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Incluindo fábrica de autopeças em Porto Alegre, mais 14 indústrias ganham incentivo de ICMS

Saiu outra leva de projetos aprovados para incentivo de ICMS pelo Fundo Operação Empresa do Rio Grande do Sul (Fundopem-RS), que soma R$ 102 milhões. Agora em novembro, foram 14 investimentos, com potencial de gerar 118 empregos.

Chama a atenção o maior aporte, de R$ 24,9 milhões, para ampliação da linha de produção de Porto Alegre da Nexteer Indústria e Comércio de Sistemas Automotivos.

Pelo custo e pelo espaço, a capital gaúcha recebe poucos investimentos em fábricas.

O incentivo é concedido pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico para implantação ou expansão de unidades industriais. Há um benefício parcial do ICMS incremental gerado a partir da operação do empreendimento.

A quantidade de projetos aprovados em 2022 já é maior do que vinha sendo autorizado ao longo dos últimos 10 anos.

Os cinco maiores investimentos (lista completa está no final da coluna):

1 – Nexteer Indústria e Comércio de Sistemas Automotivos    
Investimento: R$ 24,922 milhões
Cidade: Porto Alegre
Implementação de uma  nova linha de montagem de semi-eixos homocinéticos para automóveis de passeio.

2 – Cooperativa Regional Agropecuária Sul Catarinense – Coopersulca
Investimento: R$ 22,813 milhões
Cidade: Torres
Introdução de beneficiamento de arroz na filial gaúcha.

3 – Laticínio Deale
Investimento: R$ 13,253 milhões
Cidades: Almirante Tamandaré do Sul, Aratiba e Catuípe
Aumento de 60% na da capacidade produtiva de queijos e derivados, instalação de maquinário e automatização.

4 – Zandei Indústria de Plásticos
Investimento: R$ 12,652 milhões
Cidade: Guaporé e Dois Lajeados
Expansão da capacidade produtiva de transformados plásticos para embalagens de alimentação, hospitalar e de cosméticos.

5 – Mega Embalagens
Investimento: R$ 6,475 milhões
Cidade: Salvador do Sul
Ampliar a capacidade de produção em 46%.

Fonte: GaúchaZH

Atividade econômica tem alta de 0,05% em setembro

Conforme aponta o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje (14) pelo Banco Central, a atividade econômica brasileira registrou um crescimento de 0,05% no mês de setembro, na comparação com agosto. Considerando os últimos três meses, a alta foi de 1,36%.

O IBC-Br reúne informações do nível de atividade dos três setores da economia: agropecuária, indústria e serviços. Ele é levado em conta pelo Banco Central para tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

Economistas consideram o índice como um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), indicador oficial da atividade econômica calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em setembro, o IBC-Br atingiu 144,01 pontos de acordo com os dados dessazonalizados (ajustados para o período). Com o resultado, o índice voltou a subir após um mês de queda: em agosto houve retração de 1,13%. Nos meses anteriores, o IBC-Br vinha oscilando. Em abril e maio houve queda e em junho e julho alta.

Considerando a comparação entre setembro desse ano e setembro do ano passado, a partir do dado não dessazonalizado, houve alta de 4%. No acumulado de 12 meses, o índice também ficou positivo. em 2,34%.

Fonte: Agência Brasil

Minério de ferro de Parauapebas tem pior outubro em 15 anos

A produção física do minério de ferro exportável de Parauapebas caiu assustadoramente em outubro para o menor nível desde 2007. O cenário é delicado e traz preocupação porque a commodity é a principal — e única — fonte de renda do município, que se notabilizou nacional e até internacionalmente por possuir uma porção significativa da lendária Serra dos Carajás. A informação foi levantada com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.

De acordo com dados do Ministério da Economia, foram exportados de Parauapebas no mês passado 7,152 milhões de toneladas de minério de ferro, que renderam 485,21 milhões de dólares. O valor exportado é o mais baixo desde 2016, quando a movimentação financeira pelas transações do produto totalizou 376,19 milhões de dólares. Porém, a produção física apurada só viu um volume tão tacanho em 2007, quando, naquele ano, foram computados 5,805 milhões de toneladas.

