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Grupo ABR, referência em ferro e aço, chega a Pouso Alegre

O Grupo ABR, referência no segmento de ferro e aço, inaugurou uma loja em Pouso Alegre no último sábado, dia 22 de outubro. A empresa atua desde 2008 e conta com duas unidades, a primeira em Cambuí/MG e a segunda em Pinheiral/RJ.

Com um amplo mix de produtos, como bobinas, tubos, chapas, perfis estruturais, vergalhões, malhas, treliças, telhas trapezoidais, telhas tipo forro e termoacústica, o Grupo ABR traz soluções para serralherias, construtoras, estruturistas, indústrias, revenda e toda construção civil.

A empresa conta com uma estrutura completa e grande capacidade produtiva, atendendo com excelência as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, garantindo produtos de qualidade, excelentes condições comerciais, atendimento especializado e entregas rápidas, com frota própria e terceirizada.

Para conhecer de perto a nova loja do Grupo ABR e conferir as ofertas do seu parceiraço, basta comparecer na Avenida Pinto Cobra, 850 (ao lado da Pouso Bloco).

Fonte: Assessoria de Imprensa

1ª Feira Metalomecânica do Vale do Aço será nos dias 8 e 9 de novembro

No próximo mês, será realizada na região a ExpoMetal. A 1ª Feira Metalomecânica do Vale do Aço é uma iniciativa do Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Vale do Aço (Sindimiva) e do Arranjo Produtivo Local – APL Metalomecânico, com apoio da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG), informou a assessoria de comunicação da Fiemg.

Serão dois dias de evento na sede da Fiemg, em Ipatinga. A programação terá início no dia 8 de novembro, às 18h, com a palestra Oportunidades de negócios entre o Canadá e o Vale do Aço, com Franz Brandenberger – The Government of Canada Trade Office e participação do vice-presidente industrial da Usiminas, Américo Ferreira Neto, que fará apresentação das Perspectivas de Investimento da Usina de Ipatinga.

Já no dia 9, das 8h às 12h, serão promovidas rodadas de negócios com a participação das empresas já confirmadas: Usiminas, Cenibra, Terninum, SMS Group, Bemisa, Aperam, ArcelorMital e VLI. Em ambos os dias, os visitantes poderão conferir a exposição de produtos e serviços do setor. Para os eventos deste dia, é preciso se inscrever por meio da plataforma sympla.

“Nossa expectativa é grande, afinal é a 1ª feira do setor metalomecânico da região e uma infinidade de oportunidades de geração de negócios, benchmark, troca de experiências em um ambiente de negócios, inovador e a possibilidade de sair da indústria e discutir com clientes e fornecedores”, pontuou João Alves, presidente do Sindimiva.

Mais informações no Sindimiva por meio do telefone: (31) 98311-2967.

Fonte: Diário do Aço

Vale está comprometida a devolver recursos aos acionistas, diz presidente

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou na semana passada, em teleconferência com analistas, que a companhia permanece comprometida a devolver recursos aos acionistas. O executivo citou como exemplos o pagamento de dividendos e a recompra de ações da empresa.

Em setembro, a Vale pagou US$ 3,1 bilhões em dividendos, além de já ter concluído, até outubro, 25,2% do programa de recompra de ações atualmente em vigor, o que equivale à compra de 126 milhões de ações recompradas.

Bartolomeo também destacou que a companhia eliminou este ano cinco barragens a montante, atingindo 12 estruturas, ou 40% do total previsto. “Estamos avançando para ser empresa mais confiável e segura”, disse o executivo.

O vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou que o objetivo da companhia é manter custos e investimentos correntes, em reais, em linha com 2021.

Em linhas gerais, em dólares, o custo unitário de minério de ferro passou de US$ 24,2 por tonelada no segundo trimestre para US$ 22,8 por tonelada entre julho e setembro.

Pimenta ressaltou que houve um aumento de US$ 1,4 por tonelada no afretamento de navios no mercado à vista no terceiro trimestre, mas destacou que “entregamos um trimestre bastante sólido em todos os produtos”.

“Estamos comprometidos com disciplina de capital e com o retorno aos acionistas”, disse Pimenta.

Recuperação da produção em níquel e cobre no 3º trimestre

A vice-presidente executiva de metais básicos da Vale, Deshnee Naidoo, afirmou que a companhia recuperou, no terceiro trimestre, a produção em níquel e cobre, embora tenha havido impacto no resultado financeiro com a queda nos preços.

A produção de níquel subiu 51% do segundo para o terceiro trimestre, atingindo 52 mil toneladas, enquanto a produção de cobre cresceu 33% para 74 mil toneladas.

Ela lembrou que, no níquel, o terceiro trimestre viu o retorno de refinarias após período de manutenção e a conclusão da reforma do forno 4 na Indonésia. No segmento de cobre, houve a manutenção do moinho de Sossego no primeiro semestre e a melhoria do desempenho da planta em Salobo.

Apesar das melhoras operacionais, o resultado dos metais básicos sofreu devido ao congestionamento de portos no Reino Unido, com os desafios para contratação de porta-conteinêres em Vila do Conde e com a gestão de estoques para cumprir compromissos de vendas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) do setor de metais básicos passou de US$ 603 milhões no segundo trimestre para US$ 364 milhões entre julho e setembro. Segundo a Vale, a queda foi reflexo da defasagem entre a produção e as vendas de níquel, com vendas menores que a produção; e o carrego de custos de níquel. Juntas, essas duas razões levaram a perdas de US$ 140 milhões.

