Empresários, executivos e técnicos de empresas associadas participaram do IV Encontro de Negócios Simmepe realizado na noite da última terça-feira (31), na sede do Sindicato. O tema do encontro foi “Contratação de Menor Aprendiz: Faculdade ou Obrigatoriedade”.
Na primeira palestra do evento, o advogado do Simmepe, João de Castro Neto, apresentou os detalhes na legislação que normatiza a contratação de menores, ressaltando as mudanças publicadas no último dia 5 de maio, que facilitam o cumprimento da cota de aprendizes. Segundo ele, a nova regra criada, a partir do Decreto 8.740, permite às empresas, que não possuem local adequado aos jovens ou que exercerem atividades pouco atrativas à juventude, promover o treinamento fora de suas dependências, utilizando os serviços de instituições de ensino técnico, como o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
João de Castro destacou ainda a importância do programa para as empresas: “Contratando jovens aprendizes, o empresário está preparando mão de obra de qualidade para sua empresa”, disse. Ele alerta que o contrato tem prazo máximo de dois anos e é essencial que seja por escrito, assim como é necessário declaração de matrícula e frequência escolar. As empresas que não conseguem preencher a cota, estão sujeitas a pesadas multas ou são obrigadas a discutir a questão no Judiciário.
Dando continuidade à noite de palestras, a analista de educação do Senai e responsável pela coordenação dos programas de aprendizagem, Rita de Cássia, explicou que as empresas podem solicitar a qualquer momento o auxílio da instituição para contratação desses jovens, que disponibiliza banco de dados com as características e qualificações necessárias às empresas, além do departamento jurídico para a formalização do contrato e pedagogas para condução de entrevistas individuais com os candidatos. Segundo ela, o maior desafio é fazer com que esse programa se torne bom para todos. “Além dos benefícios para a empresa, o programa ajuda a promover a cidadania, a profissionalização e o direito ao trabalho, o que contribui bastante para uma maior transformação na sociedade”.
Por sua vez, a Superintendente do Instituto Evaldo Lodi, Gilane Lima, afirmou que o IEL se integra nessa soma de esforços para o desenvolvimento de pessoas e também para desenvolvimento o desenvolvimento das empresas. “Muitas empresas buscam, a partir de um banco de estagiários, formar profissionais de carreira duradoura dentro do setor empresarial”. Ela destaca a importância social da contratação de estagiários e lembrou que a partir do primeiro semestre de 2017, o IEL também será um intermediador entre jovens aprendizes e as empresas, estimulando outras modalidade de estágios.
Para a empresária Cecília Moura, a palestra foi enriquecedora. “A satisfação de ter participado do evento é grande, cheguei cheia de dúvidas e estou saindo pronta para pôr em prática tudo que aprendi”.