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Reversão da desindustrialização é crucial para o Brasil crescer de forma sustentável

Em meados da década de 1980, o setor industrial chegou a ser responsável por quase metade do PIB brasileiro. A expansão do setor foi resultado da adoção de políticas públicas que incentivaram investimentos do governo e da iniciativa privada em setores estratégicos, como energia, transportes, comunicação, siderurgia, mineração e petróleo, entre outros. Tais políticas foram decisivas para o crescimento e a consolidação do parque industrial brasileiro que, atualmente, está entre os mais modernos e diversificados do mundo.

Desde a década de 1990, entretanto, o Brasil tem sofrido um preocupante processo de desindustrialização, que se agravou severamente nos últimos dez anos. A indústria de transformação, que em 1985 representava 36% do PIB, terminou o ano de 2021 com apenas 11% de participação na produção nacional. Mais grave ainda foi a queda da participação da indústria brasileira na produção mundial. Em 1995, nossa indústria manufatureira representava 2,77% da produção mundial, percentual que hoje é de apenas 1,28% – ou seja, praticamente a metade –, como mostra recente estudo elaborado pela CNI.

A desindustrialização é danosa para toda a economia brasileira, sobretudo devido à capacidade que o setor tem  de multiplicar riquezas. A cada R$ 1,00 produzido na indústria de transformação, são gerados R$ 2,43 na economia como um todo. A título de comparação, na agricultura são gerados R$ 1,75 e nos setores de comércio e serviços, R$ 1,49. O setor industrial tem a capacidade de puxar o crescimento dos demais setores por possuir cadeias produtivas longas e ser o grande indutor de inovações da economia. Mesmo a revolução de telecomunicações, que afetou profundamente o setor de serviços, dependeu da criação de produtos industriais, como smartphones, sensores, torres de transmissão, entre outros.

A alta produtividade e a produção em larga escala da agropecuária nacional, deve-se também, em grande medida, aos insumos fornecidos pela indústria, tais como ferramentas, máquinas e equipamentos com grande conteúdo tecnológico; rações para animais; sementes, fertilizantes e defensivos.

As causas da perda de competitividade da indústria nacional são muitas. Destacam-se, entre elas, os elevados custos sistêmicos, conhecidos como Custo Brasil, além da ausência de uma estratégia de desenvolvimento industrial. O Custo Brasil – que, como divulgado pelo Ministério da Economia,  consome 1,5 trilhão de reais anualmente das empresas –, é resultado de diversos problemas, como o sistema tributário complexo, oneroso e cumulativo; a infraestrutura deficiente; o financiamento escasso e caro; a baixa qualidade da educação; o ambiente macroeconômico instável; e a insegurança jurídica.

Estes custos são mais elevados para as empresas que produzem no Brasil, em comparação com aqueles suportados pelas empresas dos nossos principais concorrentes. Eles tornam os produtos brasileiros mais caros, o que se converte em perdas de exportações no mercado internacional e de espaço para produtos importados no mercado doméstico. Para eliminar ou, pelo menos, minorar essa dicotomia, uma prioridade urgente é a reforma da tributação sobre o consumo. A Proposta de Emenda à Constituição 110/2019, em discussão no Senado, contempla as principais demandas do setor produtivo nessa área, entre elas a eliminação da cumulatividade e a imediata recuperação dos créditos tributários devidos. A consolidação da tributação indireta é imprescindível para acabar com as distorções do sistema tributário atual, que levam à perda de competividade e de eficiência, não apenas da indústria, mas de toda a economia brasileira.

Outra medida essencial é a recuperação da capacidade de investimento em infraestrutura. O aumento de investimentos em transportes, energia, saneamento e telecomunicações garantiriam reduções de custo significativas para as empresas, a médio e longo prazos.

Para estancar o processo de desindustrialização e recuperar a competitividade do setor, é imperativo não apenas superar os gargalos antigos relacionados ao Custo Brasil, mas também que o país invista na adoção de uma política industrial moderna, alinhada com as melhores práticas internacionais. Novas estratégias de desenvolvimento industrial  têm sido o grande foco de países como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, China, Alemanha e demais países da União Europeia. Um levantamento realizado pela CNI sobre os ambiciosos planos destes países nesta área revela que, juntos, eles preveem investimentos da ordem de 5 trilhões de dólares, nos próximos anos, em políticas de apoio às suas respectivas indústrias, com vistas a alcançar objetivos estratégicos, como a digitalização e a descarbonização da economia.

Um dos principais objetivos de uma política industrial moderna é o desenvolvimento científico e tecnológico, que coloca a inovação como principal fonte de ganhos de produtividade e de competitividade. Nos Estados Unidos, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) correspondiam, em 2018, a 2,83% do PIB. No mesmo ano, a China investiu 2,14% do PIB e a Coreia do Sul chegou a 4,53%. Na contramão do mundo, o Brasil vem reduzindo seu investimento em P&D e, hoje, investe apenas 1,2% do PIB.

