Justiça revoga falência da Wind Power em Pernambuco

A Wind Power Energia (WPE) – fabricante de aerogeradores e subsidiária da argentina Impsa – teve sua falência revogada pela Justiça de Pernambuco. A falência tinha sido decretada no último dia 31, a pedido do Grupo Libra Terminais, que cobrava uma dívida de R$ 10,6 milhões à WPE. A revogação da falência foi proferida pela juíza Hélia Viegas, da 3ª Vara Cível da Comarca do Cabo de Santo Agostinho, na última terça-feira (12).

“Dois dias após a decretação da falência (pelo juiz Rafael de Menezes), as duas empresas entraram num acordo de pagamento da dívida. A Wind Power pagou a metade e parcelou o restante do valor. No processo também não constavam documentos que comprovassem a situação de insolvência da empresa, a exemplo de débitos fiscais e trabalhistas. O acordo foi homologado pela e o processo extinto”, explica a juíza.

Outros credores da Wind Power podem solicitar pedido de falência da empresa, caso a companhia descumpra a execução de pagamentos judiciais. No Tribunal de Justiça de Pernambuco constam 68 processos contra a companhia, mas todos com pedidos de execução e não de falência.

Em nota encaminhada à imprensa, a Wind Power informou que “A WPE segue sua operação normalmente e lamenta os contratempos causados entre seus fornecedores, colaboradores e a comunidade em que atua. Atualmente, a empresa é responsável pela geração de 1.500 empregos diretos e 5.000 indiretos, que trabalham para o desenvolvimento e execução de seus projetos de energias renováveis em mais de 20 países. A WPE trabalha cada vez mais em prol do crescimento da infraestrutura do país e do setor energético brasileiro. Nos últimos cinco anos, a WPE investiu em torno de R$ 4 bilhões no Brasil, em pesquisa e desenvolvimento de turbinas hidro e geradores eólicos, fábricas, novos fornecedores, e em projetos de geração eólica”, diz o texto, encaminhado por meio de sua assessoria de comunicação.

HISTÓRICO

A Wind Power foi inaugurada em Suape em maio de 2008. A cerimônia contou com a presença da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos e do staff internacional da companhia. Na solenidade, a companhia anunciou a construção de uma segunda planta em Suape, responsável pela fabricação de geradores para usinas hidrelétricas.

O projeto da empresa surpreendeu pelo tempo recorde de construção da fábrica (8 meses) e a estratégia de verticalização, que previa a implantação de usinagem, unidade de torres e de pás eólicas. A empresa abriu caminho para a implantação de um polo de energia eólica, com a chegada de outras indústrias da cadeia produtiva, como a Gestamp (torres) e a LM Wind Power (pás).

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