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6 em cada 10 indústrias têm área dedicada à sustentabilidade

A sustentabilidade é cada vez mais parte da estrutura organizacional da indústria brasileira. Seis em cada 10 empresas têm área dedicada ao tema, segundo uma pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com executivos do setor. Os números representam um salto em relação ao ano passado, quando 34% dos entrevistados afirmaram ter no seu organograma área para lidar com o assunto. Os dados foram divulgados durante a COP 27, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que está sendo realizada no Egito até 18 de novembro.

Segundo a pesquisa, não foi só dentro das empresas que a sustentabilidade ganhou espaço. Também aumentou a preocupação dos empresários com o impacto na cadeia produtiva: 45% disseram exigir certificados ambientais de seus fornecedores e parceiros na hora de fechar um contrato. Em outubro do ano passado, o percentual foi de 26%. A maioria (52%) das indústrias, de acordo com os entrevistados, também já tiveram de comprovar ações ambientalmente sustentáveis na hora de serem contratadas contra 40% em 2021.

Saiba mais sobre sustentabilidade:

Outro termômetro para medir a relevância do tema para o setor industrial é a visão dos executivos sobre os consumidores. Em um ano, passou de 20% para 35% o número de empresários que consideram alto ou muito alto o peso dos critérios ambientais sobre a decisão de compra de seus consumidores. Mas, na prática, apenas uma em cada 10 empresas, segundo os entrevistados, deixaram de vender algum produto por não ter certificação ou seguir algum requisito ambiental.

“A indústria brasileira assumiu a responsabilidade com a agenda ambiental e tem trabalhado para se tornar referência no uso sustentável dos recursos naturais e aproveitamento das oportunidades associadas à economia de baixo carbono. A sustentabilidade está no nosso DNA, tanto na busca por eficiência quanto na economia de recursos para ser mais competitivo e atender às exigências do mercado internacional. O mundo cobra do Brasil responsabilidade ambiental, e o setor privado tem interesse em se manter alinhado com os acordos internacionais”, destacou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A Pesquisa Sustentabilidade e Liderança Industrial da CNI, encomendada à FSB Pesquisa, entrevistou, por telefone, executivos de 1.004 empresas industriais de pequeno, médio e grande porte de todos os estados brasileiros. Dentro de cada região, a amostra foi controlada pelo porte das empresas e setor de atividade, além da proporcionalidade em relação ao quantitativo nos estados. As entrevistas foram realizadas entre os dias 6 e 21 de outubro de 2022.

Sete em cada 10 indústrias vão ampliar investimentos em sustentabilidade

Em relação aos investimentos em sustentabilidade, o cenário é de crescimento. Metade das indústrias (50%) aumentou os recursos alocados em sustentabilidade nos últimos 12 meses, segundo os executivos. E um percentual ainda maior, equivalente a 69% dos entrevistados, disse que os recursos financeiros para implementar ações de sustentabilidade na sua indústria vão aumentar nos próximos dois anos. Esse percentual foi de 63% no ano passado. Também cresceu de 30% para 47%, em um ano, o número de executivos que enxergam a agenda de sustentabilidade como só oportunidades ou mais oportunidades do que riscos.

Confira os focos de investimento para os próximos dois anos:

Na opinião dos empresários, o fator que mais pesa na decisão de investir em sustentabilidade é a redução de custos, citado por 41% como primeiro e segundo principal motivo. Em seguida, estão o aumento da competitividade e o atendimento às exigências regulatórias, cada um desses tópicos foi citado por 30% dos entrevistados. Com percentual próximo também foram elencados como motivos para alocar recursos nesta área o uso sustentável dos recursos naturais (28%) e a reputação junto à sociedade e consumidores (26%). Nesta pergunta, como os empresários tiveram de apontar dois principais fatores, o percentual é a soma do primeiro e segundo motivo.

Já sobre os obstáculos para a implementação de ações, 50% dos entrevistados apontaram a falta de incentivos do governo como principal barreira. Do total, 37% citaram a falta de cultura de sustentabilidade no mercado consumidor e, para 34%, o fato de a sustentabilidade representar custos adicionais é o principal desafio para a mudança no processo produtivo. Também nessa pergunta cada entrevistado escolheu duas opções e os percentuais representam a soma da primeira e segunda.