Será essencial que o candidato que sair vitorioso nas eleições de 30 de outubro, qualquer que seja ele, tenha como prioridades de governo reduzir o Custo Brasil e apoiar firmemente a indústria brasileira no desenvolvimento de técnicas de manufatura avançada e na incorporação de tecnologias da Indústria 4.0, que permitem ganhos de produtividade significativos para as empresas. É urgente, também, que o país aproveite as janelas de oportunidades abertas na área de meio ambiente, em função das mudanças climáticas, investindo em tecnologias que permitam a transição para uma economia de baixo carbono, com políticas destinadas à transição energética e à economia circular.

A política de desenvolvimento industrial deve ser estruturada com a garantia de recursos orçamentários e com uma ampla capacitação de recursos humanos para sua implementação. Um de seus principais pilares deve ser o financiamento direcionado, com juros competitivos, para inovação, exportação e economia de baixo carbono. No mundo, as linhas de financiamento que sustentam esses investimentos são majoritariamente públicas, dada a sua importância estratégica. Ela também precisa, necessariamente, ser construída com foco no longo prazo – o que requer previsibilidade, estabilidade e segurança jurídica, fatores essenciais para sustentar as decisões de investimento do setor privado.

A reversão da acelerada e precoce desindustrialização em curso no Brasil é crucial para que o país retome a trilha do crescimento econômico, de forma sustentável. E este objetivo só será alcançado com a adoção de medidas que garantam às indústrias nacionais igualdade de condições frente à acirrada competição do mercado internacional, com a eliminação do Custo Brasil e com políticas de apoio à indústria similares às implementadas pelos nossos competidores. A premissa básica é que não existe país forte e desenvolvido sem uma indústria dinâmica, competitiva e integrada ao mercado global.

*Robson Braga de Andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Fonte: CNI

Bolsonaro chama de ‘bandido’ quem atira em policial

Bolsonaro chama de 'bandido' quem atira em polícia. Foto: Reprodução

Bolsonaro chama de ‘bandido’ quem atira em polícia. Foto: Reprodução

O presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) chamou de bandido quem atira em policial, em uma referência ao ex-presidente do PTB Roberto Jefferson. Neste domingo, Jefferson se entregou depois de oito horas de negociação com a Polícia Federal (PF).

O ex-deputado chegou a atirar contra os policiais, que cumpriam mandado de prisão na sua casa. Jefferson é apoiador de Jair Bolsonaro,

“Quem atira em policial é um bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio”, afirmou o presidente.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) se entregou neste domingo, 23, à Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. O ex-parlamentar estava na própria residência e, depois de horas de negociações com a polícia, cumpriu a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Jefferson foi levado para uma delegacia, para exame de corpo de delito.

De acordo com a PF, policiais foram até a casa do ex-deputado federal para cumprir uma decisão do ministro, que ordenou o restabelecimento da prisão preventiva de Jefferson. Conforme a PF, durante a diligência, Jefferson reagiu à ordem de prisão anunciada pelos policiais federais e disparou com um fuzil, além de jogar granada contra os policiais.

“Dois policiais foram feridos por estilhaços de granada arremessada pelo alvo e levados imediatamente ao pronto-socorro”, informou o órgão. Ambos passaram por atendimento médico, foram liberados e passam bem. São eles o delegado Marcelo Vilella e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira” , afirmou a PF, em nota.

Jefferson teve a prisão determinada depois de descumprir as medidas cautelares impostas a ele pelo STF. O ex-deputado está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, desde janeiro deste ano. Ainda assim, concedeu entrevistas e ainda tinha armas em casa.

“Diante do exposto, em face do reiterado desrespeito às medidas restritivas estabelecidas, reestabeleço a prisão de Roberto Jefferson Monteiro Francisco, a ser efetivada pela Polícia Federal”, decidiu Moraes. “Ele deve ser recolhido, imediatamente, ao estabelecimento prisional.” O ministro ainda ordenou a busca e apreensão na casa de Jefferson.

De acordo com Moraes, em diversas ocasiões Jefferson descumpriu as medidas cautelares impostas pela Justiça durante o cumprimento da prisão domiciliar. “Ele recebeu visitas, passou orientações aos dirigentes do PTB, concedeu entrevistas ao canal Jovem Pan, compartilhou notícias fraudulentas”, entre outros pontos elencados pelo magistrado.

A decisão também citou o vídeo do ex-deputado com ofensas à ministra Cármen Lúcia. “O vídeo contém agressões abjetas em face da ministra Cármen Lúcia com teor, machista, misógino e criminoso”, comunicou Moraes.

ArcelorMittal é destaque no ranking TOP 100 Open Startups

A ArcelorMittal ganhou, mais uma vez, na sua categoria no ranking da 100 Open Startups. A produtora de aço venceu o segmento de Mineração e Metais pelo segundo ano consecutivo e alcançou o TOP 3 na classificação geral nacional pela terceira vez seguida.