Outros impactos relevantes foram o custo de combustíveis e o aumento da produção vinda de terceiros.

Fonte: Valor Econômico

CSN Mineração contrata nota de crédito à exportação no valor de até R$ 430 milhões

A CSN Mineração divulgou que seu conselho de administração aprovou a contratação de nota de crédito à exportação, junto ao Banco do Brasil, no valor de até R$ 430 milhões, com taxa de juros de 118,70% CDI.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:CMIN3) nesta sexta-feira (28).

A operação, que tem prazo de cinco anos, sem que sejam prestadas quaisquer garantias reais ou corporativas de qualquer natureza, foi aprovada em reunião realizada no dia 19 de outubro.

Fonte: ADVFN

Fundo do oceano é o futuro da mineração para materiais de baterias

Empresas de mineração se esforçam para obter matérias-primas localizadas no fundo do oceano para a produção de baterias de veículos elétricos. De acordo com informações do site Automotive News, as mineradoras têm fechado negócios e desenvolvido processos e equipamentos de mineração marítima.

Segundo a reportagem, grandes campos de rochas contêm altas concentrações de níquel, cobalto, cobre e manganês necessários para baterias de EVs. Esses minerais cobrem o que é conhecido como planícies abissais. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, a área representa 70% do fundo do oceano e está localizada a profundidades de mais de 3 mil metros.

Minerais do fundo do mar contêm mais níquel

Do tamanho de batatas, as rochas que cobrem o fundo do mar, chamadas nódulos polimetálicos, contêm muito mais níquel e cobalto do que as reservas terrestres.

Um relatório da revista científica Nature destacou a existência de 274 milhões de toneladas de níquel em uma área de 1,7 milhão de milhas quadradas do Oceano Pacífico, conhecida como Zona Clarion-Clipperton.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos disse que isso pode ser comparado a 95 milhões de toneladas métricas das reservas terrestres conhecidas. Há 44 milhões de toneladas métricas de cobalto no fundo do mar, em comparação com 7,5 milhões em terra.

Regulação da mineração no oceano

A mineração no fundo do mar ainda não ocorre em escala, mas uma das vantagens esperadas pelas empresas é que o processo inclui o carregamento de minério em navios, o que economiza etapas na cadeia de suprimentos.

O cobalto, por exemplo, é extraído na República Democrática do Congo e depois enviado para a África do Sul, onde é enviado para a China para processamento. O metal então vai para fábricas de baterias na Europa e nos Estados Unidos.

A maioria das mineradoras estão de olho na Zona Clarion-Clipperton, localizada entre o México e o Havaí, dada a proximidade com o mercado norte-americano.

A região é supervisionada pela Autoridade Internacional de Fundos Marinhos, estabelecida em 1994 pela Lei do Mar da Convenção das Nações Unidas. Nos últimos 20 anos, a autoridade concedeu 19 licenças de exploração a várias empresas internacionais.

Agora, a supervisão trabalha para desenvolver um código de mineração que definirá um regulamento para guiar a exploração de recursos minerais no fundo do mar.

Impasse sobre impacto ambiental

À medida que as empresas de mineração desenvolvem equipamentos, realizam testes e trabalham com pesquisadores oceânicos para avaliar as implicações ambientais, outras estão organizando a oposição.

Especialistas alegam que a mineração do fundo do mar é menos problemática dada a localização dos recursos e suas questões ambientais, geopolíticas e trabalhistas associadas. Já  grupos ambientalistas querem desacelerar a corrida até que se saiba mais sobre os impactos desse tipo de mineração.

Em 2021, a ong internacional World Wide Fund for Nature pediu na justiça um adiamento da mineração do fundo do mar para que fosse possível avaliar os prejuízos ao oceano.

BMW, Volkswagen, Volvo, Google e Samsung assinaram o pedido e se comprometeram a não usar minerais do fundo do mar. Outros grupos, como Greenpeace e Pew Charitable Trusts, pediram a interrupção da mineração no fundo do mar até que o impacto ambiental seja entendido.

Empresas já exploram minério do fundo do mar

Por outro lado, há organizações que apoiam ativamente a mineração do fundo do mar devido ao seu potencial econômico. A Autoridade de Minerais do Fundo do Mar das Ilhas Cook concedeu três licenças de exploração a empresas de mineração este ano.

A nação de Nauru, nas ilhas do Pacífico, planeja solicitar à Autoridade Internacional do Fundo do Mar autorização para extração comercial de nódulos polimetálicos a partir de 2023.

Já em outubro, a Metals Co. de Vancouver, Canadá, anunciou que obteve suceso em seus testes com a coleta de nódulos polimetálicos do fundo do mar na Zona Clarion-Clipperton. Em conjunto com a empreiteira Alieseas, uma offshore suíça, a mineradora usou grandes aspiradores e um tubo de 2 milhas para transportar 15 toneladas de nódulos para um navio.

A subsidiária da Metals Co, Nauru Ocean Resources, planeja enviar os resultados dos testes à autoridade para processamento regulatório e de permissão.