Maioria dos executivos diz ter dificuldade em acessar crédito para ações sustentáveis

Na hora de investir, as empresas recorrem pouco a incentivos externos, ou seja, fora do orçamento da indústria, e costumam bater mais à porta do setor privado. A maioria dos executivos (55%) considera difícil ou muito difícil o acesso ao crédito para adoção de ações sustentáveis na produção. Do total das indústrias pesquisadas, 23% buscaram por créditos privados nos últimos dois anos, sendo que 15% obtiveram o financiamento. Dentre os que recorreram a recursos públicos nos últimos dois anos, 16% tentaram crédito e 6% chegaram a receber o benefício.

Considerando o grupo de empresas que teve acesso a crédito público e/ou privado, o uso de fontes renováveis aparece como principal finalidade: 47% utilizaram o recurso para buscar fonte de energia limpa. Percentual muito acima dos demais objetivos citados, como aprimoração de processos (16%), modernização de máquinas (14%) e ações para reduzir resíduos sólidos (6%).

Principais obstáculos para investimentos de sustentabilidade:

“A indústria é uma grande aliada no desafio de promover investimentos verdes e se apresenta como parte da solução nas questões climáticas. Para a CNI, a consolidação de uma economia de baixo carbono dinâmica e próspera, capaz de fazer o Brasil avançar em direção às metas estabelecidas no Acordo de Paris, deve se basear em quatro pilares: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação das florestas”, destaca o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.

91% das indústrias adotam ações para reduzir geração de resíduos sólidos

Sobre a adoção de iniciativas sustentáveis, a pesquisa mostra que 84% das indústrias realizam pelo menos cinco medidas dentre as nove incluídas no questionário. No topo da lista, estão ações para reduzir a geração de resíduos sólidos na produção, em que 91% dos executivos disseram já adotar a prática.Já o uso de fontes renováveis de energia é o principal foco de investimento.

Também tiveram percentuais altos, 80% ou mais, ações relacionadas a melhoria de processos, otimização do consumo de energia e do uso da água. Em último lugar está o uso de fontes renováveis de energia, em que 48% das indústrias disseram adotar.

Ações relacionadas à sustentabilidade na linha de produçao:

Mas o uso de fontes renováveis de energia foi apontado como principal foco de investimento em sustentabilidade das indústrias nos próximos dois anos: 37% dos entrevistados disseram ser essa a primeira ou a segunda prioridade na alocação de recursos. Em seguida estão a modernização de máquinas, citada por 35% dos executivos, e ações para reduzir a geração de resíduos sólidos, com 32%. Como cada um dos entrevistados citou dois principais focos para os investimentos até 2024, os percentuais são a soma da primeira e segunda prioridade apontadas.

Fonte: CNI

Com piores perspectivas do minério, Citi vê menos potencial de ganhos para CSN

O Citi cortou o preço-alvo da Companhia Siderúrgica Nacional(CSN) de R$ 15 para R$ 14,50, potencial de alta de 10,4% sobre o fechamento de ontem, e o da CSN Mineração de R$ 4 para R$ 3,50, valor 4,38% menor que o de ontem, reiterando recomendação neutra para as duas.

Os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott ajustaram estimativas para as companhias após apresentarem resultados dentro do esperado no terceiro trimestre e vendo uma perspectiva de preços mais baixos do minério de ferro nos próximos três meses e em 2023.

O banco reduziu em 2% a estimativa de Ebitda da CSN para esse ano e em 6% em 2023, com expectativa de melhora nas margens de aço com menores custos de produção e reajustes nos preços. Já CSN Mineração teve projeção de Ebitda diminuída em 6% em 2022 e 15% em 2023 com volumes se mantendo em patamares baixos.

Os analistas estimam que o minério de ferro vai ficar em torno de US$ 70 a tonelada no fim deste ano e em uma média de US$ 90 a tonelada em 2023, com excesso de oferta nos portos e perspectivas de poucas mudanças no mercado chinês após a ausência de anúncios no Congresso do Partido Comunista da China.