A 100 Open Startups é a plataforma de inovação aberta, que é pioneira e líder na América Latina.

O ranking mostrou que, em 2022, as corporações fecharam mais negócios com startups do que nunca. Segundo o levantamento, realizado entre julho/21 e junho/22, o valor total de contratos de Open Innovation fechados entre corporações e startups alcançou o montante de R$ 2,7 bilhões, representando um valor médio de R$ 260 mil por contrato.

A empresa foi premiada pelas ações de inovação aberta impulsionadas pelo Açolab (1º laboratório de inovação da indústria do aço no planeta) e iNO.VC (programa de transformação digital).

O Ranking TOP Open Corps é parte do Ranking 100 Open Startups, que é publicado desde 2016 e chega a sua sétima edição em 2022. Além das TOP 100, também foram reconhecidas as corporações TOP 5 e TOP 10, em 25 categorias setoriais.

Açolab – Considerado o 1° hub de inovação aberta da indústria de aço no mundo, o Açolab completou quatro anos de atividades.

O propósito é cocriar soluções inovadoras que gerem valor para a empresa e para a sociedade. O seu papel na estratégia do negócio foi reforçado em 2021 com o lançamento do Açolab Ventures. O fundo irá investir mais de R$ 100 milhões em startups e pequenas empresas inovadoras.

A estratégia é identificar startups que tenham solução validada e que desenvolvam novos negócios, produtos e serviços ou incorporem novas tecnologias para aumentar a competitividade e enriquecer a proposta de valor da cadeia da ArcelorMittal.

As startups selecionadas relacionam-se às áreas de Siderurgia, Mineração, Construção Civil, Indústria, Sustentabilidade, Logística, Comercial, Varejo e Distribuição.

Programa iNO.VC –  O Programa de Transformação Digital da ArcelorMittal – o iNO.VC.- tem como premissa acelerar a transformação digital da empresa ao colocar juntos empregados, startups e pessoas que estejam desenvolvendo projetos da área em meios acadêmicos em todo o país.

Os projetos são voltados para o desenvolvimento de três unidades da ArcelorMittal em Vitória (ES), Contagem (MG) e São Francisco do Sul (SC).

O propósito do iNO.VC é acelerar o desenvolvimento de propostas que sejam estratégicas e ao ecossistema digital de forma disruptiva, para se encontrar soluções que fortaleçam os valores de sustentabilidade e liderança do grupo globalmente.

O encontro de soluções é feito de forma coletiva e colaborativa. O iNO.VC implementa as soluções via ecossistema para serem identificadas soluções pelo mercado, startups, empresas, instituições e academia.

Fonte: Jornal Dia Dia

Usiminas é destaque no Ranking 100 Open Corps 2022

Pelo terceiro ano consecutivo, a Usiminas foi indicada como uma das empresas que mais se relacionam com startups, no Brasil. O Ranking TOP 100 Open Corps 2022 foi divulgado nessa semana, como reconhecimento às empresas que promovem e praticam a inovação aberta. No recorte de setor, que inclui Siderurgia, Metalurgia e Mineração, a Usiminas figura entre as 10 primeiras colocadas, informou a assessoria de comunicação da empresa.

O ranking mostra que, em 2022, as corporações fecharam mais negócios com startups do que nunca. Segundo o levantamento realizado entre julho/21 e junho/22, houve um crescimento de 60% no número de relacionamentos declarados entre empresas e startups, chegando a 42.588, contra 26.348, em 2021, e o número de corporações que contrataram startups no ano chegou a 4.449, superando largamente as 3.424 corporações de 2021.

O gerente de Inovação da Usiminas, Davison Cardoso conta que, nas empresas Usiminas, foram estabelecidos 58 contratos de inovação aberta no período entre junho de 2021 e junho deste ano. São inciativas diversas, desenvolvidas em parceria com 46 diferentes startups. Outras contratações estão em andamento, com o apoio das equipes de TI, Automação, Engenharia e Suprimentos.

“Os números do Ranking 2022 mostram que, a cada dia, a inovação aberta tem ficado mais presente nas empresas. É um movimento muito positivo, que, na Usiminas, nos permite unir o conhecimento técnico nas nossas equipes, com a visão digital e ágil das startups, na busca de soluções para problemas e gargalos e no estímulo a melhoria e automatização dos processos. Nesse cenário, é uma grande satisfação figurarmos entre as 100 melhores em um universo de quase 4.500 empresas e estar no TOP10 do setor de Mineração e Metais”, avalia Davison.

Sobre a 100 Open Startups

A 100 Open Startups é a plataforma de inovação aberta pioneira e líder na América Latina, que tem como missão transformar o mercado e a sociedade a partir da inovação pela colaboração entre empresas e startups. Desde 2008, a instituição publica o Ranking 100 Open Startups, que monitora a evolução da prática da inovação aberta e premia as empresas e startups líderes.