Os dados da produção física de minério em Parauapebas refletem uma situação já contada em verso e prosa pelo Blog e em relação à qual se acham muitos céticos: a exaustão das minas na Serra Norte de Carajás, assunto duro demais para enfrentar, mas que, daqui para frente, não deixará a Capital do Minério em paz.

Na porção de Carajás situada dentro dos limites de Parauapebas, as reservas mais abundantes em minério de ferro e que vêm sendo exploradas desde os anos de 1980 encontram-se em estado avançado de exaustão, com durabilidade prevista para, se muito, duas décadas. A mineradora multinacional Vale, titular da exploração na região, faz o possível para otimizar a produção, ainda assim precisa de novas frentes de lavra porque as atuais minas não estão conseguindo mais responder à produção de outrora.

Em seu relatório anual publicado este ano, a mineradora informou que o complexo Serra Norte, em Parauapebas, inclui as minas N3, N4W, N4E e N5 e os projetos N1 e N2, que ela peleja para colocar em operação a fim de compensar o esgotamento das reservas de N4 e N5.

Outubros inesquecíveis

O melhor outubro, do ponto de vista físico, que a Vale obteve em Parauapebas foi em 2017, quando ela registrou 14,28 milhões de toneladas de minério, o dobro deste ano. Em 2018, o volume foi expressivo: 12,23 milhões de toneladas. Em 2012 (11,84 milhões de t), 2016 (11,2 milhões de t) e 2019 (11,03 milhões de t), os volumes também foram excelentes, assim como em outubro de 2013, 2014 e 2015, quando passou de 10 milhões de toneladas.

Em termos de valor colhido por exportações, a Vale alcançou seu pico de faturamento em outubro de 2010, com 1,005 bilhão de dólares movimentado. Outros resultados igualmente importantes foram registrados em outubro de 2011 (972,2 milhões de dólares), 2013 (967,9 milhões), 2021 (939,5 milhões), 2012 (916,3 milhões) e 2020 (901,9 milhões).

Do combo de volume exportado e valor de faturamento bruto da Vale se nutre a Prefeitura de Parauapebas. Logo, qualquer que seja a queda em algum desses fatores faz as finanças do município desabarem. Numa retrospectiva a partir do momento atual, é possível afirmar que o boom financeiro de royalties — com apogeu em 2011 e remake em 2021 — ficou para trás. A menos que a produção da Vale dê a volta por cima ou um novo Carajás dentro de Parauapebas seja descoberto, o curso natural da história não mudará.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Metalúrgica Gerdau (GOUA4) reporta lucro líquido de R$ 3,0 bi no 3TRI22, queda de 33,1%

A Metalúrgica Gerdau (GOUA4) reportou lucro líquido de R$ 3,0 bilhões no terceiro trimestre de 2022 (3TRI22), queda de 33,1% frente os R$ 4,5 bilhões do terceiro trimestre de 2021.

Na base trimestral, a companhia obteve lucro 28,9% menor no período devido aos R$ 4,2 bilhões do segundo trimestre de 2022.

De janeiro a setembro o lucro alcançou R$ 10,2 bilhões no período, queda de 1,2% frente aos R$ 10,3 bilhões dos nove meses de 2021.

Já a receita líquida do período alcançou R$ 21,1 bilhões, praticamente estável com os R$ 21,3 bilhões do terceiro trimestre de 2021.

Na base trimestral, a receita recuou R$ 7,9% por conta dos R$ 22,9 bilhões do segundo trimestre de 2022.

De janeiro a setembro a receita marcou R$ 64,4 bilhões, alta de 13,5% frente os R$ 56,7 bilhões dos nove meses de 2021.

O Ebitda ajustado, por sua vez, marcou R$ 5,3 bilhões no período, queda de 23,3% frente os R$ 6,6 bilhões do terceiro trimestre de 2021.