Fonte: Automotive Business

Usiminas vê sobreoferta de aço da China e tendência de queda de custo no 4º tri

O mercado internacional está com excesso de oferta de aço por siderúrgicas da China, que têm praticado margens negativas, e pressionado os preços da liga no exterior, afirmaram executivos da Usiminas nesta sexta-feira.

A companhia no momento trava negociações de contratos de fornecimento com montadoras de veículos para o próximo ano e avalia que o nível de reajuste nos preços não será tão intenso quanto o ocorrido no início deste ano em que houve aumentos de 60% a 70%.

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“A situação atual do mercado é desafiadora e o setor siderúrgico está com margens comprimidas com sobreoferta de produto chinês com margens negativas”, disse o diretor comercial da Usiminas, Miguel Camejo, em teleconferência com analistas.

A companhia divulgou mais cedo queda no lucro do terceiro trimestre sobre um ano antes, pressionada por alta de custos, mas o desempenho veio acima do esperado pelo mercado.

Apesar disso, as ações da principal fornecedora de aço para o setor automotivo do Brasil exibiam queda de 4,3% às 14h20, enquanto o Ibovespa recuava 0,3%.

Com a pressão externa, produtores nacionais têm mais dificuldade para impor reajustes de preços a seus produtos. Nesta semana, o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, citou um mercado nacional reticente diante da expectativa em torno das eleições e disse que os preços da liga no país tendem a ficar estáveis no final deste ano, “com viés de queda”.

“Não faz sentido tomarmos isso (preços praticados pela China) como referência…Temos 60 dias para concluirmos as negociações com as montadoras e vamos chegar a acordos para continuarmos sendo o fornecedor mais importante para o setor automotivo”, disse Camejo. Ele acrescentou que o preço médio dos produtos da Usiminas em setembro ficou 5% abaixo da média do terceiro trimestre.

A situação manterá a Usiminas, que tradicionalmente foca no mercado interno, na busca por exportações no quarto trimestre, até pela sazonalidade, visto que montadoras já estão anunciando férias coletivas para o final de dezembro. “Estamos focados em produtos de alto valor agregado para termos margens mais razoáveis no mercado de exportação”, disse Camejo.

A Usiminas iniciou no terceiro trimestre o processo de formação de estoque de placas de aço para lidar com a reforma geral do enorme alto forno 3 da usina em Ipatinga (MG). O equipamento será paralisado em abril e a reforma vai levar 110 dias, disseram executivos da companhia.

Mas o diretor financeiro da Usiminas, Thiago Rodrigues, afirmou que a companhia, que elevou o estoque em 83 mil toneladas no terceiro trimestre, espera uma redução no custo de aquisição de placas nos três últimos meses do ano.

Até o final de dezembro, disse Camejo, a Usiminas deverá ter montado 50% do estoque de placas que estima que vai precisar para atender a demanda durante a parada do alto forno 3, que vai impactar a produção do equipamento em 650 mil a 700 mil toneladas.

Rodrigues afirmou que a alavancagem da empresa, que terminou setembro em 0,14 vez ante 0,05 vez no segundo trimestre, vai subir em 2023 por conta dos investimentos no alto forno e na montagem do estoque, mas que a relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado não vai superar os covenants de 3,5 vezes estabelecidos junto a credores.

Fonte: Reuters

Usiminas tem queda no lucro no 3° tri, mas resultado vem acima do esperado

A siderúrgica Usiminas divulgou nesta sexta-feira um lucro líquido de 609 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 67% em relação a igual período do ano anterior, mas acima das estimativas de analistas de lucro de 369,9 milhões de reais, segundo pesquisa da Refinitiv.

A receita líquida atingiu 8,43 bilhões de reais no trimestre, um recuo de 7%, embora também um pouco acima das estimativas, enquanto as vendas de aço caíram 12% ante um ano antes, para 1,05 milhão de toneladas.

Paralelamente, a Usiminas divulgou projeção de vendas de aço para o quarto trimestre entre 850.000 e 950.000 toneladas, enquanto reduziu a estimativa de despesas financeiras líquidas em 2022 de 150 milhões para 50 milhões de reais.

Usiminas planeja ápice de contratações em Ipatinga em março de 2023
Companhia se prepara para as reformas no Alto-Forno 3, no Vale do Aço, que deve gerar 8 mil postos de trabalho

Ipatinga, no Vale do Aço, e berço da Usiminas, deve observar uma intensa movimentação econômica no primeiro trimestre do ano que vem com o avanço das reformas do Alto-Forno 3, instalado na usina da siderúrgica na cidade. A previsão é que até a conclusão das atividades sejam investidos R$ 2,7 bilhões, conforme a companhia, que projeta gerar 8 mil vagas de emprego diretas e indiretas.

Em entrevista à reportagem de O TEMPO nesta sexta-feira (28), para comentar os resultados obtidos pela companhia no terceiro trimestre deste ano, o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Usiminas, Thiago Rodrigues, citou os números alcançados pela companhia e as previsões de investimento.

O lucro líquido obtido no período foi de R$ 609 milhões, enquanto o Ebitda Ajustado Consolidado foi de R$ 835,6 milhões, contra R$ 1,9 bilhão do trimestre anterior. De julho a setembro, foram vendidas 1,05 milhão de toneladas de aço. Destaque, ainda, para os investimentos realizados durante esse período, de R$ 604 milhões.