Fonte: Diário do Aço

Gerdau vai investir 6 bilhões de reais no setor de construção

Por meio do Construa Minas, maior evento da construção industrial do estado, idealizados pelo Sinduscon-mg e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Congresso de Obras Industriais e Corporativas convidou a Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, para apresentar os seus planos de investimentos para o setor.

 

As obras indústrias e corporativas representam um setor de grande importância e relevância social, que movimenta o mercado, gera riquezas e empregos. Por isso, iniciativas como o Construa Minas, que reúne profissionais da área, são fundamentais para fomentar o crescimento e desenvolvimento do mercado de construção, possibilitando a troca de experiências entre profissionais.

 

Na abertura do congresso, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, destacou a importância em “o setor ocupar um espaço maior na economia brasileira e aumentar a exportação de aço”, desta forma, com trabalho e dedicação, todos alcançarão bons resultados.

 

Na sequência, o vice-presidente de Área da CBIC e presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC), Ilso José de Oliveira, abriu as palestras destacando a missão da COIC em elevar o nível de sucesso dos projetos implantados no país e das empresas do setor. Ilson lembrou também da importância em alinhar a industrialização junto a capacitação da mão de obra: “não tem como um profissional trabalhar com algo industrializado se não houver capacitação”.

 

Representando a Gerdau, Wendel Gomes, Diretor de Mineração e Matérias Primas, apontou as necessidades de o setor investir em inovação. “A inovação não pode estar apenas dentro das startups. Precisa estar dentro de todas as corporações porque ela indica o futuro”.

 

Segundo Wendel, a Gerdau possui um plano de investimentos no valor de 6 bilhões de reais entre 2021 e 2026, destinados para modernização, atualização tecnológica e ampliação de operações locais. Com isso, espera-se gerar 6 mil novos postos de trabalho.

 

Também como representante da Gerdau, Gilnei Silva, presidente de Marketing e Construção Civil mostrou que a companhia busca entender como será o futuro, com base em análises de tendências aliadas a inteligência de mercado, através de pesquisas, e sempre atento as necessidades do cliente.

 

O presidente de Marketing apresentou a Gerdau Design, um lançamento de consultoria para avaliação e soluções corporativas exclusivos para cada obra. Ao total, já foram 32 projetos de relevância atendidos e 35 mil toneladas de aço.

 

A Gerdau tem 121 anos de história e está presente em 9 países. Com real preocupação com o meio ambiente, 73% do aço produzido é proveniente da sucata, sendo assim a maior recicladora da América Latina.

 

Fonte: CBIC

Cosan volta a defender investimento na Vale em carta aos acionistas

A Cosan, depois de pegar o mercado de surpresa com o investimento na Vale e explicar, repetidas vezes, por que fez a transação e como ela está estruturada, veio ao mercado novamente nesta quinta-feira (20) por meio de carta, defender os aportes na mineradora.

De acordo com o documento, a companhia afirma receber questionamentos do mercado em relação a três pontos principais: ao racional que motivou a decisão, ao impacto da estrutura financeira sobre o endividamento da companhia e os compromissos com questões ESG. Foi este último ponto o principal motivador para o documento enviado hoje.

A Vale, como se sabe, é acionista da Samarco, junto com a BHP. Os desastres em Mariana e Brumadinho, ocorridos em 2018, ainda estavam na cabeça dos investidores quando a Cosan anunciou o investimento e citou questões relacionadas à sustentabilidade. Para esclarecer esse ponto, a holding afirma, na carta:

“As duas tragédias trouxeram duras lições à Vale. E a empresa reagiu com mudanças na administração, na cultura corporativa, dando maior ênfase em pessoas e segurança, e na governança, com a entrada no novo mercado na B3 como a maior corporation do Brasil. Tudo na direção de redução de riscos, estabilização das operações e avanços nos compromissos para uma mineração mais sustentável”.

Em seguida, a Cosan volta a reforçar que a Vale tem o melhor minério de ferro do mundo e que as reservas de metais básicos são promissoras, o que a torna um ativo chave para a transição energética global e descarbonização. “A Vale não pode ficar isolada em função do que ocorreu”, escreve a Cosan.

No documento, a companhia ainda ressalta que passou por uma completa transformação ao longo dos últimos 15 anos e ressalta que sempre fez movimentos e aquisições ousadas, que, inicialmente, não foram bem compreendidas.

A compra da Esso, em 2008, a incorporação da Nova América, no ano seguinte, e até a própria formação da Raízen, em 2011, são alguns dos pontos mencionados pela companhia. A mais complexa de todas, entretanto, foi a fusão ALL-RUMO, que tem mostrado resultados desde 2015, com crescimento do Ebitda em quase três vezes.

