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Setembro: Produção industrial cai em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE

A produção industrial caiu em 12 dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, na passagem de agosto para setembro, quando o índice nacional recuou 0,7%. A pesquisa, divulgada hoje (8) pelo IBGE, mostra quedas com resultados inferiores à média nacional em Santa Catarina (-5,1%), Paraná (-4,3%), Pará (-3,7%), São Paulo (-3,3%), Goiás (-2,9%), Amazonas (-2,9%), Espírito Santo (-2,2%), Minas Gerais (-1,7%), Bahia (-1,3%) e Rio de Janeiro (-1,1%). Nesse mês, completaram o conjunto de locais com índices negativos Mato Grosso (-0,4%) e Rio Grande do Sul (-0,2).

Dos 12 locais que apresentaram queda no mês de setembro, em oito o setor de alimentos esteve entre as principais influências nos resultados. Foram eles: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Pará, Minas Gerais, Goiás, Espirito Santo e Mato Grosso.

“A inflação está impactando mais os produtos alimentícios, principalmente os da cesta básica. Isso afeta a cadeia produtiva. Observamos, ainda, que o desemprego está caindo, porém a informalidade tem aumentado e o rendimento médio continua baixo. Assim, menos alimentos foram produzidos, já que as famílias estão deixando de consumi-los, visto a perda de poder aquisitivo causada pela inflação, e isso pode explicar a queda do setor”, esclarece Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.

“No lado da oferta, podemos dizer que os fatores negativos começam a ser suavizados, como o desabastecimento de insumos e o encarecimento das matérias primas. Esses fatores, além das incertezas em relação à conjuntura macroeconômica do Brasil, afetam as tomadas de decisões dos produtores e dos consumidores, reduzindo o seu consumo para reter um pouco o poder aquisitivo”, completa Almeida.

O estado de São Paulo, com queda de 3,3% em setembro, apresentou o menor resultado na comparação mês/mês desde abril de 2022, quando atingiu a marca de -4,5%. Maior influência na indústria nacional, o estado continua sendo o termômetro dos resultados observados para o mês.

“Os setores de alimentos e derivados do petróleo foram os que mais influenciaram negativamente o resultado. Vale lembrar que São Paulo representa aproximadamente 34% da concentração industrial e no mês de setembro encontra-se 23,9% abaixo de seu patamar mais alto, atingido em março de 2011. Na comparação com os resultados pré-pandemia, está 2,5% abaixo de fevereiro de 2020”, avalia o analista.

Santa Catarina tem queda de 5,1% e Paraná caiu 4,3%

Outras localidades que se destacaram negativamente em setembro foram Santa Catarina, com queda de 5,1%, e Paraná, recuando 4,3%, maiores quedas do mês em números absolutos. Bernardo destaca os principais setores que impactaram nos resultados de cada estado.

“A taxa de Santa Catarina se baseia principalmente nos resultados dos setores de máquinas e equipamentos e de alimentos. É o segundo mês consecutivo de índice negativo com perda acumulada de 10,2%. Os resultados do Paraná, que obteve a segunda maior influência no resultado nacional, foram afetados principalmente pelos setores de derivados de petróleo, de veículos e de alimentos. É a quarta taxa negativa consecutiva para a indústria paranaense com uma perda acumulada de 8,0%”.

Pelo lado das taxas positivas, o Ceará, com crescimento de 3,7%, eliminou grande parte das perdas acumuladas no período de junho-agosto (-4,6%). Já Pernambuco, com alta de 2,0%, intensificou o resultado positivo observado em agosto, quando apresentou alta de 0,1%.

“No Ceará, o setor de artefatos de couro, artigos de viagens e calçados foi o principal responsável pelos resultados, seguido pelo setor de bebidas, ambos bem atuantes na indústria cearense. A alta em setembro vem após três meses seguidos de resultados negativos, quando acumulou 4,6% de queda, e ajuda a eliminar parte da perda dos meses anteriores. Já em Pernambuco, o resultado é explicado principalmente pelo açúcar, visto que aconteceu o retorno da safra do açúcar no Nordeste e a indústria pernambucana sofre grande influência desse setor em sua produção”, esclarece o analista da pesquisa.

