipo Suezmax, que têm capacidade para 1 milhão de barris de petróleo (quase a metade da atual produção diária brasileira). Em dezembro o país ganhou o oitavo navio desse tipo, o Henrique Dias. O Brasil tem atualmente oito petroleiros em operação, dos quais quatro são do tipo Suezmax (Henrique Dias, Dragão do Mar, Zumbi dos Palmares e João Cândido) e quatro navios de produtos (José Alencar, Rômulo Almeida, Sérgio Buarque de Holanda e Celso Furtado).
Navio Suezmax Dragão do Mar, construído no estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco.
Outros oito navios deverão ser entregues em 2015: dois Suezmax, dois Panamax e quatro gaseiros. Desses, seis se encontram em acabamento, sendo um Suezmax (Estaleiro Atlântico Sul), dois Panamax (Eisa Petro-1) e três Gaseiros (Vard Promar).
O programa foi fundamental para a retomada da indústria naval brasileira. O setor chegou a ter menos de 2 mil trabalhadores no fim da década de 90 e atualmente gera mais de 80 mil empregos diretos. O Promef viabilizou ainda a construção de três novos estaleiros – Atlântico Sul e Vard Promar, em Pernambuco, que juntos respondem pela construção de 30 navios; e Rio Tietê, em São Paulo –, além da revitalização do Estaleiro Mauá (Eisa Petro-Um), no Rio de Janeiro. O Brasil tem hoje a terceira maior carteira mundial de encomendas de petroleiros.

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