Na base trimestral, o Ebitda recuou 19,3% por conta dos R$ 6,6 bilhões do segundo trimestre de 2022.

De janeiro a setembro, o Ebitda alcançou R$ 17,8 bilhões, praticamente estável com os R$ 17,1 bilhões dos nove meses de 2021.

Metalúrgica Gerdau (GOUA4): balanço

Conforme o balanço da companhia, a produção de aços especiais foi de 383 mil toneladas no trimestre, redução de 24,4% em relação ao 2T22, contudo em linha com o mesmo período do ano anterior.

Já as vendas de aço, por sua vez, foram de 403 mil toneladas, 7,4% inferior quando comparadas ao 2T22, e 1,4% menor em relação ao 3T21.

“Importante salientar que a demanda no trimestre foi impactada por um movimento de correção de estoques por uma parcela de nossos clientes. Já no acumulado do ano, a produção de aço foi de 1,4 milhão de toneladas, 12,7% superior aos 9M21, ao passo que as vendas foram similares ao patamar apresentado no mesmo período do ano anterior”, disse.

O resultado apresentado reforça a expectativa de crescimento e a gradual recuperação da operação para o ano. “Cabe destacar que no trimestre houve recuperação no segmento de veículos leves, apesar de ainda aquém dos níveis históricos, e pelo bom desempenho do segmento de veículos pesados e de óleo e gás, motivado pelo preço dos combustíveis no mercado internacional”, ressaltou.

3TRI22

Ainda de acordo com o relatório, no 3T22 a produção de aço ficou em 1,1 milhão de toneladas, patamar similar ao 2T22 e 8,3% inferior em relação ao 3T21. Nos 9M22, a produção de aço foi de 3,5 milhões de toneladas, 7,1% inferior aos 9M21.

Já as vendas de aço foram de 988 mil toneladas no trimestre, reduções de 11,8% e de 12,6% em relação ao 2T22 e 3T21, respectivamente. No acumulado do ano, as vendas de aço atingiram 3,2 milhões de toneladas, 5,7% inferior ao mesmo período do ano anterior.

Apesar dos patamares de produção e venda ainda continuarem fortes, o menor volume comparativo nos períodos indicados demonstram uma maior cautela do mercado frente a um possível cenário de recessão econômica no país. Continuamos operando em níveis elevados de produção para atender os mercados de construção não residencial, indústria e distribuição, que seguem resilientes.

Fonte: Infomoney

Apesar de desaceleração da economia global, Gerdau está confiante para demanda por aço

Após nove meses de resultado recorde em 2022, a Gerdau (GGBR4) continua otimista para o futuro. Apesar da desaceleração global, os executivos da companhia, em teleconferência com analistas feita após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, defenderam que veem o fim deste ano e o próximo ainda como bons momentos para o setor de metalurgia.

“Estamos tranquilos no que diz respeito à demanda, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos”, disse Gustavo Werneck, diretor executivo (CEO) da Gerdau. “Conversamos com analistas e clientes e seguimos otimistas”.

De acordo com ele, a empresa segue monitorando uma série de fatores que, provavelmente, tendem a impulsionar os resultados em 2023.

As iniciativas do governo americano para atrair fábricas de chips para os Estados Unidos, por exemplo, podem remediar o problema que a indústria automobilística, importante cliente da Gerdau, enfrenta atualmente. Além disso, os planos de infraestrutura aprovados por Joe Biden também devem ser um gatilho positivo para a metalúrgica, bem como os investimentos no setor de óleo e gás – com os preços dessas commodities gerando aportes.

O recuo do volume vendido pela companhia nos Estados Unidos no terceiro trimestre, segundo o executivo, foi causado por manutenções programadas e não por problemas de procura de aço.

Para o Brasil, a mesma expectativa. “A demanda interna segue sólida e, no nosso ponto de vista, continuará assim em 2023”, debate Werneck.

Apesar da possibilidade de a construção civil cambalear por conta do cenário macroeconômico, o executivo avalia que o número de canteiros de obra no país está em patamar recorde.