 

Fonte: Valor Econômico

CBA reverte prejuízo e anota lucro no 3º trimestre, com maior volume de vendas

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido atribuído aos sócios da controladora de R$ 78,53 milhões, comparável a prejuízo de R$ 47,3 milhões um ano antes, na esteira da melhora do resultado financeiro e apesar da queda do preço do alumínio no mercado internacional, que foi compensada por maior volume de vendas e redução do custo do produto vendido.

De julho a setembro, a receita líquida da companhia recuou 2%, a R$ 2,25 bilhões, refletindo receitas menores com energia, enquanto o volume de vendas de alumínio alcançou 129 mil toneladas, com alta de 4% na comparação anual. Em alumínio primário, foram vendidas 65 mil toneladas, com crescimento também de 4%.

No trimestre, as receitas com alumínio ficaram estáveis em R$ 2,18 bilhões e as receitas com energia recuaram 19%, a R$ 167 milhões.

Já o custo dos produtos vendidos (CPV) recuou 4%, a R$ 1,9 bilhão, refletindo a queda no custo do negócio de energia. Em alumínio, o custo médio de produção saltou 28%, influenciado por preços mais elevados de soda, gás natural, coque e piche.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado avançou 5%, para R$ 331 milhões, mesmo com a desvalorização de 11% do alumínio na London Metal Exchange (LME) na comparação anual, para US$ 2.354 por tonelada.

Conforme a companhia, maior volume de vendas, gestão de custos e os resultados da Alux contribuíram para a melhora do resultado operacional, bem como para o avanço de 1 ponto percentual da margem Ebitda ajustada, a 15%.

Em setembro, a alavancagem financeira da CBA estava em 0,67 vez, frente a 0,68 vez três meses antes.

Fonte: Valor Econômico

Gerdau: STJ aceita recurso da companhia e anula multa de mais de R$ 100 milhões aplicada pelo Cade

A 1ª Turma do STJ aceitou o pedido da Gerdau Açominas (BOV:GGBR3) (BOV:GGBR4) para invalidar decisão do Cade que lhe aplicou multa que superou R$ 100 milhões por ter participado de cartel, com outras duas siderúrgicas.

A decisão proferida hoje foi unânime. Cabe recurso à 1ª Seção do STJ apenas se houver caso similar com decisão divergente, informa o Valor.

O julgamento se refere a um dos primeiros cartéis investigados e punidos pelo Cade (na vigência da antiga Lei nº 8.884, de 1994). Atualmente, no órgão antitruste, valem as determinações da Lei nº 12.529 de 2011. Os fatos que levaram ao processo ocorreram em 1999.

A investigação foi instaurada pela antiga Secretaria de Direito Econômico (SDE) a partir de denúncias do Sinduscon/SP e pelo Secovi/SP. O julgamento ocorreu em 2003 no Cade.

Fonte: ADVFN

AVB amplia vendas e lucra R$ 146 milhões

A siderúrgica Aço Verde do Brasil (AVB), fabricante de aços longos, segue o caminho de ocupar a capacidade de produção instalada de sua usina, que é de 600 mil toneladas por ano de produtos laminados. Atualmente, já supera 60%, com as 92 mil toneladas que foram vendidas no terceiro trimestre, conforme balanço financeiro publicado dia 7.

A unidade de produção de fio-máquina, usado em aplicações industriais, e vergalhões (construção civil e imobiliária) começou a operar em meados de 2018.

“É um processo orgânico e gradual de ocupação da capacidade, em linha com o planejamento que foi traçado”, disse Gustavo Bcheche, diretor financeiro e de relações com investidores da AVB, ao Valor. O volume dos dois produtos representou alta de 2,6% ante o trimestre anterior, mas de 60,8% sobre igual período do ano passado.

A empresa já não comercializou semiacabados, como ferro-gusa e tarugos. “O foco são produtos laminados, que trazem alto valor agregado”, disse o executivo.