Indústria do Mato Grosso cresce 30,8% no terceiro trimestre

O setor industrial avançou 0,9% no terceiro trimestre e interrompeu o comportamento negativo observado desde o terceiro trimestre de 2021 (-1,1%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. As variações de Mato Grosso (de 20,5% para 30,8%) e Amazonas (de 1,8% para 11,7%) apontaram os ganhos mais acentuados.

“No Mato Grosso, o setor de alimentos foi um dos principais fatores, principalmente os abates para a produção de carnes congeladas, frescas ou refrigeradas. Já no Amazonas, o setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, especialmente na produção de televisores, foi um dos principais responsáveis pela alta. Isso se justifica em especial pela proximidade da Copa do Mundo, o que é um motivo para impulsionar a confecção desse tipo de produto”, avalia Almeida.

Fonte: Mirian Gasparin

Brasil importa da China ‘modernidade’ e ‘miudezas’

Entre os dez produtos que a China mais exporta para o mundo, o Brasil está entre os dez principais clientes em dois: painéis solares e miudezas vendidas por e-commerce. Itens que mostram duas facetas importantes da China, apontam economistas. Uma, da segunda maior economia do mundo, líder em equipamentos de tecnologia desenvolvida no radar das energias renováveis, um dos temas mais caros do mundo atual. A outra, a do país asiático que o brasileiro conhece desde o início dos anos 90 pelos artefatos que é capaz de produzir de forma competitiva e que agora chegam cada vez mais via plataforma digital.

Os dois itens importados refletem também dois fenômenos brasileiros muito atuais. Um, da corrida pela geração distribuída de energia solar, parte dela para aproveitar vantagem tarifária. Outra, a do hábito mais intenso de comprar pela internet, inclusive pelo e-commerce transfronteiras, no qual despontam sites chineses como Aliexpress e Shopee.

Dos dez produtos que os chineses mais exportaram ao mundo de janeiro a setembro, o sexto item foram células voltaicas montadas em módulos ou painéis, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês). Do total de US$ 33,72 bilhões que a China embarcou em painéis solares no acumulado até setembro, US$ 3,85 bilhões – o equivalente a 11,4% – foram destinados ao Brasil, o segundo maior comprador do item, atrás somente da Holanda.

Também de janeiro a setembro, os “artigos de pequeno valor com procedimento aduaneiro simplificado”, registrados pelo governo chinês sob código 9804, foram o sétimo item mais exportado pela China ao mundo, no valor de US$ 25,3 bilhões. Para o Brasil vieram US$ 878,14 milhões e, a despeito de um câmbio não tão favorável para as importações brasileiras, o país ficou em oitavo dentre os dez maiores clientes da China nesse tipo de mercadoria.

Segundo a Câmara Chinesa de Comércio do Brasil, o código 9084 abrange produtos de uso pessoal adquiridos por comércio eletrônico que chegam ao país por courier, via transporte aéreo. Compras por e-commerce de produtos made in China, porém, podem ser registrados em outros códigos, conforme modal, valor e tamanho dos produtos, entre outras características.

Ainda dentro das exportações chinesas, o Brasil também tem desempenho relativamente bom em outros itens, como partes e acessórios de itens de informática. Esse é o oitavo item mais vendido pela China ao mundo, e os brasileiros estão em 14 º lugar no ranking dos maiores compradores.

“Os dados mostram na verdade uma dicotomia entre a China dos anos 2000, das miudezas da loja de R$ 1,99, que ainda povoa o imaginário popular, e a China do fim desse primeiro quarto de século”, diz Livio Ribeiro, sócio da BRCG e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O país asiático, diz, continua produzindo as miudezas, embora o avanço tecnológico tenha alterado a plataforma de comercialização. “Há quem compre lâmpadas em sites externos.”

Para Welber Barral, sócio da BMJ Consultores, a importação das miudezas chinesas reflete o grande mercado consumidor brasileiro que, depois da pandemia, aderiu mais às compras on-line e à facilidade de acesso a produtos mais baratos fortemente alardeada pelas campanhas de marketing das plataformas chinesas.