“O segmento de varejo encontra certa dificuldade, por conta do endividamento das famílias, mas vemos resiliência nos setores de infraestrutura, industrial e principalmente no agro”, aponta.

No quarto trimestre, a Gerdau espera uma queda das vendas e de produção, mas que não será estrutural – e que se dará mais por conta dos eventos de final de ano, com 2022 tendo ainda a Copa do Mundo.

“No mercado de aços especiais, porém, podemos ter alguma queda. Devemos ter uma formação de estoque nas cadeias, pelas paradas das produtoras de automóveis ao longo do ano”, explicou Gustavo Werneck.

Para Gerdau, margens devem continuar em patamares elevados

Quando o assunto é lucratividade, a Gerdau também enxerga que o futuro próximo deve ser positivo – mas há alguns pontos a serem monitorados.

Werneck apontou, por exemplo, que a questão do carvão, commodity utilizada nos fornos industriais, é algo que a metalúrgica acompanha de perto. “Está muito volátil e, por agora, é difícil saber para onde vai”, definiu.

No último ano, por conta da guerra da Ucrânia, o preço desse produto disparou, com ele sendo utilizado como combustível.

A queda das exportações brasileiras, por conta do recuo dos preços no exterior, também é um fator que pode puxar as margens da Gerdau para baixo. “Neste momento, preparamos a operação para continuar exportando em 2023, mesmo com margens mais baixas. Não temos clareza se os níveis continuarão nesses patamares. Reduzimos a exportação da media de 22% para cerca de 9%”, comentou o CEO.

Mesmo assim, a perspectiva dominante é que dificilmente a lucratividade da Gerdau volte aos patamares vistos no passado.

“Falar em normalização de margens, hoje, não faz muito sentido. As margens de 10% a 12% não estão mais no nosso radar, esperamos trabalhar acima disso”, explicou o CEO, citando problemas geopolíticos, o pacote de infraestrutura americano e também melhorias operacionais que a própria empresa aplicou em sua cadeia.

Fonte: Infomoney

Gerdau lucra R$ 3 bi no terceiro trimestre e destaca demanda vinda dos EUA

A siderúrgica Gerdau encerrou o terceiro trimestre de 2022 com lucro líquido ajustado de R$ 3 bilhões. O ebitda foi de R$ 5,4 bilhões. Embora considerado sólido, principalmente em função da alta de custos do setor siderúrgico neste ano, o lucro no período é 33,7% menor do que o resultado alcançado no terceiro trimestre de 2021. As vendas de aço caíram 10%, para 2,93 milhões de toneladas, no período, enquanto a receita líquida ficou em R$ 21,15 bilhões, quase estável com relação ao terceiro trimestre do ano passado. Patamares elevados de demanda por aço dos setores da construção e industrial na América do Norte ajudaram a empresa a obter resultados financeiros mais sólidos neste ano.

Gustavo Werneck, diretor-presidente (CEO) da Gerdau, destacou essa demanda norte-americana, principalmente para fornecimento de aço para galpões industriais. “Novas fábricas estão abrindo (nos Estados Unidos) para transferência de unidades produtivos de outros países para lá”, disse. “A Gerdau manteve, no terceiro trimestre de 2022, um forte desempenho financeiro, resultado de uma busca pela geração de valor para nossos clientes por meio de investimentos em tecnologia e em inovação, em meio a um cenário de manutenção do consumo de aço em níveis elevados, especialmente na América do Norte. Este desempenho contribuiu para que registrássemos, nos nove primeiros meses de 2022, o melhor Ebitda ajustado da história da empresa, somando R$ 17,9 bilhões. Além disso, destaco a aprovação, pelo Conselho de Administração de Defesa Econômica (CADE) para a criação da joint venture entre a Gerdau e as Empresas Randon, para prestação de serviços de locação de caminhões, semirreboques e outros produtos relacionados ao transporte, reforçando a estratégia da Gerdau Next de desenvolver novos negócios pensando no futuro da mobilidade”, completou  Gustavo Werneck.