A siderúrgica está listada na categoria B da CVM, porém divulga dados trimestrais como companhia com ações negociadas. A AVB registrou lucro líquido de R$ 146,8 milhões de julho a setembro, alta de 1,5% ante igual período de um ano atrás, mas com queda de quase 31% sobre o trimestre anterior. Bcheche explica: “Foi um trimestre de recuo de preços do aço longo, de cerca de 8% contra trimestre passado, e não tivemos a venda extra de produtos semiacabados [25 mil toneladas de ferro-gusa]”.

A receita líquida foi recorde, de R$ 462 milhões, para um terceiro trimestre, mas com recuo de 23% em relação ao trimestre anterior pelos mesmos motivos acima. Sobre o mesmo período de 2021, a receita registrou alta de 30% e isso se deve em grande parte pelo forte aumento de venda de produtos, embora os preços do aço, um ano atrás, estivessem no pico de alta.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou exatamente igual ao do mesmo trimestre do ano passado – R$ 192,9 milhões. No entanto, teve recuo de 30,8% sobre os R$ 278,8 milhões do segundo trimestre. A margem recuou de 54,3% para 41,7% em base anual.

“Mesmo assim, continua a ser uma ótima margem. Apesar de ser uma siderúrgica de escala limitada, a AVB tem a característica de custos bem controlados somada à expansão gradual de ocupação da capacidade instalada”, diz Bcheche. Segundo ele, o plano é estar produzindo em níveis acima de 80% da capacidade até o final de 2024. “Ganhar 10% a cada ano é razoável e saudável, focado em qualidade e na agregação de valor”.

No acumulado de nove meses, a siderúrgica controlada pela família Nascimento, dona do grupo Ferroeste, registrou receita líquida de R$ 1,43 bilhão (+34,4%); Ebitda ajustado de R$ 628,6 milhões (+6,5%) e lucro líquido de R$ 445,9 milhões (+3,5%). A AVB encerrou o trimestre com alavancagem financeira de 0,6 vez pelo critério de dívida líquida sobre Ebitda. O indicador de um ano atrás era 0,9 vez. O montante líquido é de R$ 496,5 milhões considerando caixa de R$ 588,5 milhões ao fim de setembro.

Um dos grandes investimentos da empresa no último ano era a construção de uma termelétrica para recuperar gases dos altos-fornos e gerar energia. Custou cerca de R$ 70 milhões e o início de operação está marcado para a primeira semana de dezembro.

No momento, a AVB não tem nenhum investimento relevante aprovado, porém há projetos em estudos – alguns avançados. Está priorizando a melhoria da taxa de conversão de madeira em biocarbono (usado no alto-forno com minério de ferro). Os aportes correntes mais pesados, diz Bcheche – R$ 80 milhões a R$ 110 milhões ao ano -, são na base florestal.

Fonte: Valor Econômico

Rússia ordena retirada de tropas da cidade de Kherson

A Rússia ordenou a retirada dos soldados da margem oeste do Rio Dnipro, na região de Kherson, no sul da Ucrânia, depois de uma ofensiva ucraniana. A informação foi divulgada pela mídia estatal russa nesta quarta-feira, 9.

A cidade, capturada em março pelos russos, é um ponto estratégico, por ser capital da Província de mesmo nome que dá acesso à Península da Crimeia.

Ministério da Defesa russo explicou que quer evitar perdas desnecessárias entre suas forças e poupar a vida de civis, mas admitiu que retirar as tropas para a margem direita do Rio Dnipro “não foi nada fácil”.

O general do Exército Sergey Surovikin disse que não vê sentido em manter as tropas no local com ataques contínuos ucranianos. “Isso poderia deixar as tropas isoladas do restante da força sem como escapar”, observou. Segundo o portal da BBC, Surovikin afirmou que não é mais possível mandar suprimentos para a cidade.

Com isso, o ministro da Defesa da Rússia, Sergey Schoigu, ordenou que o general organizasse a realocação segura dos soldados.

A retirada da cidade de Kherson seria uma grande vitória para as forças ucranianas, que há muito buscam recapturar a cidade e expulsar as tropas russas das margens ocidentais do Rio Dnipro.

