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Paulo Baraona assume presidência da FINDES

“Perseguiremos o bom ambiente de negócios por todo o Estado, dando protagonismo aos sindicatos e a todas as nossas microrregiões. Trabalharemos para que tenhamos cada vez mais condições de competir, de contar com um ambiente regulatório que garanta segurança jurídica, de acessar crédito a custos competitivos e usufruir de uma infraestrutura adequada”, afirmou o novo presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona, em seu discurso de posse, nesta quinta-feira (25), em Vitória.  

Mais conhecido como Paulo Baraona, o empresário foi eleito no dia 25 de abril e estará à frente da Federação até julho de 2028, sucedendo a presidente da Gestão 2020-2024, Cris Samorini. Sua diretoria é composta por 20 membros, distribuídos em Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Delegados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).   

Durante a solenidade que aconteceu no Cerimonial Le Buffet, o empresário reforçou durante a sua fala o compromisso e a disposição da gestão em estimular o debate entre os diversos setores e instituições e lembrou o bom relacionamento que a FINDES tem com o setor produtivo e com o poder público.

“O respeito e a parceria que esta Federação criou com os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário têm sido fundamentais para avançarmos em discussões e pautas que são decisivas para o crescimento das empresas e a melhoria de vida dos capixabas”, diz Paulo Baraona, presidente da FINDES.

Baraona também destacou pontos determinantes para que o Estado e o país se desenvolvam por meio da indústria. Entre eles estão a implementação das seis missões que a Nova Indústria Brasil (NIB) elenca, a reforma tributária, a reforma administrativa, a Agenda ESG, a qualificação de mão de obra e a melhoria constante do ambiente de negócios. 

“Com a Nova Indústria Brasil, a NIB, passamos a ter um caminho estruturado para resgatarmos o protagonismo da indústria e revertermos o processo de desindustrialização precoce vivido pelo Brasil a partir dos anos 1980… Além disso, vivemos um momento de muitas transformações, o que nos exige também novas formas de gerir e de buscar soluções para a nossa indústria. Nosso mandato fará isso por meio do fortalecimento dos sindicatos, da criação de condições competitivas, da ampliação do acesso a mercados e com ações e estratégias que alcancem as empresas de todo o Estado”, afirma o presidente da FINDES.

Para o presidente da FINDES, o Espírito Santo e o Brasil têm um enorme potencial de crescer e gerar oportunidades por meio da indústria, setor que representa quase 40% da economia capixaba. Para isso acontecer, Baraona pondera que todas as partes da sociedade devem construir soluções e políticas públicas de forma conjunta. “Às vezes a crítica vem antes do diálogo. Por isso, fica aqui o meu convite para que a gente deixe de lado as lamentações e a busca por culpados, e foque na convergência.” 

A presidente da Gestão 2020-2024, que agora se torna presidente emérita, Cris Samorini, relembrou os desafios e as realizações da diretoria da Federação ao longo dos últimos quatro anos.

“As nossas escolhas foram amparadas em transformar vidas a todo momento. O interesse coletivo predominou nessa gestão e nenhum interesse pessoal foi prioritário. Buscamos sempre pelo debate qualificado e pelo uso de dados para tomar decisões importantes. Estamos alcançando níveis diferenciados, não importa o tamanho [do Estado], mas sim o resultado de tudo o que entregamos”, diz Cris Samorini. 

E, ao final da sua fala deixou um recado: “Baraona, daqui para frente é com você, você pode continuar contado comigo. Leve o Espírito Santo para continuar desempenhando esse papel de referência nacional!” 

Durante o evento ainda foi apresentada alguns trechos da websérie “Vidas Transformadas”, que traz algumas das inúmeras histórias incríveis que tiveram a participação daFINDES e de suas empresas: Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes), Serviço Social da Indústria (SESI-ES), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-ES), Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) e Instituto de Desenvolvimento Educacional Industrial do Espírito Santo (Ideies)/Observatório da Indústria.    

A cerimônia de posse da Gestão 2024-2028 da Findes contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Serafim Costa Filho; do governador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande; do líder da bancada capixaba no Congresso Nacional, o deputado federal, Josias da Vitória; do presidente da CNI, Ricardo Alban; do presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior; e do presidente da Federação das Indústrias de Brasília (FIBRA), Jamal Jorge Bittar, além de representantes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário capixaba. 