Ele também destacou as demandas no Brasil, principalmente as ligadas ao setores da construção (pesada e civil), industrial e agro, que estavam aquecidos neste ano. Para 2023, Werneck acredita em manutenção dessa demanda, tanto na América do Norte, quanto no Brasil. “Por aqui, investimentos em infraestrutura, principalmente para saneamento básico, devem ser destaques. Também prevemos que o setor industrial deve investir em máquinas, equipamentos e expansão, o que também favorece as vendas de aço da Gerdau”, prevê.

Um ponto de atenção para o próximo ano, segundo Gustavo Werneck, é a demanda interna no varejo da construção civil, as vendas de material de construção. “O endividamento em alta do consumidor pode ter efeitos nas vendas, o que acaba impactando o aço no varejo”, completa. Ele também destacou que, para o ano que vem, também pode ter oscilações em preços das matérias primas (minério de ferro, carvão e sucata). No acumulado dos nove primeiros meses de 2022, a Gerdau alcançou lucro líquido de R$ 10,4 bilhões, queda de 1,3% frente ao mesmo período de 2021. As vendas líquidas de aço fecharam o acumulado do ano em 9,23 milhões de toneladas, queda 3,1% com relação ao ano passado. A receita líquida da siderúrgica no acumulado de janeiro a setembro de 2022 fechou em R$ 64,4 bilhões.

Investimentos alcançam R$ 1,1 bilhão no 3º trimestre

Ao longo do terceiro trimestre de 2022, a Gerdau investiu R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 654 milhões em manutenção e R$ 402 milhões em iniciativas de expansão e atualização tecnológica. Do total investido no período, informou a siderúrgica, R$ 190 milhões contemplam expansão de ativos florestais, atualização e aprimoramento de controles ambientais, incrementos tecnológicos que resultam em eficiência energética e redução de emissões de gases de efeito estufa. Como destaque, a Gerdau iniciou recentemente as operações do novo lingotamento contínuo de blocos e tarugos da usina de Pindamonhangaba (SP), um investimento de R$ 700 milhões.

Dividendos

A Gerdau S.A. e a Metalúrgica Gerdau S.A. pagarão dividendos e juros sobre o capital próprio, respectivamente, a partir dos dias 14 e 15 de dezembro de 2022. Na Gerdau S.A. serão pagos R$ 3.576,6 milhões (R$ 2,15 por ação) e na Metalúrgica Gerdau S.A. serão pagos R$ 516,9 milhões (R$ 0,50 por ação) sobre a posição de ações detidas em 21 de novembro de 2022.

Sobre a Gerdau

Com 121 anos de história, a Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. No Brasil, também produz aços planos, além de minério de ferro para consumo próprio. Além disso, possui uma divisão de novos negócios, a Gerdau Next, com o objetivo de empreender em segmentos adjacentes ao aço. Com o propósito de empoderar pessoas que constroem o futuro, a companhia está presente em nove países e conta com mais de 36 mil colaboradores diretos e indiretos em todas as suas operações. Maior recicladora da América Latina, a Gerdau tem na sucata uma importante matéria-prima: 71% do aço que produz é feito a partir desse material. Todo ano, 11 milhões de toneladas de sucata são transformadas em diversos produtos de aço.

A companhia também é a maior produtora de carvão vegetal do mundo, com mais de 250 mil hectares de base florestal no estado de Minas Gerais. Como resultado de sua matriz produtiva sustentável, a Gerdau possui, atualmente, uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (CO₂e), de 0,90 t de CO₂e por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,89 t de CO₂e por tonelada de aço (worldsteel). Para 2031, a meta da Gerdau é diminuir as emissões de carbono para 0,83 t de CO₂e por tonelada de aço. As ações da Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo (B3), Nova Iorque (NYSE) e Madri (Latibex).

Fonte: O Tempo

IBGE estima maior safra de grãos da história do Brasil

O  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que os agricultores do país colham 288 milhões de toneladas de grãos em 2023. Caso a projeção se confirme, será a maior safra da história do Brasil.

