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Indústria naval amplia horizonte

O renascimento da indústria naval no Brasil colocou Pernambuco no radar do mercado construtor de embarcações. Criado há 10 anos, o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro (braço de logística da Petrobras) permitiu que brotassem estaleiros em terras antes ocupadas pela secular cana-de-açúcar, no município de Ipojuca (distante 50 km do Recife). Desenvolvido para estimular a retomada da atividade no País, o programa encomendou 49 embarcações, injetando R$ 11,2 bilhões numa indústria que tinha submergido desde os anos 80. O desafio do programa, agora, é conquistar competitividade internacional e evitar a dependência da “mãe” Petrobras, que ancora as encomendas.

O Promef promoveu a modernização de antigos estaleiros e o surgimento de novos. Das três plantas erguidas a partir do programa, duas estão em Pernambuco (Atlântico Sul e Vard Promar) e uma em São Paulo (Rio Tietê). Juntos, EAS e Promar representam investimento de R$ 2,5 bilhões e a geração de 6,7 mil empregos diretos (quatro vezes mais do que vai gerar a refinaria quando entrar em operação). Do total de 49 embarcações encomendadas, o EAS abocanhou 22 embarcações (contrato de US$ 2,2 bilhões) e o Vard outros oito navios (US$ 526 milhões). As encomendas vão ampliar a frota da Transpetro, que hoje é de 60 navios.

Ao longo de uma década, o Promef enfrentou uma série de dificuldades. O João Cândido, primeiro navio do programa e primogênito do Atlântico Sul, foi entregue com 2 anos de atraso. Os problemas fizeram a Transpetro suspender temporariamente os contratos com empreendimento. O estaleiro sofreu com prejuízo, problemas de gestão, dificuldade de qualificação de mão de obra e com a debandada da Samsung (sócia e parceira técnica) do negócio. Hoje o EAS vive uma nova fase. Se associou ao grupo japonês IHI Corporation e recoloca a casa em ordem. Com 5,3 mil funcionários, tem a missão de concluir a entrega das encomendas até 2019.

“O Promef é um marco na reiniciação da indústria naval no País. O programa trouxe a previsibilidade de demanda que o mercado precisava para decidir investir”, diz o presidente do Vard Promar, Miro Arantes, lembrando que antes do programa o empreendimento vivia de poucas encomendas de barcos de apoio para o setor offshore. O Vard investiu R$ 350 milhões na planta de Suape e hoje conta com 1,4 mil colaboradores. Na avaliação do empresário, a mão de obra é um dos maiores desafios da retomada. “Os empresários e a Petrobras foram otimistas nessa retomada. Quando se definiu o conteúdo nacional de 65% não se imaginava que teríamos tantos problemas com produtividade. Estamos gastando mais e levando mais tempo para construir os navios. Por isso, alguns estaleiros estão importando cascos”, observa.

Arantes conta que só este ano o Vard está investindo R$ 10 milhões em qualificação de pessoal. A empresa construiu um centro de treinamento dentro da planta e desenvolve programas de reciclagem para as áreas técnicas e de gestão. O empresário também destaca a alta rotatividade no setor. “Pernambuco vive um ciclo de desenvolvimento, com muitas obras de infraestrutura e grandes empreendimentos em implantação. Isso dificulta a retenção de pessoal”, reforça, afirmando que o Vard desenvolve uma política de fidelização.

Mas há quem fuja das obras com data marcada para acabar e busque estabilidade. É o caso de Everton da Silva e Danilo Barbosa, que conseguiram vaga de montador e soldador no Vard. “Trabalhei na refinaria, mas sabia que a obra ia terminar e tentei uma vaga no estaleiro”, diz Everton. “Quero ter a chance de crescer na empresa”, completa Danilo.

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Escada terá fábrica de R$ 70 mi

Pernambuco será o endereço da empresa fluminense Alphatec na sua estreia no setor de equipamentos para geração de energia eólica no Brasil. Há 22 anos a companhia atua como fornecedora de serviços e soluções para a indústria do petróleo e gás, mas decidiu apostar no negócios de eólica. O grupo vai investir R$ 70 milhões na construção de uma fábrica de torres eólicas no município de Escada, no Território Estratégico de Suape.A planta começa a ser erguida ainda este ano, com previsão de inaugurar em 2016. A unidade vai gerar 400 empregos na construção e 200 quando entrar em operação.

O diferencial da Alphatec Nordeste Construções será a fabricação de torres eólicas modulares.