“Nós tivemos uma questão que foi o custo da siderurgia, que está afetando todas as siderúrgicas. O maior efeito veio do preço de matérias primas. No terceiro trimestre os preços mais altos eram o de placas e coque. Mas mesmo com esse cenário de margens mais apertadas, que não deve mudar muito no próximo trimestre, a Usiminas confirma a manutenção de investimentos e geração de empregos”, assinalou Thiago.

Em Ipatinga, conforme o vice-presidente,  já foram contratados mais de 70 fornecedores da região do Vale do Aço. Os contratos somam, aproximadamente, R$ 700 milhões para fornecimento de mão de obra, já que a maioria dos equipamentos e suprimentos utilizados são importados. “Aproximadamente 3 mil dessas 8 mil vagas são contratações da Usiminas Mecânica, e aí a grande parte são técnicos de mecânica, elétrica, engenheiros e pessoas mais qualificadas”, sinalizou o gestor.

As reformas no Alto-Forno 3 já estão ocorrendo, com a chegada e montagem de equipamentos na planta da empresa. O pico de contratações deve ser em março e abril do ano que vem, quando as operações do forno serão paralisadas por 110 dias para a execução dos trabalhos. A previsão é que a operação seja retomada até agosto com outros investimentos sendo mantidos pela empresa até 2024.

“O forno está operando há 20 anos, é preciso ter cuidados especiais para ele operar com maior estabilidade. Precisa reduzir o volume de produção, colocar mais combustível para manter aquecido, usar uma carga no forno que não é a melhor. E quando retornar com o novo forno, que estará zero quilômetros, a gente entende que vamos ter uma capacidade de volume de produção maior que hoje, com mais estabilidade e menor custo”, detalhou Thiago Rodrigues.

No terceiro trimestre, a Usina de Ipatinga alcançou uma produção de 660 mil toneladas de aço. A produção de laminados nas usinas de Ipatinga e Cubatão no período também manteve volumes similares aos registrados no segundo trimestre, de cerca de 1 milhão de toneladas.

Já o volume de vendas totais no terceiro trimestre do ano, de cerca de 1 milhão de toneladas, ficou alinhado com o limite superior à projeção fornecida pela companhia para o período.  Por mercado, as vendas internas no terceiro trimestre atingiram 938 mil toneladas e as exportações, cerca de 109 mil toneladas.

Além dos aportes em Ipatinga, a Usiminas deve finalizar um ano com um investimento em torno de R$ 2,05 bilhões nas plantas da empresa. No terceiro trimestre foram aplicados cerca de R$ 600 milhões em investimentos e até o final do ano outros R$ 700 milhões estão previstos. Para o ano que vem, a companhia prevê o emprego de R$ 2,4 bilhões.

Com agências de notícias (Reuters e O Tempo)

 

Fonte: Infomet

Usiminas analisa nova linha de aços revestidos e inicia renegociação com montadoras

A Usiminas segue analisando novas oportunidades de negócios e considera uma nova linha de aços revestidos, disse o vice-presidente comercial da empresa, Miguel Homes, em teleconferência.

“Continuamos analisando oportunidades de mercado. Analisamos nova linha de aços revestidos, e teremos definição nos meses seguintes”, disse ele.

Ao mesmo tempo, a companhia iniciou as renegociações de contratos que terminam em dezembro com o setor automotivo, mas as conversas ainda estão em fase preliminar e não há definições sobre reajustes, disse Homes.

“O ajuste e tempo de vigência dos contratos serão analisados em conjunto com os clientes”, afirmou ele. Segundo Homes, os contratos que finalizam em dezembro representam de 20% a 25% do volume de vendas ao setor automotivo.

“Temos 60 dias para continuar as negociações e vamos chegar a um acordo para continuarmos sendo fornecedor de aços planos para o mercado automotivo brasileiro”, afirmou. “Vamos continuar monitorando as variáveis que fazem parte das negociações.”

Já os contratos que terminam em abril ainda não estão sendo renegociados e as conversas devem começar no ano que vem, mais perto da data de encerramento, de acordo com Homes.

Ao ser questionado se haverá reajuste negativo, o diretor disse que os contratos seguem a tendência do mercado internacional, e os preços estão caindo.

Homes destacou que o cenário econômico internacional segue desafiador, com o siderúrgico operando com margem comprimida. Segundo ele, a China está levando ao mercado uma sobreoferta de produto com margem negativa, mas isso não deve se manter no futuro. “Não podemos tomar como referência as condições do mercado atual”, disse.

Com relação ao setor de distribuição, ele disse que os reajustes não serão da mesma magnitude, pois tratam-se de produtos e serviços diferentes.

O diretor disse ainda que a demanda automotiva está estável de modo geral, com o mercado externo focado no segmento e com o mercado regional apresentando sazonalidades típicas desta época do ano, com demanda aquecida.

Desafios

O diretor-presidente da empresa, Alberto Ono, destacou que a Usiminas tem grandes desafios pela frente, que incluem a descarbonização e avançar sua agenda de práticas sociais, ambientais e corporativas (ESG, na sigla em inglês).

Para o ano que vem, Ono destacou a reforma do Alto Forno 3, que está prevista para ser iniciada em abril, no que classificou como o maior evento da empresa em termos de investimento, visando a garantir a sustentabilidade da operação de Ipatinga nas próximas décadas.