Também prestigiaram a ocasião: os presidentes eméritos Lucas Izoton e Léo de Castro, os presidentes de sindicatos patronais associados à Findes, executivos da Findes, entre outras autoridades, lideranças e empresários capixabas. 

Conheça a nova diretoria da FINDES

A nova diretoria da FINDES assume na próxima segunda-feira (29) e segue à frente da Federação até 29 julho de 2028. Paulo Baraona, em seu discurso de posse, afirmou que assume a posição de presidente da Findes convicto de que “esta não será a Gestão do Paulo Baraona, mas a gestão das pessoas, das lideranças e das instituições que estão comprometidas em fortalecer a indústria e em garantir desenvolvimento sustentável para as futuras gerações”. 

Farão parte do Conselho de Administração da FINDES nos cargos de: 1º vice-presidente (Eduardo Dalla Mura), vice-presidente administrativo (Wellington Villaschi); vice-presidente financeiro (Eduarda Buaiz); conselheiros vice-presidentes (Lucio Peroba Reis, Luis Cordeiro, Raphael Cassaro, Ricardo Britto e Tales Machado); e conselheiros independentes (Rafael Lucchesi e Sérgio Mileipe).   

Além deles, também foram eleitos os membros titulares do Conselho Fiscal da Findes (Djokimar Pereira, Valkinéria Bussular e Zilma Bauer) e os suplentes (Antonio Nicola, Agostinho Miranda Rocha e Neviton Gasparini); o delegado titular representante na CNI (Paulo Baraona) e os suplentes (Léo de Castro e Vladmir Rossi). 

Sobre a FINDES

Fundada em 1958, a FINDES é uma organização que completa 66 anos no dia 29 de julho. Atualmente, 38 sindicatos fazem parte da Federação – sendo que desse total, 33 são filiados. Ao todo, são mais de 19,2 mil indústrias que juntas empregam aproximadamente 252 mil trabalhadores formais. Todas elas trabalham de forma integrada para o desenvolvimento da indústria capixaba com a promoção de ações de defesa e representação dos interesses da indústria. Além disso, oferecem serviços e produtos às empresas associadas e à sociedade em geral, contribuindo para um ambiente de desenvolvimento socioeconômico equilibrado.  

Fonte: CNI

CSN e Intercement chegam a acordo

A Companhia Siderúrgica Nacional – CSN (CSNA3) firmou um acordo com a InterCement para estender até, no mínimo, 31 de julho de 2024, o direito exclusivo de negociar a aquisição de ações que representam 100% do capital social da InterCement e suas subsidiárias.

Em um comunicado relevante, a empresa informou que o prazo de exclusividade será automaticamente prorrogado até 12 de agosto, caso as partes continuem ativamente envolvidas na negociação dos principais termos e condições da possível transação.

A CSN é uma das maiores e mais importantes empresas do Brasil, com atividades diversificadas em setores como siderurgia, mineração, logística e energia. Fundada em 1941, a empresa é um dos principais produtores de aço do país, oferecendo uma ampla gama de produtos siderúrgicos, como aço plano e longos, que são utilizados em diversas indústrias, incluindo construção civil, automotiva e eletroeletrônica.

Além de sua atuação no setor siderúrgico, a CSN possui operações significativas na mineração, com a extração e comercialização de minério de ferro e outros minerais. A empresa também opera no setor de logística, através da CSN Logística, que gerencia transporte ferroviário e portuário, facilitando o escoamento de sua produção e de terceiros. No setor de energia, a CSN está envolvida na geração e comercialização de energia elétrica, utilizando tanto fontes tradicionais quanto renováveis.

InterCement

A InterCement S.A é uma importante empresa brasileira que atua no setor de cimento e materiais de construção. Fundada em 1972, a empresa é uma das maiores produtoras de cimento na América Latina, com uma presença significativa no mercado global. A InterCement está envolvida na produção e comercialização de diversos tipos de cimento, como cimento Portland e outras soluções para construção civil.