Apesar de serem mais altas (com 120 metros, enquanto as convencionais têm até 80 m), elas são montado em partes no campo, sem necessidade de transportar o equipamento inteiro. “No final do ano passado, licenciamos patentes dessa tecnologia à empresa americana North Star Wind, podendo atender a toda a América Latina”, diz o diretor de Novos Negócios da Alphatec, Roberto Giannini.

O executivo explica que a tecnologia permite vantagens, porque no caso das torres convencionais a logística representa 30% do preço final, enquanto na modular fica em 12%.

A fábrica de Escada terá capacidade para produzir 300 torres eólicas por ano. “Decidimos por Pernambuco por vários fatores, como a existência de um polo de equipamentos do setor em Suape, pela proximidade com os parques eólicos (75% instalados no Nordeste), pela boa malha rodoviária e pelo Porto de Suape”, enumera.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Stefanni, diz que a decisão do empreendedor consolida o pólo eólico de Suape, que conta com três empresas em operação (Impsa, Gestamp e LM Eólica), somando investimento de R$ 420 milhões e geando 3,3 mil empregos.

A Alphatec tinha anunciado uma fábrica em Escada em 2008 para atender à Petrobras, mas desistiu em função da baixa rentabilidade do

negócio.

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Alimentos e metal puxam nível para baixo

Em Pernambuco, o setor industrial que registrou a maior queda no emprego, em julho, foi produtos de metal com um recuo de 18,5%. Entre os produtos fabricados pelo setor estão as esponjas de aço, latinhas de alumínio e ferro. “Esse percentual foi alto, mas o impacto pequeno. Já a queda de 4% em alimentos e bebidas contribuiu para a queda do emprego industrial do Estado”, afirma o economista da coordenação de Indústria do IBGE, Rodrigo Lobo.O setor de minerais não metálicos registrou uma queda de 8,1% no emprego. Esse setor produz cimento, gesso e garrafas de vidro para embalagens. Embora o emprego do setor tenha diminuído, a crise não chegou a Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP), recém instalada em Goiana. “Começamos este ano. A nossa produção está dentro do planejado, porque também está substituindo importações”, conta o presidente da CBVP, Paulo Drummond. E acrescenta: “a indústria como um todo está perdendo competitividade: o câmbio (o preço do dólar) não está atualizado, temos problemas de logística (dificuldades no transporte) e um baixo crescimento do País, que puxa o desempenho da indústria”.

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Metalúrgicos demonstram preocupação com o futuro do Polo Naval

As recentes manifestações de candidatos à Presidência da República, que não mostram claramente o posicionamento com relação ao futuro da indústria naval brasileira, está causando preocupação nos trabalhadores do setor em todo o País. Esta inquietação foi constatada pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande (Stimmmerg), Benito Gonçalves, que participou recentemente de reunião da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), em São Bernardo do Campo (SP), acompanhado do diretor Sandro Laranjo.
O motivo principal do encontro foi a construção de um acordo coletivo nacional para os trabalhadores metalúrgicos. “Nossa intenção é unificar os salários e os direitos dos trabalhadores. A medida evitaria a migração da mão de obra, porque os salários ficariam iguais em todas as regiões”, justifica Gonçalves. “Os salários já estão praticamente iguais, mas nós aqui em Rio Grande conquistamos algumas vantagens que não existem em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, onde também eles têm outras vantagens que ainda não temos aqui. A unificação é uma questão de justiça, porque todos os nossos companheiros receberão os mesmos benefícios, sem distorções de uma região para outra”, destacou.
Definição
A preferência de candidatos à Presidência da República em energias limpas em detrimento do pré-sal, manifestadas recentemente na imprensa, também repercutiu no encontro da CNM. As lideranças sindicais dos metalúrgicos entendem que agora a indústria naval deverá ficar em compasso de espera até passar as eleições para ter uma definição sobre o futuro do setor, que hoje depende quase que exclusivamente da Petrobras e do pré-sal.
Benito Gonçalves diz que a apreensão é a mesma em Rio Grande: “Neste momento, minha preocupação é com a continuidade do Polo Naval”, observou.
O sindicalista também estranha que a grande imprensa do Estado, ao entrevistar os candidatos à Presidência, não questione o posicionamento deles com relação ao Polo Naval do Rio Grande, “que é um investimento de grande importância para todo o Rio Grande do Sul”.
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Grandes do minério de ferro desafiam queda nos preços e elevam produção

A Rio Tinto PLC e a BHP Billiton, na Austrália, e a Vale SA, no Brasil – as três maiores produtoras de minério de ferro no mundo -, estão elevando sua produção na expectativa de que a enorme eficiência de escala as leve à lucratividade, apesar dos preços serem hoje a metade do que eram há quatro anos. Essas empresas também estão apostando que os preços mais baixos vão forçar concorrentes com custos maiores a sair do mercado, dando a elas maior poder de formação de preço no longo prazo.