“Apesar do cenário mais desafiador para a economia nacional e mercados siderúrgicos, trabalhamos para garantir a sustentabilidade de nossas operações”, afirmou o diretor-presidente. Ono destacou que a Usiminas está completando 60 anos, e tem um trabalho bastante intenso na busca da sustentabilidade das operações no curto, médio e longo prazo.

Ele disse ainda que o terceiro trimestre, no geral, contou com a uma mudança de cenário expressiva nos principais negócios da empresa, de siderurgia e mineração, em um contexto bem diferente do primeiro semestre, o que foi refletido nos resultados.

O vice-presidente de finanças e relações com investidores da Usiminas, Thiago Rodrigues, disse o trimestre foi marcado por uma pressão grande no custo, com destaque para o preço das matérias-primas. “O efeito foi muito grande de preço neste trimestre, e a perspectiva é de reversão desse efeito no quarto trimestre”, disse ele.

Rodrigues disse ainda que a Usiminas teve redução grande de Ebitda, com a queda de 6% em volume de vendas, menor demanda de mercado local, resultado impactado pela queda do preço do minério. Já o capital de giro aumento, como esperado, na medida em que a empresa começou a compor estoques de placas para a reforma do Alto Forno 3.

Segundo Homes, a reforma terá impacto de 700 mil toneladas de placa. “Até dezembro teremos acumulado 50% das placas que serão requisitos para atender a demanda com a parada do Alto Forno 3”, disse ele. A Usiminas reiterou meta de investimentos de R$ 2,05 bilhões para 2022.

Fonte: Valor Econômico

Indústria do aço deve contrair 2,3% em 2022, estima World Steel Association

A World Steel Association divulgou  uma atualização de seu Short Range Outlook (SRO) para 2022 e 2023. A entidade prevê que a demanda por aço se contrairá 2,3% em 2022 para atingir 1.796,7 Mt após aumentar 2,8% em 2021. A demanda por aço em 2023 terá uma recuperação de 1,0% para atingir 1.814,7 Mt. A previsão atual representa uma revisão para baixo em relação à previsão anterior, refletindo a repercussão da inflação persistentemente alta e do aumento das taxas de juros globalmente. A alta inflação, o aperto monetário e a desaceleração da China contribuíram para um 2022 difícil, mas a demanda por infraestrutura deve aumentar ligeiramente a demanda por aço em 2023.

Comentando as perspectivas, Máximo Vedoya, CEO da Ternium e presidente do Comitê de Economia do Worldsteel, disse: “a economia global é afetada pela inflação persistente, aperto monetário dos EUA, desaceleração econômica da China e as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia . Os altos preços da energia, o aumento das taxas de juros e a queda da confiança levaram a uma desaceleração nas atividades dos setores que utilizam o aço. Como resultado, nossa previsão atual para o crescimento da demanda global por aço foi revisada para baixo em comparação com a anterior. A perspectiva para 2023 depende do impacto do aperto das políticas monetárias e da capacidade dos bancos centrais de ancorar as expectativas de inflação. Particularmente, as perspectivas da UE estão sujeitas a mais riscos de queda devido à alta inflação e à crise de energia que foram exacerbadas pela guerra Rússia-Ucrânia”.

O impacto da guerra

O ambiente econômico global deteriorou-se significativamente em 2022, à medida que o risco de inflação se materializou totalmente, juntamente com outros grandes ventos contrários, como a guerra Rússia-Ucrânia e os bloqueios da China. A guerra Rússia-Ucrânia exacerbou a pressão inflacionária que foi desencadeada pelos desequilíbrios de oferta e demanda pós-bloqueio, à medida que a guerra interrompeu o fornecimento de energia e alimentos e interveio na normalização das cadeias de suprimentos. Em particular na Europa, onde a dependência do fornecimento de gás russo é alta, as atividades econômicas, bem como a confiança, são fortemente afetadas pela crise energética.

Os aumentos agressivos das taxas de juros do Fed e o dólar forte estão impulsionando os riscos de recessão nos EUA e terão um efeito cascata para o resto do mundo por meio de saídas de capital nas economias emergentes, aumentando o estresse financeiro dos países endividados e consumidores. O aumento das taxas de juros e a alta inflação afetarão o investimento e os gastos do consumidor e prejudicarão setores intensivos em aço, como construção, maquinário e bens de consumo duráveis.

Os problemas da cadeia de suprimentos diminuíram um pouco em 2022, mas continuaram a restringir as atividades de produção à medida que surgiram novas interrupções. Supondo que a guerra não termine em breve e a China continue mantendo sua rígida política de contenção da Covid por enquanto, os gargalos de oferta não se dissiparão completamente, apesar da desaceleração da demanda.

A incerteza permanece elevada para a economia global e o equilíbrio de riscos é amplamente distorcido para o lado negativo. Entre eles estão o efeito do aperto monetário, a continuação da inflação, a direção da economia chinesa e sua política de Covid, a potencial crise de abastecimento de gás na Europa e o agravamento da guerra russo-ucrânia com consequências inesperadas.

China

A recuperação da demanda chinesa por aço no final de 2021 foi revertida no segundo trimestre de 2022, pois os repetidos bloqueios da Covid levaram a um arrefecimento drástico da economia chinesa. A queda no mercado imobiliário se aprofundou, com o investimento em imóveis desacelerando para o pior em 30 anos.

