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Diretoria do Simmepe discute os desafios do setor metalúrgico

Os desafios enfrentados pelas indústrias dos setores metalúrgico em decorrência da atual conjuntura econômica do País, bem como, as relações com o Sindicato dos trabalhadores, foram alguns dos assuntos tratados na reunião de diretoria do Simmepe realizada na última segunda-feira (13). Além disso, foram discutidas estratégias com o objetivo de sensibilizar o Governo do Estado com relação a importância da renovação do Decreto de Concessão do Incentivo de redução do ICMS sobre a compra de aços planos fora do Estado, como forma de garantir a competitividade das indústrias pernambucanas.

No encontro, também ficou definido que, durante a Feimafe – Feira Internacional de Máquinas e Ferramentas, que acontecerá de 18 a 23 de maio, em São Paulo, o Sindicato terá um estande próprio que servirá de ponto de apoio para os empresários e executivos de empresas associadas que estiverem visitando a evento. Oportunamente, será divulgado o endereço do estande no pavilhão de exposições do Parque Anhembi (SP).

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Simmepe realiza Assembleia Geral para prestação de contas e reunião de diretoria

O Simmepe realizará, na próxima segunda-feira,13, a Assembléia Geral Ordinária com o objetivo de apreciação da prestação de contas do exercício de 2014 e aprovação da programação orçamentária de 2015. Poderão participar da assembleia, representantes de todas as empresas associadas que estiverem em dia com os seus compromissos sociais. O evento, que ocorrerá na sede do Sindicato, está marcado para às 18h, em primeira convocação, e às 18h30 em segunda e última convocação, com qualquer número de associados.

 Após a Assembleia, será realizada a reunião de diretoria do Simmepe, na qual, serão discutidos assuntos de interesse das indústrias do setor e também relativos às atividades da entidade e aos serviços prestados aos associados. Todos os diretores estão convocados.
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Encontro empresarial para desenvolvimento de fornecedores locais em Pernambuco

Na próxima segunda-feira (13), a partir das 9 horas, haverá o “Encontro empresarial para desenvolvimento de fornecedores locais em Pernambuco”. O evento será uma excelente oportunidade para as empresas ampliarem seus conhecimentos nas áreas de petróleo e gás, naval, metalmecânica e manutenção industrial. Promovido pela SHELL, GE, MODEC e Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o encontro será realizado no auditório do Centro de Artesanato de Pernambuco (CAPE), rua Alfredo Lisboa s/n, Armazém 11, Bairro do Recife. Informações: 3182-1770

GE vai implantar dois centros de serviços de operação e manutenção de aerogeradores

A General Electric (GE) – multinacional americana de serviços e tecnologia – vai implantar dois centros de serviços de operação e manutenção de aerogeradores dentro de parques eólicos operados pela empresa cearense Casa dos Ventos. Esses empreendimentos têm alta demanda por serviços de manutenção. Os centros de serviços vão funcionar nos parques de Garanhuns (no Agreste do Estado) e da Chapada do Araripe, entre Pernambuco e Piauí, com previsão de entrar em funcionamento ainda em 2015. Os centros vão gerar 100 empregos para engenheiros e técnicos.

“A expansão do braço de serviços da GE é reflexo do crescimento e maturidade da indústria eólica no País, principalmente na região Nordeste. Cidades próximas aos locais de operação de grandes complexos eólicos começam a ter sua realidade impactada com a chegada de novas fábricas e centros de serviço para manutenção de turbinas eólicas, o que tem criado novos postos de trabalho e gerado uma demanda maior por mão de obra qualificada e especializada. Este movimento deve ser impulsionado ao longo dos próximos anos com a expansão da energia eólica e construção de novos complexos de geração de energia. Segundo a Abeeólica, entidade que representa o setor, o Brasil deve saltar dos atuais 6 GW de capacidade instalada para 16 GW em 2019″, observa Fabio Castro, gerente de projetos e serviços do braço de energias renováveis da GE.

Os centros de serviços vão tornar o atendimento a demandas programadas e não-programadas mais ágil e localizado. Está se falando de dois grandes empreendimentos, com alto potencial de geração de energia (superior a 4 mil megawatts (MW). Por isso, a necessidade de manter uma estrutura de serviço de manutenção.