A Cliffs Natural Resources Inc. já contratou bancos para vender suas minas na Austrália devido à concorrência difícil. “As três grandes estão no controle e não há muito a fazer”, diz o brasileiro Lourenço Gonçalves, diretor-presidente da empresa americana.

A situação está sendo observada de perto pelos fabricantes de aço da China, Coreia do Sul e Japão, os três maiores importadores mundiais de minério de ferro, o principal ingrediente para produção de aço. Se os principais agentes desse mercado, que são responsáveis por mais de 60% do comércio marítimo do mineral, fortalecerem seu controle do mercado, eles poderão exercer maior pressão nas negociações de preços.

Um porta-voz da Federação de Ferro e Aço do Japão, Takefumi Nagamine, diz que a entidade está preocupada com o oligopólio das produtoras de minério de ferro há vários anos. “A situação não mudou”, diz.

Durante o boom das commodities dos últimos dez anos, havia demanda suficiente no mundo para que as mineradoras produzissem o quanto fosse possível, sabendo que os projetos de infraestrutura nas economias em desenvolvimento absorveriam tudo. A produção de minério de ferro continuou crescendo ainda que expansão desses mercados tenha desacelerado, juntamente com a demanda por aço.

“A China não irá investir mais o que vinha investindo em infraestrutura”, disse Mark Cutifani, diretor-presidente da Anglo American PLC, ao The Wall Street Journal. “Ainda há muitos prédios sem ninguém dentro.”

A China importa 65% de todo minério de ferro comercializado entre países, então sua demanda direciona os preços. A Anglo, outra grande produtora de minério de ferro, também está elevando a produção em uma nova mina no Brasil, a Minas-Rio, em Minas Gerais, mas Cutifani prometeu segurar a oferta futura. As três grandes produtoras do minério precisam mostrar disciplina ou “pagarão o preço”, disse.

Ivan Glasenberg, presidente do conselho da Glencore PLC, que, apesar de não ser uma grande produtora, comercializa minério de ferro, também prega cautela. Ele ressalta que 25% do minério de ferro mundial é de produção nova e a tendência deve continuar crescendo nos próximos quatro anos. “Estamos superabastecendo o mercado e é isso que está matando o superciclo”, disse ele a analistas.

A produção global das cinco maiores mineradoras – Vale, BHP, Rio Tinto, Anglo American e Fortescue Metals Group Ltd. – deve crescer mais de 40% até 2017, para 1,5 bilhão de toneladas, mesmo com a expectativa de a demanda avançar só entre 10% a 15%, segundo Charles Bradford, que dirige uma empresa de pesquisa de metais. O resulta¬do “será um desastre”, diz.

O presidente do conselho de administração da BHP, Andrew Mackenzie, disse recentemente ao WSJ que sabe que as mineradoras de alguns países sofrerão, mas estima que outras, incluindo as australianas, vão prosperar. “Haverá perdedores e ganhadores” entre os países, disse.

Com o preço do minério de ferro próximo do nível mínimo em cinco anos, abaixo de US$ 85 a tonelada, várias mineradoras pequenas e médias estão sob pressão. A Labrador Iron Mines Holdings Ltd., do Canadá, paralisou todas as operações há poucos meses devido aos preços baixos demais para cobrir os custos.

Mesmo com os preços abaixo da metade dos US$ 190 registrados em 2011, eles ainda estão cerca de cinco vezes mais altos que em 2004. Com o custo da exploração do minério de ferro em torno de US$ 50 por tonelada e atingindo até US$ 30 nas mineradoras mais eficientes, as margens de lucro podem ser expressivas. O minério de ferro responde por mais de 50% dos lucros da BHP e cerca de 90% dos lucros da Rio Tinto e da Vale.

Paul Gait, analista da Sanford C. Bernstein, prevê que os preços subirão para US$ 105 por tonelada, uma das maiores estimativas do setor, que começam em US$ 80 por tonelada para o curto prazo. Segundo Gai, Rio Tinto, BHP e outros grandes fornecedores terão tanta capacidade que irão ditar os preços. “O minério de ferro será uma boa aposta por um longo tempo”, diz.