Além de sua operação principal na fabricação de cimento, a InterCement também investe em atividades relacionadas, como a produção de cal e a exploração de pedras e outros materiais de construção. A empresa possui um portfólio diversificado de marcas e produtos que atendem tanto ao mercado residencial quanto ao comercial e industrial.

Fonte: Capitalist

Mineração faturou R$ 129,5 bilhões no 1º semestre de 2024

O Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) divulgou nesta 4ª feira (24.jul.2024) que o setor de mineração faturou R$ 129,5 bilhões no 1º semestre de 2024. O valor representa um crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2023.

– Eis aqui a íntegra do relatório (PDF – 4 MB).

No faturamento por Estado, Minas Gerais e Pará correspondem a 42,3% e 34,4% do todo. Eis os números do 1º semestre:

MG – R$ 54,8 bilhões (8% de aumento); e
PA – R$ 44,6 bilhões (12% de aumento).

O recolhimento de tributos e impostos no semestre foi de R$ 44,7 bilhões, alta de 8% em relação ao mesmo período do ano passado. A arrecadação da CFEM (Compensação Financeira por Exploração Mineral), foi de R$ 3,6 bilhões –equivalente a 6,1% de aumento.

O saldo da balança comercial do setor mineral foi de US$ 17,25 bilhões, o que corresponde a 41% do saldo da balança comercial brasileira.

O minério de ferro é a substância com maior participação na cadeia (62%), com R$ 80,1 bilhões de faturamento. O minério de ouro e o minério de cobre ficam em 2º e 3º lugar, com R$ 9,8 bilhões e R$ 9 bilhões.

Em relação aos empregos, o setor contratou 5.447 novos profissionais. O segmento da mineração é responsável por 218.171 empregos diretos.

Fonte: Poder 360

Minério de ferro enfrenta novo teste com regras para o aço chinês

Novos padrões de qualidade para o setor siderúrgico chinês se tornaram mais um fator de baixa para os preços do aço e do minério de ferro.

As novas regras que entrarão em vigor em 25 de setembro desencadearam uma corrida para liquidar estoques antigos e garantir que todos os suprimentos atendam às novas exigências.

Mas os vendedores enfrentam demanda fraca em pleno período de férias de verão no hemisfério norte, disse Xu Xiangchun, analista da Mysteel Global. A cotação do vergalhão de aço em Xangai já afundou mais de 17% no ano.

“As tradings estão em pânico”, disse ele. “Elas estão despejando estoques de vergalhão no mercado, porque temem a estagnação das vendas.”

Isso é mais um empecilho a uma recuperação sustentada do preço do minério de ferro. A matéria-prima siderúrgica já afundou mais de 10% em três semanas e acumula um tombo de quase 30% no ano.

A reunião de cúpula do Partido Comunista chinês na semana passada terminou sem grandes medidas para estimular a economia ou resolver a crise imobiliária, que diminui a demanda por aço para construção.

Enquanto isso, grandes produtoras de minério de ferro como a Vale (VALE3) aumentam a oferta global.

Fonte: Bloomberg News

Ibram e CNI debatem investimentos para desenvolver competitivadade da indústria nacional

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Antonio Ricardo Alvarez Alban, e o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, se reuniram nesta quarta-feira (24) para discutir perspectivas e avanços na indústria brasileira. O vice-presidente do Ibram, Fernando Azevedo e Silva, também participou da reunião, na sede da CNI, em Brasília.

De acordo com o Ibram, durante a reunião, foram debatidas diversas oportunidades para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável do país. Os representantes das entidades enfatizaram a importância de fortalecer a competitividade da indústria nacional, especialmente no contexto global atual.

A mineração e a descarbonização

Ainda de acordo com o instituto, foram abordados no encontro iniciativas para promover inovação, investimentos em infraestrutura e medidas que melhorem o ambiente de negócios no Brasil. Também discutiram questões cruciais, como a necessidade de políticas públicas eficazes para estimular a reindustrialização do país e o papel fundamental da mineração como um dos pilares da economia brasileira.

Os executivos ainda destacaram a relevância da mineração para as pretensões do país em acelerar a transição energética, visando combater a emergência climática e promover a descarbonização da indústria. Dentro desse contexto, o instituto disponibiliza o guia Fundamentos para a Construção de Políticas Públicas Sobre Minerais Críticos e Estratégicos para o Brasil. Tais minerais são fundamentais para a transição energética. Saiba mais.