Fonte: Revista Oeste

PIB vai crescer mais que o esperado em 2023, prevê governo

Contrariando a projeção do mercado, a economia brasileira deverá crescer em 2023 acima do esperado, segundo prevê a equipe do Ministério da Economia.

Secretaria de Política Econômica (SPE) calcula que o intervalo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano ficará entre 1,4% e 2,9%, acima das atuais projeções de bancos e consultorias.

Embora tenha aumentado nas últimas seis semanas, a mediana das estimativas coletadas pelo Banco Central indica expansão de apenas 0,7% em 2023, segundo o mais recente Boletim Focus.

Em nota informativa publicada nesta quarta-feira, 9, a SPE afirma que nos últimos três anos o crescimento do Brasil superou as projeções, tanto do mercado quanto as do próprio governo.

Para os técnicos, há uma alteração na tendência de crescimento, com mudanças estruturais que ainda não são captadas pelos modelos de predição.

Em março deste ano, por exemplo, o consenso do mercado projetava alta de apenas 0,3% para o PIB em 2022, ao passo que a SPE esperava 1,5%. Agora, as expectativas são de 2,76% e 2,7%, respectivamente.

Para chegar à sua estimativa de crescimento de até 2,9% em 2023, a equipe econômica levou em conta o carregamento estatístico (crescimento herdado de período anterior) e o padrão histórico dos últimos dez anos.

Para os técnicos, o principal risco para a concretização desse cenário está relacionado ao crescimento global em um ambiente de maior inflação. “A projeção da SPE pressupõe uma desaceleração da atividade nos países emergentes e desenvolvidos ao longo de 2022, mas não incorpora no cenário básico uma recessão neste e no próximo ano”, afirmou, em nota.

Fonte: Revista Oeste

IBGE revisa desempenho do PIB da época de pandemia e altera o resultado de 2020

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, relativo ao ano de 2020 — o primeiro de pandemia.

Na época, o índice havia registrado queda de 3,9%, depois de crescer 1,2% em 2019. Hoje, o IBGE divulgou que esse declínio foi, na verdade, de 3,3%, segundo a pesquisa 2020 Sistema de Contas Nacionais Brasil.

A atualização aconteceu, em especial, devido ao rigor criterioso do estudo, que traz um detalhamento maior da economia do que aquele apresentado pelas Contas Nacionais Trimestrais, que traz dados preliminares.

Ao incorporar novas informações sobre as atividades relativas ao período, o IBGE também constatou que a queda no desempenho de serviços, em um aspecto geral, também foi atualizada, e passou de 4,3% nos dados preliminares para 3,7% nos dados consolidados.

A queda da Indústria foi revisada de -3,4% para -3%, enquanto o crescimento da agropecuária foi revisado de 3,8% para 4,2%. A principal revisão, entretanto, ocorreu em outras atividades de serviços, que passou -12,3% nos dados para -9,3%.

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias caiu 4,5% enquanto o consumo dos governos recuou 3,7%. A formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, teve queda de 1,7% em 2020.

Entre os investimentos, houve quedas em máquinas e equipamentos (-4,3%) e produtos de propriedade intelectual também teve retração (-2,3%). Por outro lado, apresentaram crescimento os grupos construção (0,6%) e outros ativos fixos (1,9%).

Outros destaques da pesquisa foram a queda da necessidade de financiamento da economia em 66,6% em relação a 2019 e o crescimento de 29,4% nos benefícios sociais recebidas pelas famílias também na comparação com 2019.

Fonte: AECWeb

IGP-DI desacelera queda a 0,62% em outubro com pressão maior ao consumidor, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) reduziu o ritmo de queda para 0,62% em outubro depois de ter apresentado queda de 1,22% no mês anterior uma vez que a pressão ao consumidor aumentou, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de um recuo de 0,74%, e o resultado levou o índice a acumular em 12 meses alta de 5,59%.

No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, teve queda de 1,04%, ante recuo de 1,68% no mês anterior.