Isso explica porque as mineradoras continuam a expandir sua capacidade. No Brasil, a Anglo American começará, no fim do ano, a exportar minério de ferro da Minas-Rio, depois de anos de estouros de orçamento que atingiram US$ 6 bilhões. A ArcelorMittal, a maior fabricante de aço do mundo, está ampliando os investimentos em exploração de minério de ferro no oeste da África e norte do Canadá. A Vale aumentou sua produção em 13%, para 79,4 milhões de toneladas no segundo trimestre.

No centro desse novo boom de minério de ferro está a Austrália. A BHP e a Rio Tinto garantiram enormes depósitos no país e investiram pesado em frotas de caminhões que não precisam de motoristas, técnicas eficientes de explosão e extensos sistemas ferroviários para levar o minério para o porto e de lá para a China.

A BHP gastou US$ 24 bilhões nos últimos dez anos para construir sua rede de minas, ferrovias e terminais portuários em Pilbara, na Austrália, onde ela controla mais de 20 bilhões de toneladas de minério de ferro, equivalente a um século de exploração. Ela registrou um recorde na produção de minério de ferro até junho em suas minas da Austrália Ocidental, 225 milhões de toneladas, 20% maior que no mesmo período de 2013. A BHP afirmou que o aumento da oferta e a desaceleração da China já foram incluídos nos seus planos. A BHP espera fechar as minas que dão prejuízo em outros lugares.

A Rio Tinto tem o menor custo de produção mundial, menos de US$ 50 a tonelada. Ela também está ampliando sua presença em Pilbara. Hoje, sua infraestrutura ali é para 290 milhões de toneladas e deve chegar a 360 milhões em meados do próximo ano.

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Negociação da Data Base 2014 começa na próxima semana

As rodadas de negociação referentes à Data Base 2014 entre as comissões patronal e laboral deverão ser iniciadas a partir da próxima semana. A agenda está sendo discutida entre os representantes das duas comissões, que deverão definir as datas dos encontros até esta sexta-feira.
O Simmepe já analisou a pauta apresentada pelos trabalhadores. A comissão patronal, reunida no último dia 28, elaborou uma contraproposta, a qual já foi entregue aos trabalhadores na última quarta-feira (3). Na Assembleia Geral Extraordinária – AGE, realizada no último dia 27 de agosto, foram escolhidos para compor a comissão do Simmepe os representantes das empresas Alcoa, Acumuladores Moura, Kronorte, Gerdau, Máquinas Piratininga, Vard Promar, Estaleiro Atlântico Sul, Gonvarri e Microlite, tendo como suplentes os representantes da Musashi, Simisa e Impsa.

Reinião Simmepe (1)

Feira Mecânica Nordeste é divulgada em outros Estados

Executivos do Simmepe e da Reed Exhibitions Alcantara Machado estão realizando Road Shows em quatro estados da região com o objetivo de divulgar a Fimmepe – Mecânica Nordeste, feira da indústria metalmecânica e eletroeletrônica que acontecerá de 21 a 24 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco.
A primeira capital a ser visitada foi Salvador onde, na última terça-feira, o secretário executivo do Sindicato, Girley Brazileiro e o gerente comercial da Reed, Renato Luiz, realizaram visitas ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas da Bahia – Simeb, ao Sebrae-BA e os principais meios de comunicação de Salvador. Na quarta-feira foi a vez de Aracaju. As próximas capitais a serem visitadas serão Fortaleza (9) e João Pessoa (11).
Por meio desse trabalho, os organizadores da feira esperam atrair para a Fimmepe expositores e um número cada vez maior de visitantes com o objetivo de consolidar a feira como um evento regional. Em sua 20ª edição, a Mecânica Nordeste tem sido um importante instrumento de apoio à geração de negócios e à modernização da indústria, uma vez que traz para a região as últimas novidades em máquinas e equipamentos.