Todos os principais indicadores do mercado imobiliário estão em território negativo, com a área em construção contraindo pela primeira vez em sua história moderna. Apesar dos esforços do governo para impulsionar o mercado imobiliário, não se espera uma grande reviravolta, uma vez que a confiança dos compradores continua fraca devido às medidas rígidas do Covid e falências de desenvolvedores. O investimento em infraestrutura está se recuperando devido a medidas governamentais e fornecerá algum suporte à demanda por aço no final de 2022 e 2023. No entanto, enquanto o setor imobiliário permanecer deprimido, será difícil que a demanda por aço se recupere significativamente.

A demanda por aço na China contraiu 6,6% nos primeiros oito meses de 2022. Para todo o ano, a demanda por aço deve cair 4,0% com o baixo efeito base do segundo semestre de 2022. Em 2023, novos projetos de infraestrutura e um uma leve recuperação no mercado imobiliário pode evitar uma maior contração da demanda por aço. Espera-se que a demanda de aço em 2023 permaneça estável sob a suposição de que pequenas novas medidas de estímulo serão introduzidas e as medidas de bloqueio serão amplamente removidas no final de 2022. Existem riscos significativos de queda se essas premissas não forem atendidas. A desaceleração da economia global representa um risco negativo adicional para a China.

Países desenvolvidos

A recuperação da demanda por aço nas economias desenvolvidas sofreu um grande revés em 2022 devido à inflação sustentada e aos gargalos duradouros do lado da oferta. A guerra na Ucrânia deu mais impulso às questões de inflação e cadeia de suprimentos. Em particular, a UE enfrenta condições económicas difíceis com inflação elevada e crise energética. O sentimento está diminuindo e as atividades industriais estão esfriando acentuadamente em direção a um declínio, já que os altos preços da energia estão forçando o fechamento das fábricas.

A demanda de aço na UE deverá contrair 3,5% em 2022. Com uma melhoria imediata na situação do fornecimento de gás não à vista, a demanda de aço na UE continuará a contrair em 2023 com um risco significativo de queda em caso de inverno rigoroso ou novas interrupções no fornecimento de energia. Os riscos financeiros decorrentes de dívidas públicas elevadas e crescimento lento na China representam mais riscos negativos para a UE. Há também possíveis consequências de longo prazo para a estrutura da economia e, portanto, para a demanda de aço, se as restrições econômicas continuarem no nível atual. Por outro lado, se a guerra Rússia-Ucrânia terminar mais cedo do que o esperado, há um potencial positivo.

A recuperação sustentada e forte da economia dos EUA do choque da pandemia está chegando ao fim, à medida que o Fed busca aumentos agressivos de juros para conter a inflação. Espera-se que as atividades manufatureiras esfriem acentuadamente graças ao ambiente econômico fraco, dólar forte e mudança de gastos de bens para serviços.

No entanto, espera-se que o setor automotivo mantenha o impulso positivo devido à demanda reprimida e ao alívio das restrições da cadeia de suprimentos. O setor de construção enfrentará dificuldades devido à flexibilização do boom imobiliário e à recuperação atrasada do setor não residencial devido ao aumento do custo dos materiais e às altas taxas de juros. A nova Lei de Infraestrutura, no entanto, impulsionará fortemente o investimento em infraestrutura, e o aumento do investimento no setor de energia apoiará o crescimento da demanda por aço, apesar do enfraquecimento da economia. No geral, a demanda por aço dos EUA não deve se transformar em uma contração.

A recuperação da demanda de aço no Japão enfraqueceu, pois o aumento do custo dos materiais e a escassez de mão de obra levaram a atrasos na construção. No entanto, com o apoio dos setores de construção e máquinas não residenciais, a demanda por aço continuará sua recuperação moderada em 2022. O crescimento na indústria automotiva com o alívio das restrições da cadeia de suprimentos permitirá uma recuperação contínua da demanda de aço em 2023.

A perspectiva de demanda de aço para a Coreia do Sul piorou e deve cair em 2022 devido à contratação de investimentos e construção de instalações. A recuperação em 2023 será liderada pela flexibilização dos gargalos da cadeia de suprimentos de automóveis e uma perspectiva aprimorada para entregas e construção de navios. No entanto, a recuperação da manufatura será limitada devido à fraca economia global.

Tanto o Japão quanto a Coréia enfrentam riscos negativos devido à piora das perspectivas econômicas globais, já que seus setores que usam aço têm uma alta exposição às exportações.

A demanda por aço no mundo desenvolvido cairá 1,7% e se recuperará 0,2% em 2022 e 2023, respectivamente, após se recuperar 16,4% em 2021 da queda pandêmica de 12,3%.

Economias em desenvolvimento 

Muitas economias em desenvolvimento, especialmente as importadoras de energia, estão experimentando inflação mais aguda e ciclos de aperto monetário que começaram antes das economias desenvolvidas. O setor de construção é afetado pela alta inflação, seja diretamente por meio de altas taxas de juros e custos de materiais, ou pela redução do espaço orçamentário do governo para projetos de infraestrutura devido aos gastos com medidas de alívio da inflação.