“Neste momento, em que a Vale está executando a nova estratégia, com princípios alinhados ao que acreditamos, que tomamos a decisão de investir na empresa para apoiar a administração nessa jornada”, diz a Cosan.

A companhia finaliza a carta ressaltando que o apoio dos acionistas, principalmente os mais engajados em questões sociais e ambientais, é fundamental para a empresa contribuir com a Vale e com a administração.

Fonte: Exame

Taxas americanas de juros fazem novas máximas

Apreensão nos mercados, em meio à nova rodada de alta nas taxas de juros globais, após PPI acima do esperado na Alemanha e falas duras de membros do Fomc nos últimos dias, e temores com o setor de tecnologia chinês levando Bolsas à nova queda. Nos juros, taxas americanas fazem novas máximas, com os juros das treasuries de dois anos rompendo os 4,60%. Nas moedas, dia lateral, com o mercado testando o BoJ (o BC japonês) com o dólar rompendo a faixa dos 150 euros, na mínima desde 1992. Commodities tem sessão mista, com destaque para o minério, em queda, operando abaixo dos US$ 90. Por aqui, o Ibovespa deve sofrer com o clima global negativo e a derrocada do minério, mas apostas altistas em empresas estatais, principalmente a Petrobras, podem reduzir o viés negativo do dia. Nos juros, em dia de leilão de pré-fixados, a alta no petróleo e nas taxas globais devem levar à sessão com viés altista. No dólar, desempenho das moedas pares sugere viés altista na abertura.

Na Ásia, o clima global negativo e temores com o setor de tecnologia chinês, após o governo convocar representantes do setor para discutir novas sanções dos EUA, pesaram nas Bolsas, que fecharam em queda. No Japão, o déficit comercial atingiu US$ 14,0 bi (quando a expectativa era de US$ 14,5 bi) em setembro, com exportações de US$ 58,9 bi (28,9% a/a ante expectativa de 27,1% a/a) e importações de US$ 72,9 bi (45,9% a/a ante expectativa de 45,0% a/a). Na Austrália, o emprego ficou estável (a expectativa era de 25 mil) em setembro, levando a taxa de desemprego a ficar estável em 3,5% (a expectativa era de 3,5%). Na China, o PBoC (o BC do país) manteve as taxas base de juros em 3,65% (um ano) e em 4,30% (cinco anos). De acordo com a Bloomberg, o governo chinês discute reduzir de 10 para sete dias a quarentena de Covid-19. Hoje, PPI da Coreia de setembro às 18h e CPI do Japão também do mesmo mês às 20h30.

Na Europa, a inflação acima do esperado na Alemanha, levando os juros alemães na máxima desde 2011, e a tensão política em Londres, meio a temores sobre uma possível queda de Liz Truss, levam as Bolsas à nova queda. Na Alemanha, o PPI subiu 2,3% (expectativa de 1,3%) em setembro, somando 45,8% em 12 meses, máxima da série. Na Zona do Euro, volume de construções pior que a mediana (expectativa de 0,1%), com recuo de 0,6% (2,3% a/a) em agosto. O CPI subiu 1,2% (prévia 1,2%) em setembro, acumulando 9,9% em 12 meses. O núcleo do CPI teve alta de 1,0% (prévia 1,0%), expandindo 4,8% ante o mesmo mês do ano passado. Putin anunciou a imposição de lei marcial nas 4 regiões anexadas (Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhia) na Ucrânia. Na agenda, decisão de juros do CBRT às 8h. L’Oreal e Hermes divulgam resultados após fechamento.

Nos EUA, a cautela com os dados de mercado de trabalho e a alta nos juros, com a taxa das treasuries de 10 anos se aproximando dos 4,20%, leva os futuros à nova queda. As novas construções somaram 1,44 mi (expectativa de 1,48 mi) em setembro, queda de 8,1% (-8,0% a/a) na margem. O Livro Bege de outubro mostrando enfraquecimento da atividade econômica, com dois distritos reportando queda da atividade, mas reforçando que a inflação segue elevada, apesar de moderação, e que as empresas têm tido dificuldades de contratação, o que vem mantendo a pressão salarial. Biden anunciou a venda adicional de 15 mi de barris da reserva estratégica, se comprometendo a recompra se o petróleo atingir US$ 70/barril. Charles Evans (do Fed de Chicago) afirmou que os riscos à inflação seguem assimétricos para cima e que considera apropriada a taxa das Fed Funds entre 4,50% e 4,75%. Neel Kashkari (do Fed Minneapolis) afirmou que vê poucos sinais de ajuste no mercado de trabalho e que o núcleo da inflação não fez pico. Hoje, índice industrial do Fed Filadelfia de outubro e pedidos de seguro-desemprego (dados do último dia 14) às 9h30 e venda de casas usadas (setembro) às 11h. Patrick T. Harker (Fed Filadelfia) discursa às 13h, Philip N. Jefferson (do Fed) às 14h30, Lisa D. Cook (FRB) às 14h45 e Michelle W. Bowman (também do FRB) às 15h05. Resultados do 3T22 de AT&T, Danaher, Philip Morris e Union Pacific após fechamento.