Ibram divulga dados da Balança Comercial

Nesta quarta-feira, o Ibram também divulgou que o saldo do comércio exterior de minérios respondeu por 41% do saldo da balança comercial brasileira. A contribuição é considerada “decisiva” para evitar uma queda maior do que os 6,11% registrados no 1º semestre, na comparação com igual período do ano passado. Em entrevista coletiva, o Ibram também mostrou que setor mineral avançou nas boas práticas ESG.

Conforme os dados divulgados, a indústria da mineração exportou 186 milhões de toneladas de minérios ou US$ 21,5 bilhões no 1º semestre de 2024 (1S24), na comparação com o 1º semestre de 2023 (1S23). Em dólar, o aumento foi de 8,5% e em tonelagem 5%. Já as importações de minérios caíram 31% em dólar. Assim, o saldo resultante das exportações e importações de minérios foi de US$ 17,25 bilhões, 26,31% a mais do que no 1S23 – no 1S24 o saldo mineral foi equivalente a 41% do saldo da balança comercial (US$ 42,31 bilhões).

Ainda de acordo com o Ibram, a contribuição do saldo mineral para o saldo da balança comercial no 1S24 é ainda mais relevante porque ajudou a evitar que o saldo comercial brasileiro caísse além dos 6,11%, na comparação com o 1S23.

“Se o Brasil quer uma economia forte, equilibrada, tem, obrigatoriamente, que apoiar os setores exportadores, que é o caso da mineração. No entanto, vemos que estão sendo criados cada vez mais tributos e encargos para dificultar os negócios e a expansão dessa importante indústria”, afirma Raul Jungmann.

“Se o Brasil insistir em criar mais impostos e taxas para sobrecarregar a mineração, como imposto seletivo, fundos de infraestrutura, taxas de supostas fiscalizações, taxa de transporte de cargas sobre trilhos etc., o setor mineral não conseguira avançar”, complementou o diretor presidente do Ibram, referindo-se a impactos da proposta de Reforma Tributária que tramita no Congresso Nacional.

Fonte: Cidades & Minerais

Como a China (também) faz o dólar subir

“O povo não compra dólar”, disse Lula na semana passada. O colunista Vinicius Torres Freire, da Folha de S.Paulo, rebateu de forma didática: “O povo não compra dólar, mas come dólar”. O exemplo mais batido é o do pão: 60% do nosso trigo é importado; logo, o preço do pão depende do preço do dólar – e ele subiu 16,5% desde janeiro.

A cotação internacional daquilo que a gente produz por aqui mesmo também conta, lógico. Com o dólar alto, quem produz arroz prefere exportar do que vender por aqui. A oferta de arroz rareia no mercado interno, e o preço sobe. 

O comércio exterior não só flutua ao sabor do câmbio. Ele ajuda a determinar o câmbio. Quando a cotação de produtos que o Brasil exporta aos borbotões está caindo, o real desvaloriza. As exportadoras daqui recebem menos dólares. A oferta de dólar, então, rareia no mercado de câmbio. E o preço dele em reais aumenta. 

Em parte, é o que acontece neste quarta (24), na qual o dólar ronda os R$ 5,65, depois de ter fechado em R$ 5,58 na terça. Uma das pressões para a alta foi a cotação do minério de ferro. Queda de 1,65% em Dalian, a US$ 106,5 – pior cotação desde o início de abril.

O problema aí é a economia chinesa. O mercado imobiliário segue em crise por lá. Depois de décadas levantando edifícios como se não houvesse amanhã, alimentadas por subsídios do governo, as construtoras se depararam com um fato da vida: o número de clientes em potencial não era infinito. As vendas caíram, os caixas secaram, falências vieram. 

A construção civil responde tradicionalmente por 30% do consumo de aço da China. Com ela ferida, a demanda por aço vai para o buraco, e a cotação do minério, matéria-prima da coisa, cai junto. Como a China importa 60% do nosso minério, não há o que segure a cotação dele.