Ainda assim, as economias asiáticas em desenvolvimento de rápido crescimento, como a Índia e a Ásia, manterão um alto crescimento, sustentado pela força estrutural da economia doméstica.

Apesar dos ventos contrários globais, a demanda por aço da Índia mostrará alto crescimento devido ao forte consumo urbano e gastos com infraestrutura, o que também impulsionará a demanda por bens de capital e automóveis, entre outras coisas.

Na região da Ásia, a demanda por aço teve um início lento de recuperação da pandemia, com a recuperação da construção atrasada. No entanto, em 2022, a demanda por aço da região vem apresentando forte crescimento à medida que os governos estão pressionando por projetos de infraestrutura. Prevê-se um crescimento particularmente forte na demanda de aço na Malásia e nas Filipinas.

Por outro lado, os países da América do Sul e Central terão uma grande desaceleração na demanda de aço, uma vez que a região enfrenta desafios de um ambiente de alta inflação. Além da alta inflação e do aumento das taxas de juros no mercado interno, o aperto monetário dos EUA colocará pressão adicional sobre os mercados financeiros. Após uma recuperação excepcional em 2021, a demanda por aço em muitos países da América do Sul e Central sofrerá uma contração em 2022, com significativa desestocagem e desaceleração da construção.

Na região do Oriente Médio, a demanda por aço continua resiliente devido aos países exportadores de petróleo se beneficiarem dos altos preços do petróleo e dos megaprojetos de infraestrutura no Egito. No entanto, os altos preços do petróleo não levaram a um grande aumento nos novos projetos de construção nos países do GCC, já que os governos estão tentando construir amortecedores fiscais.

Na Turquia, a depreciação da lira e a alta inflação estão prejudicando suas atividades de construção, levando a uma contração da demanda por aço em 2022 e apenas uma recuperação limitada em 2023.

Apesar das pesadas sanções impostas à Rússia, a demanda por aço deverá contrair menos do que o previsto no início da guerra, principalmente devido aos altos preços do petróleo e às medidas de apoio do governo à construção. No entanto, os setores automobilístico e de máquinas sofreram uma forte contração devido à sua alta dependência de peças e componentes importados. Em 2023, espera-se que a demanda por aço tenha uma contração mais profunda à medida que as sanções se tornam mais fortes ao longo do tempo. A demanda por aço na Ucrânia assolada pela guerra contraiu mais de 50% em 2022, mas espera-se uma recuperação parcial em 2023 devido às atividades de reconstrução.

Construção

A recuperação pós-bloqueio na atividade de construção foi prejudicada primeiro por gargalos de fornecimento e depois pelo aumento dos custos de materiais. A atividade global de construção está enfrentando novos desafios nos próximos anos, à medida que as taxas de juros começam a subir em muitas regiões pela primeira vez desde a crise financeira global. As perspectivas de construção residencial deteriorou-se consideravelmente devido ao aumento dos custos de financiamento, poder de compra reduzido e confiança fraca. Por outro lado, apesar dos ventos contrários, a infraestrutura continua sendo um ponto positivo em muitas regiões, pois os governos estão se concentrando em projetos de infraestrutura.

Na China, o mercado imobiliário continua deprimido e não se espera uma forte recuperação devido à baixa confiança dos compradores. Com algumas medidas de relaxamento no mercado imobiliário esperadas, é provável uma ligeira melhoria em 2023. O investimento em infraestrutura pode ter um impulso mais positivo, já que o governo chinês está contando com investimentos em infraestrutura para apoiar a economia fraca.

Nos EUA, espera-se que a nova Lei de Infraestrutura impulsione fortemente o investimento em infraestrutura, apesar da deterioração do ambiente econômico geral. O boom da construção residencial está desaparecendo em meio aos altos custos de construção, aumento das taxas de hipoteca e preços elevados das casas. O aumento acentuado das taxas de juros atrasará a recuperação do setor não residencial.

Na UE, as atividades de construção estão geralmente enfraquecendo em meio a altos custos de materiais, escassez de materiais, aumento das taxas de juros e queda da confiança. A Itália, por sua vez, teve um forte crescimento da construção em 2022, com incentivos do governo, mas as perspectivas futuras são incertas.

No Japão, projetos de engenharia civil associados a programas de prevenção de desastres naturais apoiarão a demanda de aço para construção.

Na Índia, um forte impulso para infraestrutura, incluindo estradas e projetos de metrô, continuará impulsionando a demanda por aço. O desenvolvimento da infraestrutura urbana também impulsionará a recuperação do setor residencial.

Em toda a Ásia, os governos estão se concentrando em retomar projetos de infraestrutura atrasados ou interrompidos. Ainda assim, o aperto da política monetária e o aumento dos custos podem prejudicar o crescimento da construção residencial na região.

O México está enfrentando uma recuperação muito fraca na construção: o setor não deve atingir níveis pré-pandemia em 2023. No Brasil, o setor de construção também está desacelerando após um forte desempenho no primeiro semestre de 2022.

Nos países do GCC, os esforços de amortização orçamentária estão atrasando novos projetos no curto prazo, mas os altos preços do petróleo levarão a mais atividades de construção no futuro próximo.