Aqui no Brasil, em dia negativo para as Bolsas globais, penalizadas pela alta nos juros das treasruies, o Ibovespa descolou, impulsionado pelas estatais, fechando aos 116.274 pontos (0,46%), com as petroleiras liderando as altas, em dia de fortes altas no preço do barril. No câmbio, o dólar teve dia de altas disseminadas, que somada à piora nos termos de troca, fez o dólar fechar aos R$ 5,27 (0,42%). Nos juros, a alta das taxas no exterior e a depreciação do câmbio levaram à sessão de alta na curva de DI futuro, que subiu cerca de 8 pontos.

O fluxo cambial foi negativo em US$ 1,8 bi na semana passada, com saídas de US$ 0,2 bi no comercial e de US$ 1,6 bi no financeiro. No ano, a entrada é de US$ 15,3 bi (US$ 16,9 bi em 2021). Tesouro realiza leilão (LTN e NTN-F) às 11h.

Já a pesquisa do Datafolha (apurada de 17 a 19 de outubro) apontou Lula com 49% (anterior 49%) das intenções e Bolsonaro com 45% (anterior 44%). Não sabe/não respondeu em 1% e brancos/nulos em 4%. Já a PoderData (entre dias 16 e 18) mostram Lula com 48% (anterior 48%) das intenções e Bolsonaro, com 44% (anterior 44%). Não sabe/não respondeu em 3% e brancos/nulos em 5%. Há também a Quaest (apurada de 16 a 18 de outubro), que apontou Lula com 47% (anterior 49%) e Bolsonaro com 42% (anterior 41%). Não sabe/não respondeu em 5% e brancos/nulos em 6%.

Fonte: Monitor Mercantil

Halal do Brasil vai investir R$ 15,4 mi em incentivos às exportações para países mulçumanos

O mercado mundial de alimentação halal engloba 1,9 bilhão de consumidores em países muçulmanos, movimenta US$ 1,267 trilhão por ano e tem a perspectiva de crescer 7,1% até 2025, conforme apontou o relatório State of the Global Islamic Economy 2022. Para incrementar esse negócio, a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) se uniram em uma ação para planejar investimentos da ordem de R$ 15,4 milhões em atividades de comércio exterior, nos próximos 30 anos. Dados compilados pela CCAB mostram que, em 2021, o Brasil exportou US$ 16,5 bilhões em alimentos e bebidas para os 57 países da Organização para Cooperação Islâmica (OCI), com participação de 7,2% do total de US$ 230,4 bilhões importados pelo bloco.

Intitulada Hatal do Brasil, a iniciativa – que visa acelerar o processo de inserção internacional das indústrias com produtos halal no mercado mundial, fomentando a cultura exportadora brasileira para mercados islâmicos e não-islâmicos, por meio de um projeto de apoio a negócios internacionais – inclui subsídios a empresas interessadas em adotar a certificação halal para seus produtos. Esse selo atesta a manufatura, conforme as tradições do islamismo, ou seja, na prática ele funciona como um passaporte de acesso a esses mercados.

A iniciativa vai habilitar empresas à exportação de alimentos de valor agregado para países muçulmanos, em um esforço de ampliar a pauta das vendas externas que, hoje, tem sido prevalente em commodities alimentares. Conforme o secretário-geral da CCAB, Tamer Mansour, a meta é habilitar 500 fabricantes de alimentos e bebidas, com produtos de valor agregado no portfólio, e já em fase de internacionalização.

“Queremos ver o Brasil ampliar participação nos países islâmicos com categorias de produtos de valor agregado, principalmente alimentos beneficiados, aproveitando a competitividade no segmento, a longa relação com os mercados islâmicos e a boa reputação do halal brasileiro nesses países, conquistada em função do comércio de proteína, desde os anos 1970”, afirmou Mansour, em comunicado.

De acordo com ele, essas ações promocionais vão priorizar feiras em mercados muçulmanos com destaque – entre os países prioritários e os 22 estados da Liga Árabe – para a Malásia, que observou, no estímulo à produção halal, uma política eficiente de industrialização e de fomento à exportação, sendo ainda uma referência em marketing aplicado ao consumo islâmico.

Segundo a CCAB, essa promoção também vai mirar países com papel importante no mundo muçulmano, como Indonésia, França, Alemanha, Reino Unido e África do Sul, sendo que o primeiro possui a maior população islâmica do mundo e, agora, vem mantendo contato com a proteína brasileira. Já os europeus têm expressivas populações muçulmanas e de alto poder aquisitivo; e a África do Sul vem se firmando como hub halal.