A produção de miudezas, porém, diz Ribeiro, vem diminuindo de peso dentro da estrutura chinesa de produção. “Porque a China tem uma meta estratégica de elevação na cadeia de valor que, em muitos aspectos, é induzida ou favorecida pela atuação estatal.” Ele explica que hoje há um processo de internacionalização da China, com produção de artefatos em grande escala cada vez maior comandada por companhias chinesas, mas com fabricação em outros países asiáticos com custo de produção unitário mais barato.

“Já o painel solar é fruto de políticas de promoção de produção chinesa, que remontam a meados da última década, quando houve um dirigismo estatal bastante específico para aumentar fortemente a produção de setores julgados como estratégicos”, diz Ribeiro. Há um debate muito grande sobre os preços praticados nessa comercialização de painéis solares, diz, já que há grande oferta existente não somente para a própria demanda chinesa como para a global. “Mas isso não muda o fato de os produtos terem combinação de qualidade e preço que é muito vantajosa. Sempre que você tem algum repique de demanda por produtos como esses no mundo, a oferta chinesa vaza porque é disparado o produtor de menor custo marginal e que tem excesso de oferta.”

Nos números de comércio brasileiro divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/ME), as importações de painéis solares também ganham espaço. Dados de janeiro a outubro mostram que as placas fotovoltaicas alcançaram US$ 4,27 bilhões em importações made in China, mais que o dobro do US$ 1,69 bilhão comprado em iguais meses do ano passado. A fatia dos painéis solares sobre as compras externas brasileiras de produtos chineses avançou de 4,4% para 8,4% do ano passado para 2022, sempre considerando os mesmos dez meses.

O que também tem incentivado essa importação, diz Barral, são os ex-tarifários concedidos a alguns painéis solares. O benefício, que trata de redução temporária da alíquota do imposto de importação, é estabelecido para bens de capital sem similar nacional. Outro aspecto que tem incentivado essa demanda, aponta, veio da Lei 14.300/2022. “Muitos equipamentos solares têm sido destinados às grandes usinas, mas há também a corrida provocada por essa lei”, diz Barral. Segundo a lei, consumidores interessados na energia distribuída de fonte solar devem pedir o acesso à rede da concessionária até o dia 6 de janeiro para garantir um subsídio tarifário até 2045.

O que torna a China grande fornecedor do Brasil, num espectro que vai das miudezas fabricadas em grande escala aos painéis solares, diz Ribeiro, está ligado a um processo de redução da participação relativa dos empregos industriais e do valor adicionado da indústria no PIB. “Trata-se de um processo global. Na América Latina e em algumas economias emergentes há um debate de que essa desindustrialização não resultaria de natural migração para o setor de serviços, que faria o tamanho da indústria diminuir.” Há diagnósticos diversos sobre o processo, mas o fato é que a indústria brasileira tem perdido tamanho e sofre competição de matrizes industriais externas que produzem a custos mais baixos, aponta Ribeiro.

Fonte: Valor Econômico

Egito se firma como maior mercado para o Brasil na África e estudo revela oportunidades de aumento do comércio bilateral

Com as exportações crescendo 78,9% e as importações registrando uma alta de 40,3% de janeiro a outubro deste ano, o Egito segue como principal parceiro comercial na África, à frente da Nigéria, durante anos ocupou essa posição. A forte alta de 69,5% na corrente de comércio (exportação+importação) indica que o comércio bilateral segue uma tendência que deverá se consolidar ainda mais nos próximos anos.

Para tanto, basta que as empresas brasileiras explorem as atraentes oportunidades de negócios em setores do agronegócio, saúde, automotivo, máquinas e equipamentos, entre outros, identificados pelo “Perfil País” elaborado pela Agência Brasileira de Exportação e Investimentos (ApexBrasil).

Nos nove primeiros meses do ano, as exportações brasileiras para o Egito superaram levemente o total acumulado em todo o ano de 2021 e somaram US$ 2,047 bilhões (contra US$ 2,014 bilhões no ano passado), enquanto as importações, mesmo com uma forte alta de 40,3%, totalizaram apenas US$ 548 milhões. Com isso, o intercâmbio comercial com os egípcios gerou para o Brasil um superávit de US$ 1,499 bilhão, contra um saldo de U$ 1,472 bilhões registrado em 2021.