EMPREGOS

Para operar os dois centros de serviços, a GE vai recrutar engenheiros e profissionais de nível técnico. “Antes do início das atividades, todos os profissionais selecionados passarão por período de treinamento teórico e prático dentro dos complexos eólicos onde os novos centros ficarão localizados. Adicionalmente, o grupo de Learning/Training da divisão de energia eólica da GE nos EUA virá ao Brasil para ministrar aulas e auxiliar no treinamento dos novos funcionários”, detalha Castro, dizendo que essa é uma prática que a empresa executa rotineiramente para garantir o mesmo padrão de qualidade dos serviços prestados.

Atualmente a GE possui parcerias com grupos educacionais locais, como o Senai, por exemplo. Por meio desses parceiros será conduzido o processo seletivo para as 50 vagas em aberto em cada um dos centros de serviços.

Indústrias devem apresentar “Declaração Anual de Resíduos Sólidos” até 30 de junho

As indústrias de Pernambuco têm prazo até 30 de junho para apresentar a “Declaração Anual de Resíduos Sólidos Industriais – DARSI” à Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH.  Segundo a Gerência de Relações Industriais da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), estão obrigadas a apresentar o documento as empresas que geram quantidade de resíduos superior a 50 toneladas por ano e asempresas geradoras de resíduos classificados como perigosos (classe I), mesmo que a quantidade não chegue a 50 toneladas ano.

O encaminhamento da DARSI deve ser feito pelo portal da CPRH na Internet (www.cprh.pe.gov.br). Os dados devem ser inseridos no link: Sistemas / DARSI. As dúvidas podem ser esclarecidas na Central de Atendimento Darsi – CPRH pelo e-mail contatosgri@cprh.pe.gov.br ou pelo telefone: 81- 3182.9008.

Indústria do aço continuará enfrentando mercado em queda

A demanda de aço no mundo continuará sob forte pressão em 2015, afirmou André Gerdau Johannpeter, presidente do grupo Gerdau, em teleconferência com analistas de bancos. O executivo afirmou que a indústria continuará a enfrentar baixo ritmo de consumo, ao mesmo tempo que o excesso de oferta do produto tende a se manter. “A utilização da capacidade instalada das siderúrgicas, que era de 91% alguns anos atrás, fechou em 72% em janeiro”, disse.

No Brasil, ressaltou o executivo, o cenário é de aumento das dificuldades. André Gerdau aponta novos fatores de impacto sobre os negócios, como elevação dos custos da energia e a variação, sem esquecer os tradicionais problemas, caso da elevada carga tributária e trabalhista do país. Para o executivo, o dólar continuará a se valorizar frente ao real. O patamar de R$ 3,00 deverá se consolidar, na sua visão, ao longo do ano.

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Simmepe reúne gerentes de RH de empresas associadas

O Grupo Consultivo de Recursos Humanos (GCRH) da indústria Metalmecânica e Eletroeletrônica, formado por gerentes de RH de empresas associadas ao Simmepe, reuniu-se pela primeira vez neste ano para planejamento do plano de trabalho de 2015.

No encontro, dirigido pelo presidente do Sindicato, Alexandre Valença, o grupo fez uma avaliação da atual conjuntura do segmento eletro-metal-mecânico e suas repercussões na área de Recursos Humanos. Além disso, foi definida uma agenda de encontros periódicos com o objetivo de avaliar os cenários e definir estratégias para a campanha salarial que ocorrerá em setembro deste ano. A reunião aconteceu na sede do Simmepe na última quarta-feira.

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SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO – Situação atual e o que vem por aí

Um novo Governo tem início e o setor elétrico certamente demandará especial atenção. Indefinições regulatórias, dificuldades financeiras das empresas de geração, transmissão e distribuição, redefinição de prioridades para o mercado livre, previsão de alta volatilidade dos preços de energia e expectativa com os níveis dos reservatórios são algumas das necessidades e desafios para os agentes do setor.

SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Situação atual e o que vem por aí

 