A assessoria da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira salientou que, no campo diplomático, as embaixadas brasileiras nos países-alvo vão buscar diálogo com governos e entidades para promover o halal nacional. “Já estamos nesse caminho com alimentos e bebidas, segurança e defesa, petróleo e gás natural, higiene pessoal e cosméticos, casa e construção”, pontuou o presidente da Apex Brasil, Augusto Pestana, ao comentar sobre a iniciativa Halal do Brasil, em julho passado, durante o Fórum Econômico Brasil-Países Árabes.

Embora as exportações para países muçulmanos tenham posicionado o Brasil na segunda colocação entre os fornecedores de alimentos e bebidas para aquelas nações, figurando atrás somente da Índia, elas ainda são lastreadas em commodities de baixo valor agregado, como açúcar, soja, frango e milho. Isso oferece uma visão mais clara do potencial a explorar nos segmentos de maior beneficiamento. Para Mansour, o avanço do Brasil no mercado islâmico de alimentação ainda esbarra na baixa oferta de produtos processados com certificação halal, o que reforça a necessidade de cooperação entre CCAB e Apex Brasil para fortalecer e estimular a adoção desse selo entre as empresas.

Selo halal
Obrigatório para vários tipos de alimentos importados pelos países da Organização para Cooperação Islâmica (OCI), mas também para outros insumos, o selo halal atesta ao consumidor muçulmano que o produto em questão foi fabricado respeitando suas crenças e preceitos do islamismo. Conforme a CCAB, o selo garante, por exemplo, que o alimento beneficiado é livre de derivados suínos, cujo consumo é vedado ao muçulmano, além de atestar que produtos de origem animal vêm de processos de abate islâmico, com ações para evitar, inclusive, a contaminação cruzada.

O secretário-geral da CCAB acredita que o estímulo à certificação também vai contribuir com o marketing do alimento halal brasileiro, já que nos países muçulmanos esse tipo de produto é associado à produção socialmente responsável e a um estilo de vida saudável. Ainda lembrou que o conceito halal (do árabe, ‘aquilo que é lícito’) estabelece regras tanto para alimentos como artigos de higiene pessoal, cosméticos, medicamentos, moda, entretenimento, turismo e até para o sistema financeiro islâmico. “Se o Brasil estiver disposto a cumpri-las, como já faz com as proteínas, pode se tornar relevante em todos esses segmentos, pois já é uma referência de respeito às crenças muçulmanas, embora muitos brasileiros ainda não saibam”, disse Mansour.

Fonte: Portos e Navios

Estímulos oficiais adiam desaceleração da economia

A esperada desaceleração da economia brasileira vai sendo postergada pelos efeitos dos estímulos concedidos pelo governo. Da mesma forma, o aperto monetário, que chegou ao fim (até segunda ordem), tem sido mitigado pela mesma razão, enquanto que a inflação, excluído o efeito da retirada e diminuição dos impostos sobre combustíveis, cai a uma velocidade menor que o IPCA cheio. O PIB deverá ser positivo no terceiro trimestre e é possível que avance marginalmente no último trimestre do ano.

Acréscimos à renda, eleitoreiros ou não, estão movendo o setor de serviços, que continua puxando o desempenho da economia e produzindo curiosos contrastes. Os indicadores antecedentes e coincidentes de setembro, listados pelo Valor (edição de ontem), estão todos negativos, da produção de veículos às consultas ao SPC, menos um: o índice de confiança do consumidor (FGV), que dá um salto de 6,46%.

Indústria e varejo ampliado tiveram resultado negativo no terceiro trimestre, enquanto que os serviços permanecem crescendo (1,3% em julho, 0,7% em agosto). Como a produção industrial e as vendas do varejo ampliado estão em queda, são os serviços ligados à renda do consumidor os que estão sustentando o crescimento. Ao mesmo tempo, com a demanda relativamente aquecida, a inflação do setor, de 8,5% em 12 meses terminados em setembro, é superior ao IPCA, de 7,2%. “Serviços ainda estão mais fortes que o esperado, sempre surpreendendo para cima”, avalia Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro, da FGV, que prevê crescimento da economia de 2,7% no ano corrente.

Puxam o consumo até agora a redução rápida do desemprego e, mais recentemente, a interrupção da queda dos salários, por seu lado, reforçada pelo recuo da inflação. Depois, os estímulos oficiais de crédito, desonerações, reduções de impostos sobre combustíveis e bens essenciais compõem poderoso impulso às atividades. O Auxílio Brasil concederá até o fim do ano R$ 60 bilhões para 20 milhões de famílias, um acréscimo de R$ 46,5 bilhões em relação ao que seria pago caso o Bolsa Família tivesse sido mantido (a dotação do programa em 2019, último ano em que funcionou em caráter pleno, foi de R$ 33,5 bilhões).