Diversificação das exportações

Apesar desses números expressivos, a pauta exportadora para o Egito segue fortemente concentrada em produtos primários, de baixo valor agregado. Apenas quatro desses itens responderam por 77% do total exportado para o país africano. São eles o milho (US$ 783 milhões); carne bovina (US$ 314 milhões; minério de ferro (US$ 258 milhões); e açúcares e melaços (US$ 234 milhões).

Para o governo brasileiro, a diversificação da pauta com inclusão de produtos manufaturados é essencial não apenas para elevar as exportações mas também agregar mais qualidade e valor às vendas para o importante mercado egípcio.

Terceiro país mais populoso da África, depois da Nigéria e da Etiópia, o Egito conta com mais de 104 milhões de habitantes e um mercado em franca ascensão, no qual o Brasil detém uma fatia de apenas 2,2%, posicionando-se como décimo maior fornecedor para o país africano, que aparece como o 52º. fornecedor do Brasil, com participação de apenas 0,2% do mercado brasileiro.

Oportunidades de negócios

O estudo da ApexBrasil indica que há 304 produtos com oportunidades de exportação para o Egito, principalmente em setores do agronegócio (proteína animal, grãos, açúcar, especiarias, cafés, etc), saúde (equipamentos médicos, fármacos, etc), automotivo, máquinas e equipamentos, entre outros.

Na área dos produtos alimentícios e animais vivos residem as maiores oportunidades a serem exploradas pelas empresas brasileiras. O segmento envolve importações no total de US$ 3,5 bilhões e conta com uma participação brasileira de 38,7%. Em nível ligeiramente inferior mas nem por isso desimportantes, foram identificadas oportunidades envolvendo 25 produtos em matérias em bruto, não comestíveis, exceto combustíveis, produtos em que as importações egípcias somam US$ 2,5 bilhões. Também merecem ser mencionadas as oportunidades no setor de máquinas e equipamentos de transporte, envolvendo importações de outros US$ 2,5 bilhões em um segmento para o qual o Brasil exporta 2% do total importado pelo Egito.

O aumento das exportações para o mercado egípcio passa também pelas oportunidades geradas por cinco dos Projetos Setoriais da ApexBrasil que têm no Egito um dos mercados prioritários, sendo dois relacionados ao agronegócio (proteína animal e material genético zebuíno) e três ligados à indústria (equipamentos médico-odontológicos e hospitalares, insumos farmacêuticos e produtos de defesa).

Egito busca ampliar exportações e reduzir déficit

Aumentar as exportações e reduzir o déficit nas trocas bilaterais são objetivos que o Egito pretende alcançar nas relações com o Brasil. Nos nove primeiros meses deste ano, as exportações egípcias somaram pouco mais de US$ 548 milhões, apesar da forte alta de 40,3%, e o país responde ocupa uma modesta 50ª. posição entre os principais exportadores para o Brasil, com uma participação de apenas 0,3% no mercado brasileiro.

Da mesma forma que o Brasil, o Egito também pretende diversificar a pauta exportadora para seu maior parceiro comercial na América Latina. De janeiro a outubro, as vendas egípcias tiveram uma participação maciça de adubos ou fertilizantes químicos e fertilizantes brutos. Em conjunto, responderam por 79,3% das exportações totais para o Brasil. As exportações de adubos somaram US$ 410 milhões (participação de 75%) e as vendas de fertilizantes brutos totalizaram US$ 24 milhões (correspondentes a 4,3% das vendas totais para o Brasil).

Para diversificar a pauta, o Egito conta com produtos como barras de ferro e aço, polímeros de cloreto de vinila, polímeros de etileno, vidraria, produtos residuais de petróleo, outras matérias plásticas, alumínio e outros produtos da indústria de transformação. Para alcançar esse objetivo, o Egito terá que enfrentar a concorrência de um gigante do comércio internacional, a China, que aparece como principal concorrente do Egito em todos os produtos importados pelo Brasil.