Demissões no EAS ameçam setor naval pernambucano

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) demitiu, de janeiro até gora, 200 trabalhadores, segundo calcula o Sindicato dos metalúrgicos de Pernambuco Sindimetal-PE). Desde agosto o ano passado foram aproximadamente 500. O motivo, seriam os desdobramentos da crise da Petrobras, que respingou no setor naval brasileiro e começa a comprometer as operações do EAS. Por consequência dos abalos da estatal, Transpetro, subsidiária da petrolífera e a Sete Brasil, que pertence ao grupo, teriam suspendido pagamentos às contratadas, entre elas o estaleiro pernambucano, que acumula encomendas das empresas. O déficit no caixa estaria atrapalhando os repasses aos fornecedores locais e forçando o estaleiro a demitir funcionários.
A suspensão de pagamentos as contratantes do EAS pode star relacionada ao colapso da petrolífera em meio a denúncias de esquemas de lavagem desvio de dinheiro. Os prejuízos à credibilidade e à saúde financeira da Petrobras checaram rapidamente aos fornecedores e continuam revererando em várias cadeias produtivas. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal), Henrique Gomes, lembra que, em 2011, o EAS chegou a ter 11 mil funcionários e hoje estaria com menos de cinco mil. Para evitar uma comoção maior, Gomes diz que o Estaleiro estaria fazendo demissões de forma fracionada. “Todos os dias demitem de 20 a 30 pessoas. Somente hoje (ontem), recebi um pacote com 92 demissões de lá”, revelou.
Além das rescisões, a empresa ainda estaria com problemas para pagar os salários dos prestadores de serviços. “Muitas fornecedoras de metalmecânica foram prejudicadas. A perspectiva é que nos próximos dois meses ocorram pelomenos 600 demissões no setor”, comentou Gomes.
O corte de repasses da Transpetro também teria afetado o estaleiro Vard Promar. “Meu esposo foi demitido no dia 5 deste mês, com várias pessoas, e até agora não recebeu os direitos”, comentou a cônjuge de um ex-funcionário do Promar, que preferiu não se identificar. Procurada pela reportagem, o Vard Promar informou que “não realizou demissões recentemente e sempre cumpre o que determina a legislação trabalhista”. A empresa não se posicionou sobre os repasses da Transpetro. O EAS e a Sete Brasil não emitiram pronunciamento até o fechamento desta edição.
Por nota, a Transpetro informou que “todas as embarcações entregues foram pagas e que as demais estão ocorrendo normalmente”. A empresa garantiu a continuidade do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), no qual estão inseridas as encomendas de oito gaseiros para o Vard Promar e de 22 navios do EAS.