Além disso, há deflação nos preços dos bens administrados, que vem sendo capturada pelos consumidores, como a queda de mais de 30% no preço dos combustíveis. As antecipações dos pagamentos de aposentadoria e liberação do FGTS delineam um conjunto que atinge algo como 2,5% do PIB, um forte estímulo para sustentar a expansão, enquanto durarem. Com tanto apoio, o país está condenado a crescer – por algum tempo.

O Monitor do PIB, feito pela FGV, aponta outro fator de dinamismo: o crescimento dos investimentos (formação bruta de capital fixo). “Houve em agosto forte importação de máquinas e equipamentos”, disse Claudio Considera, economista da FGV. O Boletim Macro aponta um desempenho robusto de outro item da FBCF, o da construção civil, com 6% no terceiro trimestre deste ano ante o terceiro de 2021. Na mesma base de comparação, os serviços avançam 3,7%.

Os dois candidatos à Presidência não desligarão boa parte das fontes de estímulo. Bolsonaro vai manter zerados os impostos federais sobre combustíveis e os R$ 600 para o Auxílio Brasil, uma conta que atinge R$ 100 bilhões. O ex-presidente Lula prometeu manter Auxílio Brasil e isentar de imposto de renda as pessoas que ganhem até R$ 5 mil.

A desaceleração parece inevitável diante das nuvens negras que cobriram o cenário externo, com juros em alta e retração global. No entanto, o maior crescimento em 2022 reverteu a expectativa, antes majoritária, de que 2023 será um ano de recessão. O boletim Focus mostra que a expectativa sobre o PIB do ano que vem teve melhora, de 0,5% há quatro semanas, para 0,59% agora.

Com a política fiscal indo na direção contrária à da política monetária, a inflação tende a cair mais devagar e, talvez, menos. O IPCA recuou basicamente devido aos combustíveis. A média dos núcleos de preços em setembro foi de 10,2%, segundo o Banco Central, ante 7,2% do IPCA. No terceiro trimestre, o IPCA teve deflação acumulada de 1,33%. Excluindo-se energia e gasolina, porém, haveria inflação de 1,35%. O IPCA voltará a subir em outubro, segundo o Monitor, por pressão dos alimentos. Se a inflação de 2024 se desgarrar da meta e a de 2023 não se acomodar no intervalo de tolerância (está em 4,9% no Focus), o BC terá de agir de novo.

Fonte: Valor Econômico

Aço Verde do Brasil lança Certificado de Emissões de CO₂

Visando atender empresas que buscam a redução dos impactos ambientais e a garantia do consumo responsável de recursos, a Aço Verde do Brasil (AVB) lançou seu Certificado de Emissões Equivalentes de CO2 (CECO2).

Emitido para os clientes e parceiros da siderúrgica, o documento atesta o recebimento de um produto de Aço Verde carbono neutro rastreado e certificado, com emprego de fontes renováveis de energia e utilização do biocarbono nos altos-fornos da usina.

O certificado garante ainda que os clientes finais receberam um produto com baixa emissão de CO2.

“O certificado beneficia toda a cadeia, desde a produção até a venda”, afirma Sandro Raposo, diretor de Sustentabilidade e Novos Negócios da AVB.

“Essa iniciativa busca atender um mercado que demanda mais transparência em processos sustentáveis e que reduzam os impactos ambientais”, destaca.

A empresa afirma possuir o melhor indicador brasileiro para emissões de CO2 por tonelada de aço bruto produzido entre 2018 e 2021.

No último ano, a siderúrgica atingiu o valor de 0,02 tCO2 e/t de aço no inventário anual de gases efeito estufa (GEE), enquanto a média global do setor é de 1,84 tCO2 e/t aço.

O inventário segue a metodologia da Worldsteel Association, que por sua vez atende ao Protocolo GHG e à norma ISO 14064, sendo verificado anualmente pela empresa de auditoria externa Société Générale de Surveillance (SGS).

A emissão do Certificado da AVB atesta a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa considerando a produção do aço verde a partir do uso do biocarbono nos altos-fornos, oriundo das florestas plantadas de eucalipto, emprego de fontes renováveis de energia e ausência de combustíveis fósseis nos processos.

A partir esse modelo de produção, a empresa brasileira conquistou o certificado de primeira usina siderúrgica carbono neutro do mundo.

Neste mês, a AVB também recebeu pelo 2º ano consecutivo o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol.

O Selo Ouro certifica o inventário anual de emissões de CO2 pelo alcance do mais alto nível de qualificação, demonstrando que foram cumpridos todos os critérios de transparência para publicação e verificação da emissão de gases do efeito estufa.

A AVB também foi reconhecida pela WorldSteel Association, principal associação global do setor siderúrgico, em função da participação no relatório anual de emissões de CO2 do programa “Climate Action”, integrando, o seleto grupo de empresas (15% das indústrias associadas) que possuem a menor intensidade de emissões no mundo.

“Os membros da WordSteel representam cerca de 85% da produção mundial de aço”, ressalta a companhia.

Fonte: Grandes Construções