Fonte: Comex

Simmepe promove encontro para discutir a gestão tributária e a competitividade da indústria, hoje, às 16h

Participe do nosso Encontro da Indústria, no dia 9 de novembro, será sobre a Gestão Tributária e a Competitividade da Indústria, com o advogado Davi Cavalcanti, especialista em direito tributário e empresarial, pós-graduado em direito tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários – IBET e LL.M. em direito corporativo pelo IBMEC.

Inscrições gratuitas para associados e não associados.

Faça sua inscrição utilizando o link: httpsss://www.sympla.com.br/evento/encontro-com-especialista-gestao-tributaria-e-a-competitividade-da-industria/1756734

Horizonte Minerals anuncia contratação da MIP/Milplan

A Horizonte Minerals — empresa com ações na bolsa de Londres e do Canadá e atuação no Pará — anuncia a contratação da empresa MIP/Milplan para os serviços de instalação eletromecânica no Projeto Araguaia Níquel, 100% de sua propriedade e maior investimento greenfield em níquel no Brasil, localizado no município de Conceição do Araguaia, sudeste paraense.

Após um processo de licitação competitivo que envolveu as principais empresas de construção industrial atuantes no setor de mineração, a MIP/Milplan foi selecionada. A empresa tem um forte histórico e, principalmente, experiência anterior em forno elétrico rotativo (“RKEF”) na mina Onça Puma da Vale, de ferroníquel, com fluxo de processamento semelhante ao Araguaia, e vários outros grandes projetos de mineração na região de Carajás. A MIP/Milplan está bem-posicionada para fornecer acesso a uma força de trabalho qualificada, que pode ser redistribuída em projetos que estão sendo concluídos em outras partes do Pará, reduzindo ainda mais o cronograma de desenvolvimento do Araguaia.

Para Jeremy Martin, CEO da Horizonte Minerals, é um prazer receber a Milplan Engenharia & MIP Engenharia, ambos parceiros de classe mundial, na equipe para a construção do Araguaia e esperamos estabelecer um relacionamento de longo prazo. A empresa tem um histórico comprovado de entrega bem sucedida de grandes projetos no Brasil e em todo o setor de mineração, em particular uma vasta experiência em um projeto similar de ferroníquel, trabalhando na mina de ferroníquel Onça Puma da Vale”.

— Este é mais um passo importante na construção do Projeto Araguaia, que permanece com a previsão de produção do primeiro níquel no primeiro trimestre de 2024. Com a adjudicação de cada novo contrato, damos mais um passo em direção ao nosso objetivo de nos tornarmos líder global na produção de níquel primário — finaliza Martin.

Araguaia e sua capacidade de produção — Presente no Pará há mais de dez anos, a Horizonte Minerals começou a construção do Projeto Araguaia no início de 2022 e a previsão é que as obras sejam concluídas em dois anos. Com vida útil da mina prevista para 28 anos, prorrogáveis, a planta produzirá até 14.500 t/ano de níquel em sua primeira etapa, com potencial de expansão para dobrar esse volume. No final do ano passado, a Horizonte obteve um pacote de financiamento no valor de US$ 633 milhões para implantar o Projeto Araguaia. O cronograma de construção segue avançado e dentro dos prazos estabelecidos. A previsão de início de operação é o primeiro trimestre de 2024.

No mês passado, o Projeto Araguaia Níquel foi aprovado como um Projeto de Minerais Estratégicos pelo Governo Federal brasileiro. Essa aprovação demonstra a ainda mais a importância global do níquel como um metal relevante, bem como a estratégia para o Brasil e garante que seja tratado com prioridade pelos vários órgãos governamentais envolvidos na construção e operação da mina, por meio do apoio de um comitê interministerial.

Horizonte Minerals — A Horizonte Minerals é uma empresa de níquel com atuação no Brasil, listada nas Bolsas de Valores de Londres e de Toronto. A companhia possui dois projetos no Estado do Pará: o Araguaia e o Vermelho, ambos de larga escala, alto teor de níquel, baixa emissão de carbono e escaláveis.