Automotivo

A recuperação da indústria automobilística global continuou durante o primeiro semestre de 2022 em meio aos ventos contrários em grande parte relacionados às restrições do Covid-19 na China e às interrupções persistentes da cadeia de suprimentos. Nos EUA, a produção de veículos leves está pronta para um movimento ascendente contínuo, desde que os gargalos de oferta continuem a diminuir, mesmo com a desaceleração acentuada do setor manufatureiro mais amplo.

No México, após um fraco desempenho em 2021, espera-se que a produção de automóveis mostre um forte crescimento em 2022 e 2023 devido ao alívio gradual da escassez de semicondutores. Na Índia, o impulso para a produção de automóveis de passageiros é forte e espera-se que permaneça saudável com fortes carteiras de pedidos e melhoria da oferta de microchips. Na Coreia do Sul, espera-se que a produção de automóveis mostre crescimento à medida que os bloqueios na China e as interrupções na cadeia de suprimentos são um pouco aliviados.

Enquanto isso, na Alemanha e no Japão, a recuperação está ocorrendo em um ritmo mais lento, com melhorias mais visíveis esperadas em 2023. Na Rússia, a produção de carros de passeio caiu com a demanda fraca e a escassez cada vez mais severa de componentes.

Mais recentemente, as interrupções na cadeia de suprimentos estão ficando menos agudas e espera-se que a situação mostre melhorias adicionais em 2023. No entanto, o aumento da inflação e, especialmente, os preços da energia estão apertando os orçamentos das famílias, enquanto o aumento das taxas de juros torna os carros menos acessíveis. A fraqueza potencial do lado da demanda pode enfraquecer a recuperação da produção.

No entanto, a produção e as vendas de VEs vêm ganhando força, principalmente na China e na Europa. Na China, a produção de veículos elétricos saltou 120,0% para 3,28 milhões de unidades, respondendo por 22,5% da produção total de veículos nos primeiros sete meses de 2022.

Fonte: ABM Notícias

Indústrias preveem investimentos no Estado

Grandes indústrias estão implementando novos investimentos no Estado. Destaque para o município de Aracruz, com o Porto da Imetame, nova fábrica da Suzano e a construção do navio-plataforma da Petrobras no estaleiro Jurong.

O grupo Imetame está investindo no porto na Barra do Riacho, que terá calado de até 20 metros. O porto está em construção, para entrar em operação a partir de 2024.

De acordo com a empresa, o objetivo é o porto se tornar um hub port, aproveitando as limitações de calado de Santos.

O porto terá capacidade de receber navios que transportam 150 mil toneladas de carga e que, hoje, não operam na costa brasileira. O maior navio que Santos está apto a receber transporta até 90 mil toneladas.

A Suzano está viabilizando a implantação da nova fábrica de papel tissue (base para papel-higiênico e toalha), em Aracruz junto a prefeitura. Serão criados 500 empregos diretos e indiretos.

A empresa está em trâmites de oficializar junto ao município um pedido de tratamento tributário diferenciado durante a construção civil de instalação da fábrica.

“Nós também temos muito interesse nesse projeto e queremos que essa planta seja instalada aqui”, afirma o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico José Eduardo Azevedo.

Também em Aracruz, o estaleiro Jurong vai construir para a Petrobras o navio-plataforma P-82, com 6 mil empregos de 2023 a 2026.

A unidade, que será construída no ano que vem, é classificada pela Petrobras como uma das mais modernas do mundo. O navio do tipo FPSO terá sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo.

Em Anchieta, a Samarco planeja reativar a Terceira Usina de Pelotização em Ubu a partir do próximo ano, em uma retomada gradual de sua capacidade produtiva.

Hoje, a empresa opera com 26% da capacidade, mas segundo o plano estratégico, até 2026, esse percentual deverá ser dobrado e, até 2029, toda a capacidade produtiva estará disponível.

A Vale vai inaugurar em 2023 sua fábrica de briquete verde, produto desenvolvido ao longo de quase 20 anos, que poderá reduzir em até 10% a emissão de gases do efeito estufa na produção de aço.

Serão duas usinas, sendo que uma deve entrar em operação no final do primeiro semestre e a outra no fim do ano, segundo a Vale.

Imetame

O porto na Barra do Riacho terá calado de até 20 metros. O porto está em construção, para entrar em operação em um ano e meio.

Com 1 milhão de metros quadrados de área total, o porto contará com infraestrutura inicial para movimentar 300 mil contêineres por ano.

Suzano

A previsão é que as obras da fábrica de papel tissue se comecem em 2023 e finalizem em 2024. A empresa diz que serão criados cerca de 300 empregos durante a execução da obra, além de outros 200 empregos. A unidade produzirá até 60 mil toneladas anuais desse papel.

Jurong

Em acordo entre a Petrobras e o estaleiro Jurong, em Aracruz, para a construção do navio-plataforma P82, a previsão é de criar até 6 mil empregos entre 2023 e 2026. A P-82 será um dos maiores FPSO’s a operar na indústria global offshore, com capacidade de produzir até 225 mil barris de petróleo por dia.

Samarco

A empresa planeja reativar a Terceira Usina de Pelotização a partir do próximo ano, em uma retomada gradual de sua capacidade produtiva.

Vale

A fábrica de briquetes verdes, que devem começar a operar em 2023 na unidade de Tubarão, em Vitória. O briquete verde pode reduzir até 10% a emissão de poluentes.

Fonte: Tribuna Online