“A inflação ao produtor segue em terreno negativo. Inúmeras commodities de peso estão registrando queda em seus preços”, disse o coordenador dos índices de preços, André Braz, citando minério de ferro (de -3,27% para -5,01%), leite in natura (de -6,92% para -8,17%), adubos ou fertilizantes (de -2,23% para -9,98%) e café (de -0,58% para -10,37%).

Mas a pressão para o consumidor em outubro aumentou, e Braz destacou que os preços dos combustíveis passaram a mostrar queda menos intensa. Os preços da gasolina tiveram queda de 1,44% em outubro, contra deflação de 8,68% no mês anterior.

Assim, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– passou a subir 0,69% no período, de variação positiva de 0,02% em setembro.

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou aceleração da alta em outubro, a 0,12%, de 0,09% antes.

O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

Fonte: Reuters

Juros elevados ocupam 1º lugar no ranking de principais problemas na construção

Ao realizar a Sondagem Nacional da Construção, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) constatou que a elevada taxa de juros se tornou o maior problema do setor durante o terceiro trimestre de 2022. A apuração revelou que já fazem cinco semestres que a adversidade vem crescendo gradativamente no percentual de indicações, de acordo com as 369 empresas participantes da pesquisa. Do total, 131 delas são pequenas, 154 médias e 84 grandes.

Segundo o estudo, o obstáculo foi sinalizado por 30% das empresas participantes — um aumento de 0,2% na comparação com o segundo trimestre de 2022. A taxa toma o lugar anteriormente ocupado pela falta ou alto custo de matéria prima, que passou para a terceira posição ao ser apontado por 27,1% dos empresários — indicando queda de 20,6% em comparação ao trimestre anterior e o menor patamar registrado desde o segundo semestre de 2020.

Assim, a segunda posição do ranking de principais problemas foi descrita pela elevada carga tributária, de acordo com 27,6% dos participantes. O resultado indica aumento de 3,9% na comparação com o semestre anterior.

Outro problema que registrou crescimento na quantidade de citações desde o terceiro trimestre de 2021 foi a falta ou alto custo de trabalhadores qualificados. Ao atingir 23,4% das assinalações, o obstáculo apresenta o maior percentual da série histórica, indicando que a falta ou o alto custo de trabalhador qualificado está pressionando o segmento da construção de modo significativo.

CONFIANÇA

Outros índices apurados pela Sondagem Nacional da Construção foram relacionados às expectativas e confiança dos atuantes do segmento.

Segundo os participantes da pesquisa, em outubro, o Índice de Confiança do Empresário (Icei) da indústria da construção apresentou queda de 2,6 pontos, passando para 60,1 pontos. A menor confiança reflete uma maior moderação das expectativas dos empresários com relação aos próximos seis meses.

Ainda assim, o resultado permanece otimista, considerando que, em uma escala de 0 a 100, os resultados são descritos como promissores quando acima de 50 pontos.

O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, ficou em 61,3 pontos em outubro, apresentando recuo de 3,4 pontos em relação a setembro. Já o Índice de Condições Atuais recuou 1 ponto, passando para 57,6 pontos.

INTENÇÃO DE INVESTIR

Em outubro, o Índice de Intenção de Investimento da indústria da construção também recuou 0,5 ponto, passando de 46,8 pontos para 46,3 pontos. O resultado apresentado no período segue abaixo dos 50 pontos, indicando menor propensão a investir.

Apesar da queda, o índice permanece em um patamar elevado na comparação com a média histórica, de 36,3 pontos.

DESEMPENHO

O Índice do Nível de Atividade registrou 53,4 pontos em setembro de 2022, resultado acima da linha divisória dos 50 pontos, indicando aumento de atividade em relação ao mês anterior. Apesar disso, na comparação de setembro com agosto, houve queda de 1,6 ponto, o que significa atividade em expansão, porém um pouco mais moderada e menos disseminada.

UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE

Em setembro, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) manteve-se em 68% pelo terceiro mês consecutivo. Esse foi o maior valor registrado para o mês de setembro desde 2013. Ao longo do ano, a UCO registrou valores maiores ou iguais a 65% em todos os meses, indicando que a atividade do setor segue aquecida.

Fonte: AECWeb