Sindicatos calculam mais de 20 mil demissões em estaleiros

A maranhense Edilene Araújo foi cabeleireira antes de se tornar soldadora naval. Foram sete anos entre as poltronas e os espelhos de um salão na cidade de Rio Grande (RS), a 330 quilômetros de Porto Alegre, antes do curso de soldagem que a colocou nos quadros do estaleiro Rio Grande, em 2012. Desempregada há seis meses – data que coincide com o momento em que a controladora do estaleiro em que trabalhava apareceu na lista de empresas investigadas pela Operação Lava-Jato -, ela não se arrepende da mudança na carreira. Como metalúrgica, ganhava melhor e não precisava lidar com “química” o dia inteiro.
“Continuo mandando currículo, mas é difícil”, afirma. O sindicato local calcula que, como ela, outras 17 mil pessoas perderam o emprego no setor naval entre novembro e janeiro, só nas cidades de Rio Grande e São José do Norte – onde fica o estaleiro EBR, administrado pela Toyo Setal, também citada na operação da Polícia Federal.
Com demissões na Bahia, Pernambuco e Rio, o setor naval – que multiplicou o volume de trabalhadores de 2 mil para mais de 80 mil entre 2004 e 2012 – já conta mais de 20 mil baixas desde a denúncia do esquema de pagamento de propina na estatal, segundo contas de sindicatos de trabalhadores. Parte desses cortes é cíclico, já que a maioria dos contratos no setor é temporária.
O que preocupa os sindicatos é a perspectiva de redução significativa de novos projetos diante da desaceleração dos investimentos. No lugar de novas contratações, a expectativa das entidades que representam metalúrgicos e trabalhadores da construção civil é que os cortes continuem.
No curto prazo, o principal problema são os pagamentos em atraso da Sete Brasil com cinco estaleiros contratados para produzir 29 navios-sonda: Rio Grande, em Rio Grande (RS); BrasFels, em Angra dos Reis (RJ); Jurong, em Aracruz (ES); Enseada Paraguaçu, em Maragojipe (BA), e Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (PE).
Em crise financeira, a Sete Brasil – criada para gerenciar a construção das sondas que seriam alugadas à Petrobras e usadas para explorar o pré-sal, perfurando novos poços – depende de empréstimos previstos com o BNDES para resolver problemas de caixa. A assinatura dos contratos está travada desde que o primeiro diretor de operações da empresa de sondas, Pedro Barusco, afirmou ter recebido propina de empreiteiras quando era gerente de serviços da Petrobras.
A Sete Brasil informou ao Valor que está “o tempo todo em negociação com os estaleiros” e que “trabalha para concluir a contratação de linhas de crédito de longo prazo, em especial, com o BNDES (aprovado em 2013)”. A empresa diz também que ” segue atuando para a obtenção de novas linhas de financiamento de curto prazo”.
No médio prazo, a lista de 23 grupos impedidos temporariamente de participar de licitações da estatal preocupa, já que muitas delas são também acionistas dos maiores estaleiros do país. Algumas empresas e especialistas ainda têm dúvidas sobre se o bloqueio vale também para as subsidiárias, entre elas os estaleiros.
A Petrobras, por sua vez, ainda não esclareceu o assunto, mas convocou apenas empresas estrangeiras a participar da concorrência aberta em janeiro para recontratar os serviços de construção dos módulos de compressão de gás inicialmente à cargo da Iesa Óleo e Gás.
O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindimetal-Rio) teme perder metade dos quase 7 mil funcionários do Enseada Inhaúma – controlado por Odebrecht, OAS, UTC e pela japonesa Kawasaki – depois de setembro, quando deve ser concluída a montagem da plataforma P-74.
“Como as outras três encomendas [P-75, P-76 e P-77] foram transferidas para a China, depois disso não temos mais nenhum pedido”, diz Alex Santos, presidente da entidade. Ele critica a “paralisia” dos investimentos no setor desde a deflagração da Lava-Jato e alerta para o impacto da inércia sobre os quase 30 mil empregos que os estaleiros mantêm só no Rio.
O homônimo baiano do estaleiro, que pertence ao mesmo consórcio, tinha pouco mais de 5 mil funcionários até o fim do ano passado – cerca de 3,3 mil trabalhavam na construção da infraestrutura, com entrega prevista para dezembro de 2015, e o restante montava dois dos seis navios-sonda encomendados pela Sete Brasil.
Segundo Bebeto Galvão, deputado federal pelo PSB e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Estado da Bahia (Sintepav), a Sete Brasil tem atrasado pagamentos desde outubro, um total de US$ 210 milhões.
O consórcio Enseada confirma 3,5 mil cortes entre novembro e janeiro, sendo 1.081 no Enseada e 2.428 no Consórcio Construtor Bahia (CEP), responsável pela estrutura, que já estaria 80% concluída. Segundo o diretor de pessoas e organização, Ricardo Lyra, parte das demissões foi “preventiva” – uma maneira de readequar o planejamento da obra ao “atual cenário do país, com impacto direto na indústria naval brasileira”.
Para destravar os investimentos no setor, Galvão, do Sintepav-BA, defende a liberação para a Sete Brasil dos recursos do BNDES e de empréstimos-ponte negociados com a Caixa e com o Banco do Brasil.
Em Niterói (RJ), o estaleiro UTC demitiu até o começo de fevereiro 650 dos 800 funcionários. Os cortes teriam sido reflexo, segundo o sindicato de metalúrgicos local, da conclusão de dois módulos da plataforma P-56, entregues no começo do mês. Os 150 empregos remanescentes, segundo Edson Rocha, dirigente da entidade, estariam em risco caso a empresa, que também figura na lista de grupos bloqueados de novas licitações da Petrobras, não consiga fechar novos contratos até março.
A UTC declarou apenas que “à medida que os trabalhos referentes à encomenda de quatro cascos são entregues e os contratos são encerrados, também o contrato de mão de obra chega ao fim”.
O grupo Keppel Singmarine Brasil, dona do estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), colocou todos os 700 funcionários de seu estaleiro em Itajaí (SC) – que não presta serviços diretamente para a Petrobras – em férias coletivas até o fim do mês. Procurada, a empresa disse que não se manifestaria sobre o assunto. Para Oscar João da Cunha, presidente do sindicato de metalúrgicos local, a empresa de Cingapura estaria esperando os desdobramentos do escândalo na estatal para decidir o que vai fazer com os investimentos no Brasil.
Em Pernambuco, o estaleiro Atlântico Sul registra cerca de 300 demissões desde o início do ano e conta com pouco mais de 4 mil funcionários. A situação é pior na cadeia de fornecedores do setor metalúrgico. Em 2014, as indústrias de equipamentos ligadas ao setor naval fecharam 1.995 vagas, 36% do total de funcionários.
No Estado, a situação mais difícil, segundo Alexandre Valença, do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico, é a das pequenas e médias empresas que forneciam para as chamadas “epcistas” – companhias que prestam serviços de engenharia, suprimentos e construção para o consórcio do estaleiro.
Procurada, a Petrobras não respondeu às questões enviadas pela reportagem sobre o prazo de vigência da lista de empresas bloqueadas, sobre a possibilidade de flexibilização da política de conteúdo nacional e sobre os riscos de perda de empregos e investimentos no setor naval.