Outra questão. A construção civil responde por 30% do PIB da China. Com ele em crise, o resto da economia vai junto.

“Mas o povo não vive na China”, alguém poderia dizer. Não vive; mas uma parte do povo vive de fazer coisas para a China. Ela importa 30% de tudo o que a gente vende para fora.  

Com a economia chinesa capengando, o preço que eles pagam por tudo o que importam tende a diminuir. Aí entram menos dólares aqui dentro, a oferta rareia… Aquela história toda. 

É claro, óbvio, que os dois grandes fatores que forçam o dólar para cima são outros. 1) O governo gastar muito mais do que arrecada e ter de se enfiar numa dívida cada vez mais brutal; no jargão econômico, a “questão fiscal” – algo que por si só tira força do real. 2) A inflação americana. Enquanto ela não ceder, o dólar seguirá pagando juros nababescos, e a demanda por moeda americana seguirá firme – o bastante para manter sua cotação bem ao norte dos R$ 5,00. 

Mas a convalescência do dragão chinês também tem um papel nessa história. No mínimo, tão relevante quanto nos idos de 2011, quando a força das nossas exportações para a China reduziu o dólar a US$ 1,57 – o equivalente a R$ 2,33 de hoje.

Nunca subestime o Império do Meio.

Fonte: Investnews

Pequenas empresas fecham trimestre com crescimento

As pequenas e médias empresas fecharam o 2º trimestre de 2024 com faturamento de 5,2% acima do registrado no período anterior (janeiro a março). Os dados são do Índice Omie de Desempenho Econômico, que mostra ainda um crescimento de 4,3% no semestre, quando comparado com os primeiros 6 meses do ano passado.

A curva foi puxada pelo setor da indústria, com avanço de 11,9%. Óleos lubrificantes, metalúrgica, impressão e reprodução de gravações, manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos registraram alta.

indústria: 11,9%;
comércio: 4,6%;
serviços: 0,6%;
infraestrutura: -4,6%.

Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos daOmie, explicou que os empreendimentos se beneficiaram da evolução de renda das famílias e do ciclo de queda das taxas de juros.

No comércio, os resultados foram maiores para o atacado: livros e jornais, cimento e produtos de limpeza tiveram maior alta. No varejo, os produtos farmacêuticos registraram a melhor atuação. Já no setor de serviços, as atividades com maior alta foram as financeiras e de seguro, alimentação e educação.

Na divisão por regiões, o avanço do último trimestre foi puxado pelas empresas das regiões Sudeste (+ 2,2%), Nordeste (+9,5%) e Sul (+5,6%). Nas regiões Centro-Oeste e Norte, o índice apontou retração das pequenas empresas (-2,2% e -9,5%, respectivamente).

A expectativa para 2025 é de 2%, puxada pelos setores de serviço e comércio.  

Fonte: Site Barra

Presidente do Ciesp afirma que soluções para reindustrialização do Brasil não são simples, mas possíveis

As soluções para a reindustrialização do Brasil são “complexas”, mas exequíveis”,  na avaliação de Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). A declaração foi dada no dia 22 de julho, em São Paulo, durante o fórum “A indústria no Brasil hoje e amanhã”, organizado pelo jornal “O Estado de São Paulo”, com apoio de Fiesp, Ciesp, Firjan e CNI.

Cervone lembrou que a indústria chegou a representar 22% do PIB (Produto Interno Bruto Brasileiro) nos ano 80, mas que hoje o índice gira em torno de 12% apenas. Para ele, o chamado Custo Brasil, a dificuldade para conseguir crédito e investimentos, a insegurança jurídica, os ciclos longos de juros elevados, o desequilíbrio fiscal e a falta de política de longo prazo fizeram com que o setor retrocedesse e perdesse competitividade, frisando que os impostos e outros fatores têm grande peso para a atividade industrial, que demanda altos níveis de investimentos em tecnologia, máquinas, equipamentos e capital humano.

O presidente do Ciesp acredita que as soluções para a reindustrialização passam pela educação, pelo contínuo aprimoramento do conhecimento, pelas mudanças de mindset, pelo desenvolvimento de materiais avançados, pelo trabalho em rede, pelo reposicionamento das cadeias globais e regionais de fornecimento, além da modernização, ganhos de produtividade e desenvolvimento sustentável através da economia circular. “Estes são fatores determinantes para impulsionar a economia, deixarmos de andar de lado e acendermos ao patamar das nações de alta renda”, afirmou.

