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Transpetro já conta com 8 novos petroleiros em 2015

No começo de 2015, o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) já conta com 8 petroleiros em operação; 15 navios em construção, sendo seis na fase de acabamento; e 8 com previsão de entrega até o fim do ano.
Com o Programa, a subsidiária de logística do Sistema Petrobras investe R$ 11,2 bilhões na encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários a estaleiros nacionais.
Os 8 petroleiros que estão operando são os Suezmax Henrique Dias, Dragão do Mar, Zumbi dos Palmares e João Cândido; e os navios de produtos José Alencar, Rômulo Almeida, Sérgio Buarque de Holanda e Celso Furtado.
Para este ano, outros 8 navios estão com entrega prevista, sendo dois Suezmax, dois Panamax e quatro Gaseiros. Desses, 6 se encontram em acabamento, sendo um Suezmax (Estaleiro Atlântico Sul), dois Panamax (Eisa Petro-1) e três Gaseiros (Vard Promar).
Navio-plataforma Cidade de Itaguaí chega ao Brasil
A unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás (FPSO) Cidade de Itaguaí chegou ao estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), na quarta-feira (7).
No local, será realizada a conclusão das operações de içamento e integração de 12 módulos da sua planta de processamento. O FPSO foi convertido no estaleiro Cosco, na China, a partir do navio petroleiro VLCC (Very Large Crude Carrier) ALGA, de casco duplo, construído em 1999.
Programada para operar no Campo de Lula, localizado na área de Iracema Norte, na Bacia de Santos; a plataforma tem capacidade para armazenar até 1,6 milhão de barris de óleo e deverá entrar em operação no segundo semestre de 2015.
Instalada em profundidade de 2.240 metros, a unidade terá capacidade para processar até 150 mil barris de óleo por dia (bpd) e comprimir diariamente 8 milhões de m³ de gás.
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Empresários lotam auditório na posse de Armando Monteiro

BRASÍLIA – Os empresários receberam com expectativa positiva o novo titular do Mdic. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse que a expectativa com relação à nova gestão é “extremamente positiva” e que o governo está focado no aumento da exportação e na melhoria da balança comercial. Sobre a possibilidade de elevação de impostos, Moan disse defender sempre a redução da carga tributária.

Empresários pernambucanos marcaram presença na solenidade. O presidente do Sindicato da Indústria Metalmecânica (Simmepe), Alexandre Valença, destacou a experiência de Armando como industrial. “É um conhecedor profundo do setor, com chance de ajudar a retomada da indústria no País”, afirmou, lembrando que o setor no Estado passa por dificuldades desde que estourou a operação Lava Jato e a Petrobras deixou de pagar e de fazer encomendas a empresas locais.

“O diferencial de Armando no ministério é ter uma visão mais prática dos problemas da indústria, porque é empresário e comandou a Fiepe e a CNI. No setor sucroalcooleiro, nossa expectativa é num incentivo maior à bioeletricidade (biomassa e etanol), além do incentivo às exportações. O Brasil precisa voltar a se unir em blocos para exportar, a exemplo do Mercosul. Nos três primeiros meses da safra de cana-de-açúcar apenas 20% foi exportado, porque precisa desenvolver melhor os destinos”, observou o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha.

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), que prestigiou a posse, falou sobre a importância de ter um ministro pernambucano numa área estratégica. “É importante ter Armando fazendo parte da equipe do governo Dilma. Depois de Gustavo Krause, ele é o primeiro pernambucano a atuar na área econômica”, destacou.

Apesar do grande número de pernambucanos na cerimônia, apenas o vice-governador Raul Henry (PMDB) representou a gestão Paulo Câmara (PSB). Nem o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões (de pasta ligada ao Mdic) compareceu. (Jornal do Commercio.)

Preço do aço tende a cair por fraca demanda

O setor siderúrgico brasileiro poderá dentro dos próximos meses confirmar a expectativa do mercado e iniciar uma onda de corte de preços do aço. Sem encontrar respaldo na demanda doméstica e diante da forte queda dos preços do mineiro de ferro – a principal matéria-prima para a produção -, a percepção é de que um desconto deverá ocorrer para que as companhias consigam se ajustar ao novo cenário.

Uma redução de preços dará ao setor uma dificuldade extra, pois a atividade já vem sendo prejudicada pela deterioração dos negócios dos principais clientes das siderúrgicas, dentre eles o automotivo, cuja produção anual apresenta queda significativa, e da construção civil, com aumento dos estoques das construtoras, fora a morosidade dos investimentos em infraestrutura.