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Metalúrgicos assinam acordo coletivo nacional para o setor naval

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) e o Sindicato Nacional da Indústria Naval assinaram um acordo nacional, ontem (3), para unificar direitos trabalhistas da categoria. O termo de compromisso estipula um prazo de 6 meses para a construção de um contrato que prevê a equiparação do piso salarial e das condições de trabalho do setor naval.
Edson Carlos da Silva, coordenador do setor naval na CNM, afirma que a categoria quer criar uma convenção coletiva e única em que algumas cláusulas sejam iguais para todos os trabalhadores do Brasil. Em Niterói, no Rio de Janeiro, um trabalhador da indústria naval recebe, no mínimo, R$ 2500. Já no estado do Rio Grande do Sul, em média, o piso é de R$ 1400.
“A diferença chega a R$ 1000 de região para região. É com essa disparidade que a gente quer acabar”, afirma Edson. Com relação aos tíquetes de alimentação, o sindicalista pontua que os valores diferem “muito” em cada região do país. “Na região sudeste, o trabalhador recebe um valor, no sul, outro, e, no norte do Brasil, nem se fala, não tem o tíquete”, diz.
Nos últimos 14 anos, o setor cresce, em empregabilidade, 16% ao ano. Em 2000, contava com 1900 postos de trabalho. Hoje, emprega 70 mil trabalhadores, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A Política Nacional de Fortalecimento do Setor Naval, implementada em 2002 pelo ex-presidente Lula, impulsionou o investimento na produção de petróleo e gás.
Paulo Cayeres, presidente da CNM, ressalta que o contrato vai permitir o acompanhamento da situação da categoria para que “nenhum trabalhador seja penalizado na construção do nosso país.”

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Produção mundial de aço bruto sobe 1,7% em julho

INSTITUTO AÇO BRASIL
A produção global de aço bruto cresceu 1,7% em julho, em relação ao mesmo mês de 2013, mostrou ontem a Worldsteel Association, entidade que reúne dados do setor em 65 países. Frente a junho, contudo, o volume de 136,8 milhões de toneladas ficou praticamente estável.
Na China, maior produtora do insumo no mundo, a produção cresceu 1,5% em comparação anual, para 68,3 milhões de toneladas. Perante o mês anterior, por outro lado, houve queda de 1,5%. Nas duas análises, a atividade encolheu. Em junho, a alta anual havia chegado a 4,5%, ou seja, a expansão de julho representa desaceleração.
Dentre outros países importantes para o setor siderúrgico, o Japão viu seu volume produzido ficar estável em um ano, terminando em 9,3 milhões de toneladas em julho. Ante junho, a alta foi de 1,9%. Na Coréia do Sul, a produção de 5,9 milhões de toneladas representou avanço de 6,2% e recuo de 2,5%, respectivamente.
Nos 28 mercados da União Européia, a produção apurada foi de 13,3 milhões de toneladas no sétimo mês do ano. A quantidade significou queda de 2% em um ano e baixa de 6,3% em um mês. Já no Brasil foi observado leve aumento de 0,5% frente ao mesmo mês do ano passado, para 2,9 milhões de toneladas. Ante junho, a alta foi forte em 9%.
O relatório da Worldsteel publicado ontem mostra ainda que a utilização de capacidade instalada pelas siderúrgicas mundiais atingiu 75,4% em julho. Na comparação anual, a redução foi de 1,2 ponto percentual, enquanto em relação a junho foi de 2,9 pontos.

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Simmepe convoca assembleia para tratar da negociação coletiva

O Simmepe está convocando seus associados para a Assembleia Geral

Extraordinária – AGE, que será realizada na próxima quarta-feira (27), em
sua sede, às 17h30 em primeira convocação e, mesmo não havendo quorum, às
18h do mesmo dia.

Entre os assuntos a serem tratados, está a análise da pauta de
reivindicações dos empregados, com vistas às negociações coletivas de 2014.
Na ocasião, também será definida a escolha dos representantes para
constituição da comissão de negociação; outorga de poderes à diretoria para
celebrar convenções coletivas, nos termos do Artigo 612 da CLT; outorga de
poderes à diretoria para interpor dissídios coletivos, caso necessários, nos
termos do Artigo 859 da CLT; instituição da Taxa Assistencial e outros
assuntos de interesse dos associados.

O Grupo Consultivo de Recursos Humanos – GCRH da indústria
eletrometalmecânica, formado por gerentes de RH de empresas associadas ao
Simmepe, realizou reunião, na última quarta-feira, na sede do sindicato,
para tratar dos preparativos para a negociação Data Base 2014. No encontro,
que teve a direção do presidente do Simmepe, Alexandre Valença, foram
discutidos os aspectos do momento sócio-político-econômico do país e suas
implicações na campanha salarial desde ano. Também foi feita uma análise dos
resultados das negociações de outras categorias encerradas recentemente a
fim de se avaliar as perspectivas do que poderá ocorrer na campanha das

indústrias metalmecânicas e eletroeletrônicas.

Foto sede Cortado