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, lembrou que a indústria é fundamental para o desenvolvimento de um país com dimensões continentais como o Brasil. Para ele, a indústria tem papel preponderante no aumento de produtividade na economia como um todo, mas, acima de tudo na produção de inovação e desenvolvimento tecnológico.

REFORMA TRIBUTÁRIA – O tema da reforma tributária foi um dos pontos fortes do fórum. Cervone manifestou preocupação com as exceções contempladas pelo Projeto de Lei Complementar que inicia a regulamentação da reforma tributária. Apesar do avanço, ele lembra que o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) poderia ter valor muito menor do que o estimado de 26,5% previstos.

“Esperamos que a reforma tributária corrija essa distorção [com a indústria], mas, neste contexto, muito nos preocupa assistir a inclusão de tantas exceções no projeto de lei de sua regulamentação em curso no congresso nacional. Será o segundo maior Imposto de Valor Agregado no mundo, atrás apenas da Hungria”, disse o presidente do Ciesp.

Já a consultora para o Banco Internacional de Desenvolvimento (BID) Melina Rocha chamou a atenção para a implantação de um mecanismo inovador chamado “split payment” ou pagamento dividido. Por este novo sistema, o valor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) é separado do valor da venda no momento da compra. De acordo com ela, a novidade vai possibilitar uma redução da evasão fiscal, das fraudes e, consequentemente, da alíquota cobrada das indústrias. “Eu acredito que vá ser um modelo internacional para a redução de fraudes e para manter uma alíquota mais baixa. Será uma inovação em termos mundiais. Segundo ela, a Europa já tentou implantar este mecanismo, mas não teve sucesso por questões como o fato de ainda não contar com um sistema sólido de Nota Fiscal Eletrônica.

Na reta final do fórum, Mário Bernardini, assessor da presidência da Abimaq e conselheiro Cosec-Fiesp, expôs sua crítica à reforma, que diz respeito ao tempo estimado para que haja impactos efetivos junto à economia. Para ele, o Brasil tem pressa e precisa fazer logo as mudanças propostas, caso tenha convicção sobre elas. “É a maior crítica que faço a reforma tributária. É uma coisa esquisita que a ela comece a gerar resultados só em 2033, quando muito do que hoje está sendo debatido já terá sido mudado por administrações subsequentes. São dois presidentes, dois mandatos até lá. Tudo o que é bom tem que ser feito logo”, disse.

Fonte: IPESI

Mdic quer aumentar recursos para a depreciação superacelerada, diz Alckmin

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, afirmou que a pasta busca aumentar os recursos disponíveis para o instrumento de depreciação superacelerada no ano que vem. Atualmente, está previsto R$ 1,7 bilhão para o mecanismo em 2025.

“Estamos trabalhando para aumentar o valor do ano que vem e contemplar também 2026”, disse nesta quarta-feira (24), no lançamento de chamadas de projetos de inovação e descarbonização ligados ao Mobilidade Verde e Inovação (Mover) na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A depreciação superacelerada é um instrumento que permite que indústrias deduzam, por um período de até dois anos, investimentos realizados em máquinas e equipamentos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). O objetivo é modernizar o próprio parque fabril. A depreciação tem impacto apenas no fluxo das contas das empresas e do governo federal, sem alteração no estoque de impostos a ser recolhido, já que toda a quantia é em algum momento recuperada pela União.

No evento, Alckmin também afirmou que “esperamos em uma ou duas semanas estar” com o decreto que estabelece as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Verde, ligado ao Mover, concluído.

“Estamos terminando a regulamentação do Mover”, disse.

Mover

As cinco chamadas do Mover somarão R$ 265 milhões para o setor automotivo, em forma de contrapartidas dadas pelo próprio setor em troca de benefícios oferecidos pelo Mover. Dessa quantia, a maior parte (R$ 182 milhões) será voltada para uma categoria de projetos estruturantes, com o objetivo de desenvolver “novas tecnologias e processos que têm o potencial de mudar o patamar tecnológico e produtivo da cadeia automotiva brasileira”, segundo a CNI.

Também serão disponibilizados R$ 34 milhões para pesquisa, desenvolvimento e inovação; R$ 12 milhões para consultorias que aumentem a produtividade do setor; R$ 15 milhões para estudos estratégicos nas áreas de biocombustíveis, segurança veicular e propulsão alternativa à combustão; R$ 21 milhões para ampliar o escopo de projetos do Programa Prioritário Biocombustíveis, Segurança e Propulsão Veicular do Mover.

Letra de Crédito de Desenvolvimento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionará em cerimônia às 15h de sexta-feira (26), a lei que estabelece a Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD), afirmou Alckmin.

A LCD é um novo instrumento de captação de recursos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No evento, Alckmin também destacou a importância de estar “atentos à regulamentação” da reforma tributária sobre consumo, “para não desvirtuarmos o objetivo” inicial da mudança.

Fonte: Valor

Infográfico: como vai funcionar a nova política industrial?

Lançado em janeiro de 2024, o programa Nova Indústria Brasil (NIB) tem como objetivos estimular o setor industrial com foco no desenvolvimento produtivo e tecnológico, ampliar a competitividade da indústria brasileira, nortear o investimento, promover melhores empregos e impulsionar a presença qualificada do país no mercado internacional. O programa prevê investimentos de R$ 300 bilhões até 2026. Conforme dados preliminares do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foram liberados R$ 70 bilhões até o final de maio.

O Nova Indústria Brasil é guiado por metas relacionadas a seis missões, todas submetidas à aprovação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), reativado em 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na missão 1 (cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais), por exemplo, uma das metas é aumentar a mecanização dos estabelecimentos de agricultura familiar dos atuais 18% para 70%. O fortalecimento dessa cadeira contribuirá, segundo o governo, com a garantia da segurança alimentar e nutricional dos brasileiros. Outra meta da missão é que 95% de máquinas e equipamentos utilizados sejam produzidos nacionalmente.

Entre as prioridades relacionadas à missão 1 estão a fabricação de equipamentos para agricultura de precisão e de máquinas agrícolas para a grande produção e a ampliação da capacidade produtiva da agricultura familiar para a produção de alimentos saudáveis. Nos seis primeiros meses da safra 2023/2024, segundo dados do MDIC, o programa Mais Alimentos liberou R$ 11,8 bilhões para a aquisição de equipamentos pela agricultura familiar.

A missão 2 (área da saúde), por sua vez, busca ampliar a participação da produção no país de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos.

Já a missão 3 (infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis) objetiva reduzir em 20% o tempo de deslocamento das pessoas de casa para o trabalho — atualmente a média é de 4,8 horas semanais no país, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nessa mesma missão, o programa propõe ampliar em 25 pontos percentuais a participação da produção brasileira na cadeia de transporte público sustentável. Hoje, a participação nacional representa 59% da cadeia de ônibus elétricos, por exemplo. O foco dessa missão, segundo o MDIC, recairá sobre eletromobilidade, cadeia produtiva da bateria, indústria metroferroviária e construção civil digital e de baixo carbono.

A missão 4 (transformação digital da indústria) propõe tornar a indústria mais moderna e disruptiva. Uma das metas é elevar a digitalização nas empresas industriais brasileiras dos atuais 23,5% para 90% e triplicar a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias. Entre as prioridades do governo nessa área está investir na Indústria 4.0, no desenvolvimento de produtos digitais e na produção nacional de semicondutores.

A missão 5 (bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas) pretende ampliar em 50% a participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes.

Atualmente, os combustíveis verdes representam 21,4% dessa matriz. Outros objetivos são aumentar o uso da biodiversidade pela indústria e reduzir em 30% a emissão de carbono. Para a transformação ecológica na indústria, segundo o MDIC, é área prioritária a produção de bioenergia e de equipamentos para geração de energia renovável.

Por fim, a missão 6 (tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais) visa obter autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para a defesa nacional. Conforme o MDIC, as prioridades são energia nuclear, sistemas de comunicação e sensoriamento, sistemas de propulsão e veículos autônomos e remotamente controlados.

Fonte: CNI