“Havia uma expectativa de aumento da demanda após a Copa, o que não ocorreu”, destaca o analista-chefe da XP Investimentos, Ricardo Kim. “As montadoras ainda estão indicando que terão férias coletivas no fim do ano e, em paralelo, há uma grande oferta de importados. Acho que as usinas terão que refazer o discurso” disse Kim, referindo-se à expectativa de manutenção de preços pela direção das empresas ao fim do primeiro semestre deste ano.

Dados apresentados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) na semana passada ilustram esse movimento. No acumulado de janeiro a agosto, as compras da rede de distribuição nas usinas somaram 2,851 milhões de toneladas, queda de 9,2% ante o mesmo intervalo de 2013. O presidente do Inda, Carlos Loureiro, afirmou que a pressão para um ajuste dos preços é crescente e que a queda do valor do minério de ferro é uma “espada” sobre os preços do aço no mercado brasileiro. Segundo o executivo, a recente diminuição no insumo não foi repassada ainda para os preços do aço no mercado internacional, mas é muito provável que a China pratique uma queda de 10% no seu preço do exportação de aço em breve.

Exatamente por conta da expectativa de recuo dos preços do aço na China, os analistas do BTG Pactual questionam se o atual prêmio do aço (diferença do produto nacional do importado nacionalizado), hoje em 13%, é sustentável. “Antes de se considerar que esse nível é sustentável em mercados equilibrados, temos preocupação de que a referência de preços na China possa cair diante de custos mais baixos das matérias-primas e condições fracas de demanda”, afirmam os analistas em relatório recente.

Hoje o preço da bobina a quente (HRC, na sigla em inglês) da China, exportada para Europa e Estados Unidos, está em US$ 495 a tonelada, queda de mais de 7% no ano e o valor mínimo de 2014.

Como cita Loureiro, do Inda, a queda do minério neste ano já chega a cerca de 42%, criando componente extra para a expectativa de recuo de preços, diante do menor custo para a produção. Como os clientes não vivem bom momento, a demanda é que as siderúrgicas dividam esses menores custos. “Na nossa visão, os grandes clientes da indústria siderúrgica irão buscar uma fatia da melhor margem que as usinas estão tendo diante do menor custo das matérias-primas, como minério de ferro e carvão”, destaca o analista Marcelo Aguiar, do Goldman Sachs, em relatório recente. Em seu cálculo, os contratos de longo prazo das siderúrgicas com as montadoras e autopeças deverão ser renegociados até o fim deste ano e os preços a serem implementados a partir de janeiro de 2015 poderão ficar entre 5% e 10% menores.

Para o analista da Coinvalores, Bruno Piagentini, esse ajuste nos preços acontecerá, mas deverá esperar 2015. Isso porque a percepção é de que o minério de ferro apresentará recuperação até o final do ano, por conta da expectativa de maiores compras pelas siderúrgicas chinesas, que historicamente ampliam os estoques nessa época do ano para se prepararem para o rigoroso inverno no país. “Com isso, pode haver um pouco mais de equilíbrio da oferta e demanda, mas em 2015 deverá surgir uma discussão para ajustes de preços”, conclui o analista.

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Indústria deve ter ano de saldo negativo de vagas

Com a perda de 43,7 mil vagas formais em novembro, a indústria brasileira deve assistir em 2014 ao fechamento líquido de postos de trabalho com carteira assinada pela primeira vez desde 2002, quando começa a série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) disponibilizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No mês passado, de acordo com o registro, a construção fechou 48,9 mil empregos e também pode encerrar o ano no vermelho, avaliam economistas.

O comércio abriu 105 mil vagas no período e contribuiu para o saldo positivo de 8,4 mil postos registrado pelo Caged – que surpreendeu a média de estimativas colhida pelo Valor Data, que previa fechamento de 18 mil postos. Junto com os serviços, o setor responde por 85,9% do total de postos de trabalho gerados no país entre janeiro e novembro.

A LCA Consultores estima que a indústria perca 170 mil empregos formais em 2014, levando em conta a série sem ajuste, que contabiliza apenas as informações enviadas ao MTE dentro do prazo legal. Sob esse critério, o setor fechou 14,7 mil postos no acumulado até novembro – resultado puxado pelos segmentos de metalúrgica e material de transportes, que acumulam saldos negativos de 18,9 mil e de 33,4 mil vagas, respectivamente. Novembro marcou o sétimo resultado negativo do setor em 2014 – quadro que deve se repetir em dezembro, mês em que a indústria tradicionalmente demite temporários.