A estimativa aparece no primeiro Levantamento Sistemático da Produção Agrícola para a colheita de 2023. O histórico do IBGE tem início em 1975. Os dados sobre a previsão da maior safra da história foram divulgados na quarta-feira 9.

De acordo com o instituto, a produção prevista para o próximo ano representa um crescimento de 25 milhões de toneladas sobre 2022. Desse modo, o aumento ficará próximo de 10%.

Entre os fatores para o bom resultado, o crescimento de quase 20% da safra de soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro. Pela estimativa, os agricultores do país produzirão cerca de 140 milhões de toneladas desse grão em 2023.

Conforme as informações do IBGE, o grande impulso para a maior safra de grãos da história vem de ganhos de eficiência. A área plantada no Brasil ficou praticamente estável: cerca de 51 milhões de hectares.

Ao mesmo tempo, a produtividade teve o incremento médio de 15%. Segundo a estimativa oficial, a colheita por hectare deve ter um incremento de 500 quilogramas e chegar a 3,7 toneladas.

Fonte: Revista Oeste

Em nota, Defesa informa que não excluiu a possibilidade de fraude nas urnas

O Ministério da Defesa publicou uma nota nesta quinta-feira, 10, informando que o relatório feito por técnicos do Exército não descarta a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas, como noticiou a imprensa, o presidente eleito Lula e o Tribunal Superior Eleitoral, logo depois da publicação do documento.

Conforme a auditoria dos militares, também não é possível afirmar que houve irregularidades nas máquinas. Isso porque a Corte restringiu o acesso dos técnicos do Exército ao código-fonte dos aparelhos (que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação) e às bibliotecas do software das urnas.

“Em consequência dessas constatações e de outros óbices no relatório, não é possível assegurar que os programas executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento”, comunicou a Defesa, ao mencionar os testes internos de funcionalidade dos aparelhos.

Segundo a Defesa, os testes de integridade e com biometria, da forma como foram realizados, são insuficientes para “afastar a possibilidade de influência de um código malicioso capaz de alterar o funcionamento da votação” e fraude nas urnas.

Por isso, a Defesa solicitou à Corte a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma “análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas”, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.

Fonte: Revista Oeste

Equipe de Guedes diz que PIB deve crescer mais que o esperado em 2023

A economia brasileira deve crescer mais que o esperado pelo mercado em 2023, prevê a equipe comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

A Secretaria de Política Econômica (SPE) calcula que o intervalo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano situa-se entre 1,4% e 2,9%, acima das atuais projeções de bancos e consultorias.

Embora tenha aumentado nas últimas seis semanas, a mediana das estimativas coletadas pelo Banco Central indica expansão de apenas 0,7% em 2023, segundo o mais recente boletim Focus.

Em nota informativa publicada nesta quarta-feira (9), a SPE afirma que nos últimos três anos o crescimento do Brasil superou as projeções, tanto do mercado quanto as do próprio governo. Para os técnicos, há uma alteração na tendência de crescimento, com mudanças estruturais que ainda não são captadas pelos modelos de predição.

Em março deste ano, por exemplo, o consenso do mercado projetava alta de apenas 0,3% para o PIB em 2022, ao passo que a SPE esperava 1,5%. Agora, as expectativas são de 2,76% e 2,7%, respectivamente.

Para chegar à sua estimativa de crescimento de até 2,9% em 2023, a equipe econômica levou em conta o carregamento estatístico (crescimento herdado de período anterior) e o padrão histórico dos últimos dez anos.

Para os técnicos, o principal risco para a concretização desse cenário está relacionado ao crescimento global em um ambiente de maior inflação. “A projeção desta Secretaria pressupõe uma desaceleração da atividade nos países emergentes e desenvolvidos ao longo de 2022, mas não incorpora no cenário básico uma recessão neste e no próximo ano”, diz a nota.