O Projeto Araguaia está em construção e vai produzir 29 mil toneladas de níquel por ano para abastecer o mercado de aço inox. O Projeto Vermelho está em fase de estudo de viabilidade e produzirá 25.000 toneladas de níquel e 1.250 toneladas de cobalto para abastecer o setor de baterias. O perfil de produção da Horizonte Minerals a curto prazo, considerando os dois projetos, é de mais de 60.000 toneladas de níquel por ano, o que posiciona a Empresa como uma produtora de níquel relevante globalmente. A Horizonte está desenvolvendo um novo distrito de níquel no Brasil, que se beneficiará da infraestrutura estabelecida, incluindo energia hidrelétrica disponível no distrito minerário de Carajás.| www.horizonteminerals.com.br

Milplan Engenharia & MIP Engenharia — A MIP Engenharia tem um histórico de projetos de construção industrial pesada em todo o Brasil. Com mais de 300 projetos industriais concluídos e mais de 1.000.000 de toneladas de aço montadas, a empresa trabalha com algumas das maiores mineradoras, como Vale, Anglo American, Gerdau e Kinross, entre outras. A experiência acumulada em quase seis décadas agrega uma cultura de saúde e segurança de ponta, competência técnica, qualidade na execução dos serviços, forte respaldo financeiro e foco na criação de valor para seus clientes e as comunidades em que atuam.

A Milplan Engenharia é especialista na execução de obras de construção e montagem eletromecânica, mais recentemente na S11D da Vale, de onde uma mão de obra experiente pode ser remanejada para o Araguaia.

Fonte: Portal Fator

Fabriciano e Usiminas discutem oportunidades da obra de reforma do alto forno 3

Representantes da administração municipal, Usiminas e Legislativo de Coronel Fabriciano estiveram reunidos no último dia 31 para discutir as oportunidades que serão geradas pela reforma do alto-forno 3, um investimento de R$ 2,7 bilhões realizado pela siderúrgica.

O principal desafio é ampliar as oportunidades de emprego – cerca de 8 mil vagas serão geradas – para pessoas da Região Metropolitana do Vale do Aço.

Segundo o coordenador de Relações Institucionais e com Comunidades da Usiminas, Paulo Assis, que participou da reunião acompanhado da equipe de Recursos Humanos da companhia, a prioridade é contratar pessoas da região, mas a empresa está preparada para trazer pessoas de outras localidades e segue um rigoroso planejamento para reduzir os impactos nas comunidades.

“As obras do alto-forno 3 já estão gerando oportunidades de emprego para a indústria regional e vão se intensificar os atrativos também para o comércio e a prestação de serviços. Por isso, é preciso estreitar o diálogo com as comunidades e o poder público das cidades da região para maximizar os benefícios e diminuir os impactos negativos”, comentou.

Além do vice-prefeito Sadi Luca, também participaram do encontro vereadores da base governista e secretariado das pastas de Assistência Social, Governo e Desenvolvimento Econômico.

Para Sadi, a principal preocupação do município é em relação às demandas sociais que virão com a chegada dos trabalhadores de outras regiões do país. “O município reconhece que este investimento é importantíssimo para a região, principalmente com a geração de novos empregos, mas, nossa preocupação é que após a conclusão destas obras fiquemos com um passivo social”, explicou.

Qualificação

Para superar a dificuldade em encontrar pessoas qualificadas para atuar nas obras do AF3, a Usiminas, em parceria com a Usiminas Mecânica e outras instituições, vêm trabalhando na qualificação de profissionais, como soldadores, maçariqueiros e montadores de andaimes. Além disso, a empresa, dentro do seu programa de Diversidade e Inclusão, está incentivando a capacitação de mulheres, inclusive com turmas exclusivas.

Portal do Emprego

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Coronel Fabriciano, Daniel Papa, colocou o recém lançado “Portal do Emprego” da prefeitura como forma de auxiliar na captação e preenchimento das vagas de empregos disponíveis pela Usiminas. A plataforma reúne quem busca trabalho e quem tem vagas a divulgar no município.

Na plataforma, também é possível acompanhar as oportunidades disponíveis em tempo real, pelo seu celular, tablet ou computador. O diferencial da ferramenta é que ele permite traçar o perfil comportamental do candidato e assim, direcioná-lo para vaga mais adequada. Ao cadastrar o seu currículo, são solicitadas informações sobre competências técnicas e comportamentais.