Também levando em conta os dados sem ajuste, Fabio Romão, economista da LCA, projeta que o mercado formal crie 250 mil vagas neste ano, o pior resultado desde 1999. Com ajuste, o dado deve encerrar em 400 mil. “É um resultado ruim, mas bastante condizente com o nível de atividade”, pondera. Para 2015, com a expectativa de um cenário “menos pior” para a indústria, o saldo deve subir para 480 mil (730 mil com ajuste).

Mais pessimista, a estimativa de André Muller, da Quest Investimentos, prevê criação 100 mil novos empregos neste ano, também na série sem ajuste. A projeção é semelhante à feita para 2015, levando em conta que a perda de fôlego do mercado de trabalho deva tirar ainda mais dinamismo das contratações nos setores de comércio e serviços.

O resultado do mês passado surpreendeu positivamente o economista, que estimava fechamento de 30 mil postos. Dessazonalizado, o saldo positivo de novembro sobe para 15 mil, afirma Muller. Também na série da Quest com ajuste sazonal, o desempenho do comércio, grande responsável pelo saldo positivo, subiu da média de 3 mil dos meses anteriores para 10 mil.

Em relatório, o banco Fator chama atenção para o setor, que tem conseguido se beneficiar da sazonalidade das festas de fim de ano mesmo com a piora recente das condições do mercado de trabalho. Em novembro, o comércio contratou em todos os Estados. O Sudeste acumulou o maior saldo de vagas, 50,7 mil, com contribuição da abertura de 26,2 mil postos em São Paulo. O Nordeste adicionou 21 mil vagas ao estoque, resultado semelhante ao da região Sul, com 20,3 mil.

Muller, da Quest, alerta para a situação bastante desconfortável da indústria, que reduz de maneira sucessiva os quadros de funcionários diante da queda da produção neste ano, que acumula perda de 3% até outubro.

O setor apurou demissões líquidas em todos os 12 segmentos acompanhados pelo cadastro. O ramo metalúrgico, mais uma vez, foi um dos destaques negativos, com perda de 3,4 mil vagas. O segmento químico e de produtos farmacêuticos fechou 8,5 mil postos. As indústrias têxtil e de calçados tiveram saldos negativos de 7,2 mil e de 5,1 mil, respectivamente.

A construção civil, na avaliação de Romão, da LCA, também dá sinais preocupantes. O saldo negativo comum em meses de novembro decorre das demissões de temporários contratados entre agosto e outubro. Esse fator não parece explicar, entretanto, o resultado do mês passado, já que nos três meses anteriores o setor já acumula saldo negativo de 22,8 mil vagas.

simmepe 19

FMM aprova investimentos de R$ 4,6 bilhões em projetos da indústria naval

Portos e Navios
O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) aprovou, nesta última terça-feira (16/12), durante a 27ª Reunião Ordinária, apoio financeiro no valor de R$ 4,6 bilhões para projetos da indústria naval.
Do total de investimentos, R$2,3 bilhões são para novos projetos, sendo 23 novas embarcações para navegação interior, quatro embarcações para pesca atuneira (pesca de atum), 10 embarcações de apoio offshore, duas embarcações de apoio portuário e a ampliação de um estaleiro.
Além disso, foram aprovadas prioridades de apoio financeiro no valor de R$ 2,3 bilhões para projetos reapresentados em função de alterações, suplementação ou cancelamento por decurso de prazo, envolvendo três estaleiros e 164 embarcações.
A resolução com o resultado da reunião será publicada nos próximos dias, no Diário Oficial da União (DOU). Após a publicação, as empresas que obtiveram prioridade para novos projetos e suplementações terão 360 dias para efetivar a contratação dos financiamentos junto aos agentes financeiros. A regra viabiliza o início do repasse dos recursos. Os projetos reapresentados devido ao cancelamento por decurso de prazo terão 120 dias para a contratação.
O Fundo da Marinha Mercante (FMM) financia até 90% do valor dos projetos. A definição do percentual de financiamento depende do conteúdo nacional de cada projeto e do tipo da embarcação, nos termos das regras previstas na Resolução n° 3.828, de 2009, do Conselho Monetário Nacional (CMN).
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EAS entrega o 4º navio

 

Com o presidente da Transpetro Sérgio Machado licenciado, em função da operação Lava Jato, o oitavo navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) partiu ontem para sua viagem inaugural, sem festa. A embarcação é a quarta entregue pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Suape, dentro de uma encomenda de 22 navios.Durante evento interno, também foi realizada a cerimônia de batismo do André Rebouças, quinta embarcação do EAS. O Atlântico Sul tem até 2016 para entregar uma primeira série de dez navios Suezmax e até 2019 para concluir a entrega do pacote completo de 22 embarcações. Desde que começou a operar, em 2007, o EAS concluiu a construção de cinco navios.
O navio de número um, o João Cândido, demorou quase 4 anos para ficar pronto.Desde que os japoneses da IHI entraram como sócios no empreendimento, o EAS apresentou à Transpetro um cronograma de entrega e um plano de produção para aumentar a competitividade da indústria. O petroleiro André Rebouças usa tecnologia de construção e montagem de megablocos nos moldes dos estaleiros que são referência mundial.
Seguindo a tradição de batizar navios com o nome de líderes negros, a Transpetro escolheu o primeiro engenheiro negro do Brasil, André Rebouças, para nomear o quinto petroleiro do EAS.

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COMEÇA CAMPANHA PARA PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 2015

Desde ontem, dia 10 de dezembro, começam a ser enviadas pela FIEPE e seus sindicatos patronais filiados, por correspondência, as guias de recolhimento da contribuição sindical patronal da Indústria 2015. 21 mil guias serão emitidas para as empresas que fazem parte de 29 sindicatos associados a FIEPE.

As empresas têm até o dia 31 de janeiro para quitar a contribuição sem juros ou multa. A base de cálculo é o capital social da empresa, sendo enquadrado na tabela da contribuição sindical divulgada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

Do valor pago pela empresa, 60% ficam com o sindicato que representa a categoria, enquanto o Ministério do Trabalho recebe 20% e a FIEPE 15%. À CNI cabem 5% do total.

Para conferir a tabela e emitir a guia de recolhimento, clique aqui

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Aço importado terá fatia menor no mercado interno em 2015

CostDrivers

A participação do aço importado no mercado brasileiro da matéria-prima deve diminuir para 10% no ano que vem, após ficar entre 15% e 16% neste ano, segundo estimativas do presidente de tecnologia e qualidade da Usiminas, Rômel Erwin, e do vice-presidente comercial da empresa, Sergio Leite. Em teleconferência de resultados, eles disseram que a redução nas importações é um fator “positivo” para o setor siderúrgico brasileiro como um todo. Segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr), as importações brasileiras de aço subiram 3,3% em setembro para 375,9 mil toneladas, na comparação com mesmo período de 2013. A importação de aços planos foi a que apresentou maior alta entre os demais tipos de aço, com avanço de 8,4% para 228,8 mil toneladas. No acumulado de 2014, as importações de aço sobem 13,6% para 3,140 milhões de toneladas, também com grande contribuição de planos, que subiram 25,7% no ano, somando 1,773 milhão de toneladas. Quarto trimestre “parco” O nível da atividade econômica no Brasil deverá ser “parco” no quarto trimestre deste ano, segundo estima a Usiminas, o que deve pressionar a indústria siderúrgica do país, com manutenção de resultados no setor nos mesmos níveis do terceiro trimestre, segundo afirmou Erwin. ?Se considerarmos o Produto Interno Bruto (PIB) industrial dos setores consumidores de aço, que deve manter uma queda de dois dígitos, em 10%, a expectativa é manutenção do mesmo nível do terceiro trimestre, além da sazonalidade do mês de dezembro porque, após o dia 15, há grande redução da atividade pelas festas de fim de ano?, afirmou ele, durante teleconferência com analistas sobre os resultados. Ainda segundo ele, o câmbio precisa estar próximo de R$ 2,70 para criar a expectativa de aumento de preço do aço, e entre R$ 2,40 e R$ 2,50 para que as exportações da empresa sejam lucrativas. Energia Uma venda maior ou menor de energia gerada pela Usiminas vai depender da “conveniência do mercado”, levando em consideração o nível da atividade industrial e do preço da energia no mercado livre, segundo afirmou Erwin. A sobra de energia ou o volume de energia ofertado depende do preço de mercado e da nossa necessidade de energia e consequentemente reduzimos ou aumentamos nosso volume?, disse ele, durante teleconferência com analistas sobre os resultados do período. Segundo Sergio Leite, a empresa também continua em diálogo aberto e permanente com o governo federal a respeito de mudanças no imposto de importação e reformas tributária e trabalhista que beneficiem as operações da empresa. Resultado A Usiminas teve prejuízo líquido de R$ 24 milhões no terceiro trimestre do ano, após ter lucro de R$ 115 milhões no mesmo intervalo do ano passado. O resultado refletiu a desvalorização do real em relação ao dólar e a menor contribuição das unidades de siderurgia e mineração, que sofreram redução na receita. A receita líquida da companhia caiu 9% no trimestre, para R$ 2,908 bilhões. A expectativa do mercado era de queda de 7,2% na receita no trimestre, para R$ 2,967 bilhões. O Ebitda ajustado recuou 33,6% no trimestre na comparação anual, para R$ 357 milhões, enquanto a margem Ebitda teve queda de 5 pontos percentuais (pp), para 12%. A expectativa era de queda de 25% no Ebitda, para R$ 404 milhões. O Ebitda ajustado, calculado a partir do prejuízo líquido, reverte o resultado das operações descontinuadas, o imposto de renda e contribuição social, o resultado financeiro, depreciação, amortização e exaustão, e a participação no resultado de controladas e coligadas e considera a participação proporcional de 70% da Unigal e outras controladas em conjunto. No acumulado nos nove primeiros meses do ano, a Usiminas teve lucro líquido de R$ 326 milhões, ante prejuízo de R$ 30 milhões do mesmo intervalo do ano anterior. A receita líquida caiu 5%, para R$ 9,156 bilhões, e o ebitda ajustado subiu 21%, para R$ 1,561 bilhão. A margem ebitda ajustada avançou 4 pp, para 17%. Produção A produção de minério de ferro no trimestre cresceu 18,2% no trimestre, para 1,434 milhão de toneladas, enquanto a produção de aço caiu 21% no período, para 1,407 milhão de toneladas. O volume de vendas de minérios no trimestre caiu 32,3% no trimestre, para 1,238 milhão de toneladas. A queda refletiu a não realização de exportações no trimestre e a fraca demanda de terceiros no mercado interno. Já o volume de vendas de aço recuou 10,5%, para 1,401 milhão de toneladas, refletindo a queda nas vendas no mercado interno. Os preços de minério de ferro foram pressionados fortemente no trimestre, por conta da redução da demanda chinesa e da oferta “abundante” da commodity no mundo. Com isso, o preço médio no trimestre do minério chegou a US$ 90,2 por tonelada, abaixo dos US$ 102,6 por tonelada do segundo trimestre. O preço atingiu patamares ainda mais baixos, chegando a US$ 77,8 por tonelada em 30 de setembrosimmepe 11

Vendas de aço caem 9% com crise do mercado interno, diz setor

Tn online

 

 Num cenário de economia doméstica combalida, excesso de capacidade ao redor do mundo e forte competição com a China, a siderurgia brasileira vive uma de suas maiores crises da história, com queda de vendas e estagnação da produção.

Segundo o Instituto Aço Brasil, as vendas brasileiras de produtos siderúrgicos devem fechar 2014 com queda de 8,9% em relação a 2013. Em volume, serão 20,8 milhões de toneladas, patamar próximo a 2010. Ou seja, o setor retrocedeu quatro anos.

Já a produção deve ficar praticamente estável, com avanço de apenas 0,1%. Os dados consideram projeções apenas para o terceiro trimestre. Até outubro, as vendas apresentavam queda de 8,7%; e a produção, que tende a piorar neste fim de ano, registrava alta de 0,7%.
FALTA DE CONFIANÇA

Para Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do instituto que representa as indústria siderúrgica, o setor sofre não apenas com a maior oferta de aço no mundo nos últimos anos.Um dos principais entraves atualmente, diz, é o mercado interno, com baixo crescimento do PIB e do investimento. Resultado, afirma, da “falta de confiança do setor produtivo” na economia do país.

A crise na indústria, que ano a ano perde peso no PIB, atinge em cheio o setor, que vende placas de aço e outros produtos a fábricas de bens de consumo, como as de veículos e eletrodomésticos. Outro ramo que consome aço e não vai bem é o da construção civil.

Para Lopes, o consumo de aço no país está estagnado em torno de 100 kg por pessoa, sem investimentos em infraestrutura e na toada do fraco crescimento da economia. A cifra é menor do que em outros países em desenvolvimento, como Turquia, Irã, Polônia e México. Todos demandam proporcionalmente mais aço do que o Brasil.

Um dos problemas é o atraso do país em obras de infraestrutura e o que Lopes chama de “um processo constante de desindustrialização” -provocado pela perda de competitividade do setor com custos tributários elevados, câmbio contido para segurar a inflação e juros elevados.
ESPERANÇA

Lopes vê na composição da nova equipe econômica “um sinal positivo” e um alento para 2015 -ainda que o instituto tenha uma previsão de um aumento do PIB de apenas 0,2% em 2014. “É um sinal muito bom para a uma possível retomada da confiança.”

O executivo afirmou que a equipe a ser comandada por Joaquim Levy, que deve ser confirmado para a Fazenda, tende a fazer um ajuste fiscal capaz de abrir, no médio prazo, espaço para a redução dos juros, um dos principais entraves do setor industrial.

O executivo disse que, como já ocorre nos últimos anos, há uma invasão de produtos siderúrgicos da China, produzidos a custo baixo e por estatais que “não se importam com resultados”. Desse modo, o setor vê como uma forma de concorrência desleal. “Não competimos com uma empresa. Competimos com um Estado, com um país.”

Lopes também cobrou maior ação da diplomacia brasileira. “Um trabalho de defesa comercial do nosso mercado é fundamental. Tão fundamental como o de acesso a novos mercados.”

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IABr espera alta de 4% em vendas de aço no Brasil em 2015

 

O setor siderúrgico do Brasil espera alta de 4 por cento nas vendas de aço no mercado interno em 2015, em um desempenho que não será suficiente para recuperar a queda de quase 9 por cento esperada para 2014, informou nesta quarta-feira o Instituto Aço Brasil (IABr).
As siderúrgicas esperam vendas de aço no Brasil de 21,6 milhões de toneladas em 2015, após 20,8 milhões previstas para este ano.
“Estamos diante de um cenário muito difícil para 2015 e continua o processo de desindustrialização”, afirmou a jornalistas o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes.
A entidade também informou que prevê crescimento de apenas 2 por cento no consumo aparente de aço no país no próximo ano, para 25,2 milhões de toneladas, após queda esperada de 6,4 por cento em 2014.
“Os números refletem impacto de problemas sistêmicos no país como a alta carga tributária, cumulatividade de impostos, custo da energia elétrica e câmbio valorizado, fatores que vem afetando os principais setores consumidores de aço”, disse o IABr em comunicado à imprensa.
Diante das fracas expectativas para as vendas e consumo aparente, a previsão da entidade para a produção de aço bruto no Brasil em 2014 é de estagnação: queda de 0,1 por cento, a 34,2 milhões de toneladas.
Até outubro, o setor acumulava queda de 0,7 por cento sobre o volume produzido no mesmo período de 2013. A entidade não fez previsões para a produção em 2015 em razão das dificuldades antecipadas para a economia e para o setor.
“Há sinalização positiva de que há uma equipe econômica formal (…) e de que se abra um diálogo importante em torno da competitividade”, disse Lopes.
Além de medidas macroeconômicas para melhorar o rumo do país, o IABr defendeu medidas especificas para auxiliar o crescimento do setor nos próximos anos. Alguns canais de negociação com o governo federal já foram abertos esse ano por meio da CNI.
Em 2014, a aprovação do Reintegra foi considerada uma vitória do segmento que cobra uma maior defesa comercial por parte do governo federal e uma maior fiscalização das metas de conteúdo local adotados pela Petrobras.
“É preciso ter conteúdo nacional; o que a Petrobras diz não é o que setor vive”, afirmou o presidente do IABr.
A crise na Petrobras se tornou mais um elemento de risco para o mercado siderúrgico em 2015, segundo executivos do IABr. A Petrobras enfrenta uma série de denúncias envolvendo ex-diretores e empreiteiras que teriam um esquema de corrupção dentro da estatal.
“Se os investimentos pararem é claro que tem reflexo”, disse o presidente da ArcelorMittal Brasil e presidente do IABr, Benjamin Baptista Filho. “Petrobras não é preocupação do setor de aço e sim do Brasil; tem que ser apurado e investigado; o país não pode parar”, acrescentou Lopes.

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