Por que o PIB de 2023 deve crescer mais que o esperado, segundo a equipe de Guedes

“Nos últimos três anos, os valores realizados da taxa de crescimento anual do PIB brasileiro foram repetidamente superiores às estimativas de mercado em dois desvios-padrões, o que não ocorre desde a instituição do Focus/BCB. Artigos mostram que o consenso de mercado é moroso na inclusão das alterações da tendência da economia em suas estimativas. Dessa forma, a persistência dos erros de projeções nos últimos três anos pode indicar uma mudança na tendência de crescimento”, diz o documento da SPE.

A nota elenca ao menos três razões para a expectativa de que a economia brasileira cresça mais que o esperado em 2023:

1. os erros de projeção dos últimos três anos podem indicar uma alteração na tendência de crescimento da economia que ainda não foi captada pelos modelos de predição;
2. o crescimento da taxa de investimento produtivo e a maior participação no PIB das importações de bens de capital (máquinas e equipamentos) elevam o patamar de crescimento da economia; e
3. há uma “realocação do mercado de trabalho” que aumenta a produtividade da economia, com aumento da participação do emprego formal e crescimento de áreas como tecnologia da informação e serviços técnico-profissionais.

A nota da SPE destaca as perspectivas do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), cujos empreendimentos devem receber R$ 81,9 bilhões em 2023, “sobretudo nos segmentos de óleo e gás, energia elétrica e transportes”. O valor é 10% maior que o esperado para 2022 (R$ 74,6 bilhões).

Segundo a secretaria, os investimentos em infraestrutura contratados no âmbito do programa, em grande parte relacionados a concessões ao setor privado, são da ordem de R$ 1,3 trilhão, dos quais R$ 416 bilhões serão desembolsados até 2025.

A equipe de Guedes chama atenção também para as medidas reformistas implantadas desde 2016, nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

“Citam-se as alterações legislativas que garantem o processo de consolidação fiscal e as reformas pró-mercado, que ocorrem através de medidas microeconômicas, fiscais e tributárias. Essas medidas têm efeitos na produtividade, no estoque de capital e no mercado de trabalho que afetam o PIB pelo lado da oferta”, diz a nota.

Fonte: Gazeta do Povo

Veja em 9 gráficos a temperatura da indústria em novembro de 2022

O comportamento da indústria é capaz de aquecer ou de esfriar toda a economia e, ato contínuo, a vida da população. Se a indústria perde energia, ela puxa o emprego de qualidade e a renda para baixo. Quando aquecida, também aquece o Produto Interno do Bruto (PIB). Um exemplo disso é que cada R$ 1 produzido na indústria gera R$ 2,43 na economia. Por isso, todo brasileiro deve se preocupar com o desempenho da indústria, seja para entender o momento atual seja para projetar seus planos no futuro.

Esse acompanhamento pode ser feito pelo Termômetro da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A ferramenta interativa é atualizada todas as semanas e permite identificar rapidamente se a indústria está crescendo ou não. A análise é baseada em um conjunto de indicadores e traduz de maneira mais apurada a situação da indústria. Vale notar que ainda que a indústria apresente um bom desempenho, é possível que alguns indicadores registrem resultado negativo. Ou vice-versa.

A análise é para o início de novembro de 2022, mas os dados são de setembro e outubro conforme o indicador.

Produção industrial recua 0,7% em setembro

A produção física da indústria (transformação e extrativa) recuou 0,7% em setembro de 2022 em relação a agosto. Com esse resultado, a produção industrial se encontra 1,4% abaixo do patamar em que se encontrava em dezembro de 2021. Além disso, houve queda de 1,1% no acumulado de janeiro a setembro de 2022, contra o mesmo período de 2021. Na comparação com o patamar pré-pandemia, a produção se encontra 2,4% abaixo de fevereiro de 2020.

Horas trabalhadas ficam 1,1% menor em setembro

As horas trabalhadas na produção recuaram 1,1% em setembro de 2022, na comparação com agosto. Apesar da queda, o índice mostra tendência de crescimento desde 2021. Na comparação com setembro de 2021, há crescimento de 3,3%. O aumento da produção requer mais horas de trabalho, o crescimento do indicador reflete a expansão da produção.