“Vamos nos empenhar ao máximo para auxiliar a Usiminas neste processo de recrutamento, e acreditamos que o portal será muito importante para encaminhar os trabalhadores”, disse. O acesso para o portal é fácil, rápido e totalmente gratuito pelo portaldoemprego.fabriciano.mg.gov.br.

Os interessados também podem encaminhar currículo para o e-mail recrutamento.umsa@usiminasmecanica.com.br ou deixá-lo na sala de recrutamento externo da Usiminas Mecânica, na Avenida Pero Vaz de Caminha 426, no bairro Bom Retiro, em Ipatinga.

Fonte: Portal da Cidade Ipatinga

Produção mineral avança R$ 1 Bi, Bahia mantém 3o lugar em ranking nacional

A mineração da Bahia registrou, pelo segundo ano seguido, índices de crescimento, se mantendo na terceira colocação como maior produtor mineral do país, conforme dados divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), por meio do Sumário Mineral de outubro de 2022, que mostram que de janeiro a setembro de 2022, a Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) atingiu a marca de R$ 7,8 bilhões, R$ 1 bilhão a mais que o registrado no mesmo período ano anterior.

Durante a ocasião, a produção de ouro (25%), cobre (21%) e níquel (19%), se manteve em destaque e representou 65% de toda a produção mineral da Bahia. O que consequentemente alavancou a arrecadação da Contribuição Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), nos municípios de Itagibá, Jacobina, Jaguarari e Juazeiro, respectivamente.

Segundo dados do Sumário Mineral, os quatro municípios citados foram responsáveis por arrecadar mais da metade da CFEM contabilizada em todo o estado. Números que significam mais dinheiro nos cofres públicos das cidades, uma vez que os municípios produtores ficam com 60% desta arrecadação. Do total arrecadado neste período, os municípios baianos ficaram com R$ 84 milhões, já o percentual do estado que fica com 15% da CFEM foi de R$ 21 milhões.

Mineração é importante para os municípios

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), no terceiro trimestre deste ano, 182 municípios baianos foram beneficiados pela CFEM. Dentre os municípios de destaque na arrecadação está Itagibá, no Sul da Bahia. A cidade é uma das maiores produtoras de níquel do país – minério descoberto por meio das pesquisas realizadas pela CBPM – e lidera a arrecadação de CFEM do estado, em 2022.

Ao longo de todo o ano, mais de R$156 milhões foram arrecadados com a compensação (até o fechamento desta matéria), de acordo com dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). Destes, mais de R$ 17 milhões foram distribuídos apenas para Itagibá. Os valores podem ser revertidos em infraestrutura, serviços sociais e para benefício da população, como educação, saúde, dentre outros, uma vez que é considerado como um recurso “não vinculado” – pois não há obrigatoriedade de utilização em área ou ação específica.

Além do reforço aos cofres dos municípios, a mineração é responsável por uma maior movimentação na economia com a geração de emprego e renda. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério da Economia, mostram que o setor emprega diretamente mais de 14 mil pessoas, apenas na Bahia, número que é ainda maior se levarmos em consideração os postos de trabalho indiretos que são criados. O IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração) estima que para cada emprego direto 11 indiretos são criados, o equivalente a mais de 150 mil postos de trabalho gerados, por conta da atividade mineral.

Fonte: Bahia Econômica

Economia digital torna-se o principal motor de crescimento da China

A economia digital da China, que ocupa o segundo lugar mundial há muitos anos, tornou-se um importante motor de crescimento para o país, de acordo com um white paper publicado nesta segunda-feira.

O white paper intitulado “Construir conjuntamente uma comunidade com um futuro compartilhado no ciberespaço” foi lançado pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China.

Em 2021, o valor da economia digital da China atingiu 45,5 trilhões de yuans, representando 39,8% de seu PIB, segundo o white paper.

Em junho de 2022, havia 1,05 bilhão de usuários de internet na China e a taxa de penetração da internet atingiu 74,4%, mostrou o white paper, acrescentando que o país hospeda a maior rede 5G do mundo e se tornou um dos líderes globais em padrões e tecnologia 5G, com 1,85 milhão de torres de celular 5G e 455 milhões de assinantes de celulares 5G.

