Argentina: Massa e Milei prontos para as eleições de domingo

Três dias antes do segundo turno na Argentina, marcado para o próximo domingo, os candidatos presidenciais Javier Milei e Sergio Massa iniciaram o último dia de suas atividades de campanha nesta quinta-feira, já que, por lei, 48 horas antes das eleições, o silêncio eleitoral deve começar.

Milei, o candidato de direita pelo La Libertad Avanza (LLA), terminou sua campanha eleitoral na cidade de Córdoba, capital da província de mesmo nome.

Já o candidato do Juntos pela Pátria, Sergio Massa, realizou dois encontros com aposentados e estudantes, além de um encontro com empresários, todos em Buenos Aires. Massa disse que, a partir de 10 de dezembro, se se tornar presidente, iniciará “uma nova etapa na Argentina sem divisões, com um governo de unidade nacional”.

Massa, atual ministro da Economia, disse que seu substituto no Ministério da Fazenda será alguém que não está dentro de sua “força política”, mas tem uma “enorme capacidade de gestão”. “Será um dos meus primeiros sinais de que tenho vocação para construir um governo de unidade nacional. Se eu ganhar, anunciaria na segunda ou terça-feira”, explicou.

Sua fala focou na geração de mais desenvolvimento e empregos com redistribuição de riqueza e justiça social, valorização das exportações, formação de um governo de unidade nacional, promoção do desenvolvimento das regiões, promoção do diálogo, fortalecimento da integração, Mercosul e Unasul, e que o Estado tem forte presença na gestão econômica do país.

As duas promessas de Milei foram reduzir a inflação e dolarizar a economia, embora a forma como ele planeja fazê-lo tenha sido repetidamente questionada. Ele garantiu que poderá alcançar a redução nos primeiros 24 meses de seu governo e a dolarização nos nove meses após sua eleição, caso se torne presidente.

Como tentou fazer antes do primeiro turno, nos últimos dias ele tem feito declarações que, sem apresentar provas, tentam levantar suspeitas sobre a confiabilidade do sistema eleitoral e a possibilidade de fraude.

Fonte: Monitor Mercantil