Emprego caiu 0,4% em setembro

O emprego industrial registrou recuo de 0,4% em setembro na comparação com agosto. Trata-se do segundo mês consecutivo de queda, o que sugere a perda do ritmo de crescimento do emprego após as sucessivas altas apresentadas desde o segundo semestre de 2020. Na comparação com setembro de 2021, a alta foi de 0,6%.

O emprego tende a crescer com a produção, sobretudo quando o ritmo de expansão da atividade se mostra mais duradouro. É um indicador menos volátil que os de produção e venda. Em geral, não responde a movimentos esporádicos da atividade e sua variação tende a ocorrer em resposta a movimentos consolidados.

Faturamento real da indústria diminuiu 0,2%

O faturamento real da indústria de transformação apresentou recuo de 0,2% em relação ao resultado de agosto, na série livre de efeitos sazonais. Apesar do recuo, o faturamento exibe trajetória de alta desde novembro de 2021, o que faz com que o faturamento se encontre 7,9% acima do patamar de setembro de 2021.

Exportações crescem 19% entre janeiro e outubro

O comércio exterior brasileiro registrou crescimento de 19% para as exportações e 29,3% para as importações. O aumento do ritmo de crescimento nos últimos meses fez com que as exportações brasileiras totalizassem US$ 281 bilhões no acumulado até outubro, mesmo valor de fechamento para o ano de 2021. Já as importações no acumulado de janeiro a outubro de 2022 ultrapassaram os valores totais de 2021 ao totalizarem US$ 229 bilhões, cerca de US$ 10 bilhões a mais que no ano anterior. Os resultados se devem pelos aumentos nos valores, que estão sendo impulsionados pelas quantidades e, principalmente, pelos preços exportados e importados.

Intenção de Investimento está acima da média histórica

O índice de intenção de investimento recuou 1,6 ponto para 57,4 pontos. Apesar da queda, ele segue acima da sua média histórica de 51,4 pontos, indicando elevada intenção de investir do setor industrial.

Confiança do empresário industrial recuou em outubro 

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) recuou 2,6 pontos em outubro de 2022, para 60,2 pontos. Embora seja a maior queda de confiança do ano de 2022, ela ocorre após sucessivos avanços de otimismo do setor industrial ao longo do ano. A menor confiança é reflexo, sobretudo, de uma maior moderação das expectativas relativas aos próximos seis meses. Apesar da queda, a Indústria segue confiante, pois o índice de confiança permanece acima da linha divisória de 50 pontos, que separa um estado de confiança de um estado de falta de confiança do empresário industrial.

Utilização da Capacidade Instalada está abaixo do usual

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) efetiva em relação ao usual está em 45,9 pontos. O indicador varia de 0 a 100 pontos e valores acima de 50 pontos indicam que a UCI de produção ficou acima do usual para o mês e, portanto, a atividade está aquecida. Valores abaixo de 50 indicam utilização da capacidade abaixo do que seria usual para o mês (atividade desaquecida).

Em setembro a UCI efetiva caiu um ponto percentual e encerrou o mês em 72%. É a primeira queda desde fevereiro de 2022. Com ela, a utilização da capacidade se iguala àquela observada em setembro dos anos de 2021 e 2020.

Estoques ficam estáveis e se aproximam do planejado 

O índice de evolução do nível de estoques foi para 50,1 pontos em agosto, muito próximo da linha divisória de 50 pontos, o que indica estabilidade dos estoques em relação a julho. O índice de estoque efetivo em relação ao planejado se aproximou da linha divisória dos 50 pontos, ao cair de 51,4 pontos para 50,9 pontos entre agosto e setembro. Com isso, as indústrias avaliam que os estoques se aproximam dos níveis planejados pelas empresas, mas ainda seguem um pouco acima do planejado.

Fonte: CNI