Com o sistema global de navegação por satélite BeiDou-3 agora operacional e começando a fornecer serviços globais em julho de 2020, o sistema industrial BeiDou está em vigor e oferece benefícios econômicos e sociais notáveis, disse o white paper, acrescentando que os serviços de navegação e posicionamento por satélite da China gerou 469 bilhões de yuans de produção industrial em 2021.

De acordo com o white paper, a China cultiva vigorosamente novas tecnologias e aplicativos, como inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e redes de comunicação de última geração, a fim de acelerar a transformação da digitalização e serviço baseado em rede para inteligência artificial em vários setores econômicos, como também setores sociais. A inovação tornou-se uma característica marcante no país.

Observa-se que a internet industrial da China cresceu rapidamente, enquanto a transformação digital da indústria manufatureira está em progresso continuo, o white paper disse que 55,3% dos principais processos de grandes empresas industriais tornaram-se controlados digitalmente e a aplicação de ferramentas digitais de P&D chegou a 74,7%. até fevereiro de 2022.

A transformação digital da agricultura na China está progredindo constantemente. 5G, IoT, big data e IA foram aplicados na produção e gestão agrícola, e o desenvolvimento tecnológico chave e a pesquisa de aplicações inovadoras para agricultura inteligente e máquinas agrícolas foram fortalecidos, de acordo com o white paper.

A digitalização e a oferta de capacidade digital continuam no crescimento. O comércio eletrônico está florescendo, disse o white paper.

Em 2021, as vendas no varejo online de bens de consumo da China ficaram em 10,8 trilhões de yuans, um aumento de 12% em relação ao ano anterior. O volume de negócios no comércio eletrônico transfronteiriço da China atingiu 1,92 trilhão de yuans, um aumento de 18,6% em relação ao ano anterior. A escala de transações de pagamento de terceiros continua a se expandir.

Novos métodos foram introduzidos para atualizar os modelos comerciais do setor de serviços. Serviços médicos baseados na Internet, educação on-line e trabalho remoto aceleraram a digitalização do setor de serviços, acrescentou o white paper.

Fonte: Xinhua Newswire

Brasil deve ser destaque nas discussões sobre o clima na COP27

O Brasil quer aproveitar a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27) para mostrar ao mundo o potencial que tem para a geração de energia limpa e barata, segundo informa a “Agência Brasil”. No caso, a chamada “energia verde”, termo adotado para a energia gerada de forma 100% renovável, de forma a não poluir o meio ambiente.

A COP27 começou neste domingo (6) e reúne, até o dia 18 de novembro em Sharm El Sheikh, no Egito, representantes oficiais de governo e da sociedade civil para discutir maneiras para enfrentar e se adaptar às mudanças climáticas.

Os debates terão, como eixo principal, o novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que analisa vulnerabilidades, capacidades e limites do mundo e da sociedade para se adaptar às mudanças climáticas.

Participação brasileira

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, a delegação brasileira buscará mostrar o potencial do País para a geração de energia verde. “O Brasil, por características naturais e econômicas, é um potencial nesse setor”, disse o ministro. Segundo ele, o principal objetivo do Brasil na COP 27 será o de “levar a eles o Brasil das energias verdes”, para trazer “financiamento climático e acelerar toda essa economia verde junto com o setor privado”. “O que queremos é que o setor privado dê escala a uma nova economia verde, neutra em emissões até 2050”, disse.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a matriz energética brasileira se destaca com um índice renovável de 84%, frente a 27% da média mundial. As matrizes solar e eólica bateram recordes de produção em 2022, respectivamente 14 GW e 22 GW. “Somadas, essas duas fontes são suficientes para fornecer energia limpa para mais de 40 milhões de brasileiros”, informa a pasta em nota publicada em seu site.

Novos rumos

Por outro lado, o Brasil também será representado pela equipe do presidente eleito Lula, que deve estar presente na segunda semana do evento.  Também deve integrar a equipe de Lula a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Questões como a crise do clima e a Amazônia, assim como o desmatamento, são prioridades no discurso do presidente eleito, que quer demonstrar na Conferência que estes são pontos centrais do seu futuro governo.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas